Poetas finalistas da Viradouro revelam ansiedade e expectativa para grande decisão deste sábado
A Viradouro vai definir na noite deste sábado o seu hino oficial para o Carnaval 2020. Três parcerias, das 22 inscritas, seguiram até a grande decisão. A reportagem do CARNAVALESCO conversou com um representante de cada uma delas antes da final.
Disputando sua terceira na final na escola de seu coração, Dan Passos fez um emocionante relato sobre a possibilidade de vitória. O jovem compositor revela que vencer na Viradouro é seu grande sonho e enumera as qualidades de seu samba para a disputa.
“Samba de enredo é como um filho, é quase impossível escolher uma parte preferida. Acho que a força do nosso samba é o todo, porém sentimos que a frase que diz ‘Toda mulher tem a força de Maria’ é o grande destaque do samba, pois de maneira objetiva e emocionante destaca a força da mulher e sua capacidade de superar adversidades. Nos dedicamos muito na criação desta obra, nos aprofundamos no enredo, em pesquisas para elucidá-lo da forma mais clara possível nesse samba. Ao fechar os olhos posso ouvir o Zé Paulo cantando esse samba, fizemos pensando na interpretação dele também, dentre muitas outras preparações para que o samba estivesse a altura da Viradouro. Sou apaixonado pela Viradouro, ter um samba na Sapucaí na minha escola do coração é meu maior sonho, não há exagero nenhum em dizer isso. É um enredo que exalta a mulher brasileira que é guerreira. É um enredo com a cara da minha mãe, minha vó, de muitas mulheres que eu conheço. A sinopse ajudou a elaborar um samba valente, com a força dessas Marias, mas ao mesmo tempo dolente, com a delicadeza que o universo feminino permite”, disse.
Outro jovem poeta presente na grande finalíssima da Viradouro é Thiago Meiners. Segundo ele o samba concorrente de sua parceria tem passagens que podem ficar marcadas na história da Viradouro, como outros sambas marcantes da discografia da vermelha e branca.
“Acreditamos muito na força do nosso samba e no trabalho que a gente vem fazendo na quadra. Acreditamos também que o nosso samba tem todo o potencial pra levar a Viradouro a um grande desfile, obviamente junto com a força da escola. Achamos que o nosso refrão tem muito a cara da escola e acreditamos que a frase ‘Sou Viradouro até morrer’ pode marcar a história da escola assim como outros versos marcantes de sambas antigos como: ‘o amor está no ar’; ‘canta Viradouro’; ‘sou Viradouro, sou paixão’; ‘o brilho no olhar voltou’; entre outros. Acreditamos muito na força do nosso samba e no trabalho que a gente vem fazendo na quadra. Acreditamos também que o nosso samba tem todo o potencial pra levar a Viradouro a um grande desfile, obviamente junto com a força da escola”, explica.
Fadico, experiente compositor com vitórias alcançadas em outras escolas, enaltece o enredo da Viradouro e avalia que as apresentações de sua parceria vêm crescendo à cada semana na quadra, o que lhe confere bastante esperança na vitória.
“É uma disputa bastante difícil, com grandes sambas mas nossa parceria a cada semana se apresenta melhor. Estamos muito esperançosos nessa briga. Acho que quem levar a vitória, fará a Viradouro estar muito bem representada no desfile de 2020. Nosso samba tem dois trechos que eu destaco: o refrão do meio e na mesma proporção o bis do final do samba para colar no refrão de baixo, ‘Ó mãe ensaboa’. O enredo da Viradouro é excelente e nos proporcionou uma excelente sinopse. A equipe dos carnavalescos merece os parabéns. Uma pegada cultural, a luta das ganhadeiras desde o período da escravidão, uma cultura que se perdura até hoje em Itapoã”.
Finalistas da Grande Rio contam os segredos que fizeram a safra de 2020 ser considerada um sucesso
Bastante elogiada por parte da crítica e dos amantes do carnaval, desde a divulgação dos sambas-enredo, ainda nas eliminatórias, a disputa da Grande Rio chega a escolha do hino para 2020 neste sábado com cinco parcerias ainda no páreo. A reportagem do CARNAVALESCO conversou com um representante de cada parceria para desvendar o que teve de tão especial na produção das obras para esse ano.
Para a parceria de Elias Bililico, o grande mote do samba 12 foi ter estabelecido uma relação muito próxima daquilo que a escola imaginou para o enredo, segundo Elias.
“Acho que nossa parceira atingiu no samba aquilo que a escola se propôs a mostrar na Avenida. Um enredo que fala da história do babalorixá Joãozinho da Gomeia, o rei do candomblé, segundo a visão da escola. Não é falar do candomblé, mas do Joãozinho. A gente fala sobre suas passagens espirituais em seu terreiro no Quilombo de Caxias. Eu acho que o nosso samba, então, merece a vitória por retratar de uma forma bem leve, sutil, mas também bem consistente o Joãozinho da Gomeia desde sua origem lá da Bahia. O trecho que mais gosto do samba é o ‘Pode o tempo virar tanananna. Porque é uma alusão ao dia do seu enterro em que o tempo estava bom e de repente na hora começou trovoada, ventania, isso que nós queríamos mostrar com essa parte”.
Já para Júnior Fraga, da a parceria do samba 12, a obra do refrão “Matamba Aruê, Senhor do Congá, Grande Rio, Axé…”, trás a memória uma Grande Rio do passado, segundo ele, que fazia grandes sambas para grandes enredos culturais.
“O samba por si só merece a vitória porque é um samba muito aguerrido. Quando nós sentamos para fazer nós procuramos nos inspirar nos sambas antigos da Grande Rio, nos sambas que retratavam os enredos culturais. É um samba que vai voltar a dar aquela cara da Grande Rio de bons enredos, de bons sambas. Tem samba que a gente faz que fica o refrão na cabeça e esse samba eu não consigo ter só o refrão na minha cabeça, mas a cabeça do samba é muito forte quando a gente já começa o samba saudando Joãozinho da Gomeia. A comunidade já estava aguardando esse enredo afro há muito tempo. Era o enredo que a gente esperava. E ainda mais falando do Joãozinho que não é filho daqui de Caxias mas é como se fosse, pois veio para cá”.
Já na parceria 08, o compositor Marcelo Santos revelou que o grupo deu ênfase aos critérios técnicos observando as características atuais da própria escola pensando em um rendimento mais satisfatório na Avenida.
“Fizemos um samba a altura do homenageado e da escola. Pensamos muito na junção com a bateria, no assunto convenção rítmica e pensamos muito também nas características do cantor da nossa escola. Em tempos de intolerâncias temos que destacar o trecho ‘Quem me atira pedra só me deixa maior’. Este é o melhor enredo do carnaval com toda certeza. Tanto que temos grandes sambas finalistas”.
Robson Moratelli acredita que o poder de união da parceria 20 fez os compositores chegarem nesta final com uma grande obra que tem como refrão principal “Salve o candomblé, Eparrei Oyá, Grande Rio é Tata Londirá…”.
“Considero a minha parceria uma família que não desiste jamais de seus sonhos e passaram quatro longos anos sem conseguir atingir este sonho, mas sempre lutando para fazer o melhor pela nossa escola e digo que esta luta não parou em mais uma final dificílima onde estamos trabalhando sem parar com muito carinho e muito amor pela Grande Rio, buscando este tão sonhado campeonato nessa grandiosa finalíssima. Joãozinho da Gomeia se tornou filho desse chão não por nascimento mas por adoção e levou a cultura, o axé para várias pessoas, sejam elas ilustres ou nao, e hoje, o enredo da nossa Grande Rio será uma honra para o caxiense mostrar a história de João”.
Hugo da Grande Rio, da parceria 23, ressaltou o alto nível da final e falou sobre a métrica da obra composta por seu time.
“Dentro de uma competição acirrada como essa, talvez a melhor competição da nossa escola da década, acho que são detalhes que pode fazer o diferencial. Um deles é métrica do samba…leve, todo pra cima, melodia objetiva e contamos definitivamente a história de Joãozinho da Gomeia como é o Enredo. Para mim, em especial, tenho duas partes desse samba: ‘Clareia a luz do Orum ….Caxias vai Incorporar’ e ‘Viva João o Rei do Candomblé … Vai ter xirê, eparrei, afefê’.Um enredo a altura da nossa escola. Uma bela homenagem a esse grande e iluminado ser que foi Joãozinho da Gomeia”.
Parcerias de Derê e Dinho Artigliri dividem favoritismo na Grande Rio
A Grande Rio realiza neste sábado sua final de samba-enredo para o Carnaval 2020. Cinco parcerias estão na decisão. Em enquete realizada pelo site CARNAVALESCO, os leitores apontaram uma divisão no favoritismo entre as parcerias de Derê, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro e Toni Vietnã e a turma de Dinho Artigliri, Kaká, Fernando Nicola, Hugo Da Grande Rio e Marco Moreno. As duas receberam empataram em 38% dos votos.
A parceria de Márcio André, Junior Fragga, Denilson Sodré, Daniel Chanel e Rômulo Presidente ficou com 13%. O samba de Marcelinho Santos, Licinho Jr, Competência, Foca e Alexandre Inove terminou com 6%. E a parceria de Elias Bililico, Eduardo Queiroz, Henrique Tannuri, Sérgio Daniel, Oscar Magrini recebeu 5% dos votos.
Parceria de Dan Passos é apontada favorita para vencer na Viradouro
A Viradouro realiza neste sábado sua final de samba-enredo para o Carnaval 2020. Três parcerias estão na decisão. Em enquete realizada pelo site CARNAVALESCO, os leitores apontaram a parceria de Dan Passos, Victor Rangel, Deco, Hélio Porto, Cristiane Mazarim, Ari Jorge, Serjão, Henrique Hoffman e Miranda favorita para vencer. Os compositores receberam 50% da preferência.
A parceria de Claudio Mattos, Thiago Meiners, Maninho da Cuíca, Oliveira, José Bastos e Marco Moreno ficou com 32%.
E a parceria de Dadinho, Fadico, Rildo Seixas, Manolo, Anderson Lemos Carlinhos Fionda e Alves terminou com 18%.
Bombou! Torcida da Mocidade ouve 23 mil vezes o samba para o Carnaval 2020 e bate recorde
Se a torcida da Mocidade é a maior do carnaval não se sabe. Mas não resta dúvida de que os independentes são os mais engajados na internet. A prova irrefutável disso é o número de audições que a escola obteve da gravação de seu samba-enredo na voz do intérprete Wander Pires. Em pouco mais de 24h no ar no site CARNAVALESCO a obra já foi ouvida por 23.258 pessoas. Um recorde na história do site. Para efeito comparativo, o samba do Paraíso do Tuiuti, postado em 02 de julho possui a marca de 36.495 ouvintes.
Para o vice-presidente da Mocidade, Luiz Cláudio, a marca expressiva confirma o acerto que foi a escolha da obra como hino oficial da escola. A apresentação na final foi uma das mais arrebatadoras da história da Mocidade.
“Temos sentido essa resposta positiva através das redes sociais, dos componentes da escola na quadra e da comunidade do samba de uma forma geral. Estamos muito felizes, é claro! Acho que corrobora a escolha feita pelo presidente Flávio Santos no último sábado e nos dá tranquilidade para trabalhar. Mas é importante lembrar que isso não é uma garantia de nada na Avenida. Lá é que o samba precisa acontecer. Então vamos nos dedicar para que isso se torne positivo no dia do desfile”, disse o vice-presidente.
O diretor de carnaval Marquinho Marino celebra a marca mas não tira os pés do chão. Nascido e criado na Mocidade, conhece as armadilhas de um eventual ‘oba-oba’ para a escola, por isso reafirma que é preciso muito trabalho para extrair todas as qualidades do samba.
“Não podemos nos deixar levar por empolgação. Assim como também não podemos nos deixar levar por críticas injustas que recebemos na internet. As pessoas têm o direito de se manifestar, mas trabalhamos de acordo com as nossas convicções. Esse foi o samba escolhido pelo presidente a partir da adesão da escola. A partir de agora é aprimorar o canto, trabalhar forte. Confio na nossa comunidade e sei que ela pode dar a resposta no desfile. O samba por si só não fará a escola cantar. Ele é maravilhoso, mas o nosso pessoal tem que fazê-lo render. Vou pegar no pé de todos, sem exceção, para tirar o melhor de cada um”, avalia Marino.
Estudo da sinopse: São Clemente 2020
Nome do enredo: “O Conto do Vigário”
Nome do carnavalesco: Jorge Silveira
São Clemente: Identidade e Irreverência
A insistente tentativa de soberania por parte dos que se intitulam “malandros”, é a temática que o GRES São Clemente traz para o carnaval de 2020. A narrativa sobre como a
malandragem reina desde meados do século XVIII, conta a história de um vigário que
engana seus próprios fiéis e companheiros a troco de atingir seu objetivo. Esse fato constata que a mentira e a enganação não pertencem somente ao “mundo profano” que os sacerdotes costumam citar em seus discursos litúrgicos. A malandragem não tem lei, porque cada um que a pratica, a exerce de uma forma; não tem terreno, já que em cada esquina se encontra um vigarista tentando levar a melhor; e parece não ter fim, levando em consideração o histórico do Brasil com esse costume tão enraizado em sua cultura.
Narrando a história que se passa na cidade de Ouro Preto, é possível identificar como a
sinopse faz uma conexão entre o presente e o passado. Ou melhor, o texto-mestre mostra
um panorama cronológico da trapaça brasileira a partir do conto do vigário, revelando ao
público uma possível origem desse termo e salientando como o brasileiro sempre acaba
caindo nos contos de tantos vigaristas por aí. Outro ponto evidente na leitura da sinopse é a abrangência com que a escola irá trabalhar em diferentes esferas culturais. É possível,
através da leitura do texto base, identificar menções como, por exemplo, à atual situação
política no Brasil: “pelo voto, se vende as maiores ilusões. E como sabem contar histórias
esses candidatos a ‘malandro oficial”. Ou seja, infelizmente os eleitores caem no conto de
algum vigarista a cada novo período de eleição. A São Clemente aponta para o jeitinho
brasileiro de maneira crítica, resgatando assim sua origem e dando continuidade ao teor
bem-humorado do carnaval passado – quando fez uma reedição de “E O Samba Sambou”.
Criticidade. Trocadilhos. A verdade exposta de maneira, por vezes bem humorada, por
outras mais audaciosas, é a marca da São Clemente – o que evidencia, assim, a relação de
pertencimento entre a sinopse e a agremiação. Apesar do enredo de 2020 ser detentor de um viés mais satírico, ele não perde seu lado divertido em transferir o que se passa no país de maneira pitoresca, abordagem essa que tem sido a escolhida pela agremiação desde seu último carnaval.
Além do valor identitário que pode-se perceber na sinopse, é possível constatar a relevância histórico-social tratada de maneira notória. O termo malandro pode muitas vezes ser expressado de forma divertida, como se fosse uma habilidade, um estilo de vida. Já dizia Beth Carvalho “E onde quer que eu vá. Em qualquer lugar… malandro sou eu…”. Contudo, o termo é mais comumente designado ao trapaceiro, ao espertalhão que sempre arruma um jeito de tirar proveito dos outros de maneira desonesta. Essa característica humana – no contexto brasileiro – é herança de um passado não favorável para os originários do país, que se familiarizaram com o sentimento de deslealdade e, por esse motivo, hoje ser correto é quase uma exceção. A tal ponto, que noticiários potencializam reportagens sobre casos de dinheiro devolvido, ou da verdade sendo contada. A cultura da malandragem está tão cravada na história, no próprio psicológico do cidadão, que como diz a passagem do texto, “a regra é clara’: nesta terra inventada, é certo o desacerto.”
A partir do texto de Silveira, é possível idealizar alguns cenários para o tão esperado
desfile. Imagens como o burro, a santa e o vigário são imprescindíveis na construção visual
do enredo. Ao que parece, fantasias de fácil interpretação, elementos bastante coloridos e
marcantes carros alegóricos ganharão vida na avenida.
Dialogando com o contexto social do cotidiano brasileiro, a escola nos alerta a abrir o olho
para os vigários, os malandros que têm nos contado histórias nas quais não podemos mais
cair, e convida o público para um desfile com muita irreverência e originalidade. Um
desfile no estilo Clementiano de ser.
Para finalizar, desejo um ótimo carnaval à agremiação e ressalto: Abre o olho, cidadão!
malandro é um mané, e o mané é, na verdade, o malandro.
Autora: Thayná Beatriz de Brito Alves – [email protected]
Graduanda em Letras (Licenciatura)/UNIGRANRIO
Membro efetivo do OBCAR/UFRJ
Leitor orientador: Cleiton França de Almeida
Graduando em Artes Visuais – Escultura – EBA/UFRJ
Instagram: @observatoriodecarnaval_ufrj
Grande Rio promete final gloriosa neste sábado na sua melhor safra de samba-enredo de todos os tempos
Após quatro eliminatórias, duas delas sem torcida, a Grande Rio vai definir na madrugada de sábado para domingo seu hino para o Carnaval 2020. A safra tem sido muito elogiada pela crítica e por todo o mundo do samba em geral. No próximo carnaval a escola vai homenagear Joãozinho da Gomeia, importante babalorixá que entre outros grandes feitos, e além de ser referência para as religiões de matriz africana, tem relação com terreiro em Duque de Caxias, coração da comunidade da escola.
As parcerias que estão na final, segundo a ordem de apresentação são: Marcelinho Santos, samba 08; Dinho Artigliri, samba 23; Derê, samba 20; Márcio André, samba 11 e Elias Bililico, samba 12.
Um dos carnavalescos estreantes da escola, Gabriel Haddad, elogiou as obras compostas para 2020 e revelou que a equipe de carnaval não conseguiu ainda se desprender nem dos sambas que já deixaram a disputa.
“A safra de sambas foi a melhor possível, foram sambas que emocionaram a gente muito, até alguns dos sambas que ficaram para trás na disputa, a gente ainda continua ouvindo pela qualidade. Acho que teremos uma grande dor de cabeça para escolher e o resultado será definido mesmo só depois das apresentações da final”.
Para o diretor de carnaval, Thiago Monteiro, o segredo da qualidade das obras está no enredo e na forma de disputa implementada pela Grande Rio.
“A safra é maravilhosa. Tenho certeza que isso se deu em função da qualidade do enredo entre outros fatores. Um bom enredo nos proporciona uma boa safra. Somado a uma forma de disputa esse ano que considero extremamente atrativa para os compositores e para escola porque foi uma disputa curta, pensada em todos os momentos na maneira mais justa no sentido de poder econômico. Fizemos apenas quatro eliminatórias na quadra, duas sem torcida, o Evandro (Malandro) gravou todos os sambas com um custo abaixo do valor de mercado”.
A festa que acontece na quadra da escola neste sábado vai celebrar também o aniversário da Tricolor de Caxias, contando com apresentação de segmentos da escola e coroação da rainha de bateria Paola de Oliveira.
A expectativa do início da apresentação dos sambas, segundo Thiago Monteiro, é por volta das 1h e o posterior anúncio do campeão às 3h. Cada parceria deverá utilizar oito passadas para apresentar a obra, seis com bateria e duas sem. Thiago Monteiro apresentou as qualidades que considera necessárias para um samba ser escolhido.
“Acima de tudo ele precisa estar dentro do enredo. A gente não pode esquecer que samba é julgado em função do seu enredo. O samba precisa cativar não só o componente mas todos aqueles que gostam da nossa escola, todos aqueles que acompanham o carnaval. A gente, acima de tudo, não pode esquecer que a gente escolhe um samba para ser submetido a um julgamento extremamente técnico no carnaval”.
Carnavalesco fala de recepção calorosa e início de trabalho no barracão
Os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora chegaram na Grande Rio respaldados por um ótimo carnaval em 2019 que resultou em um vice campeonato para a Cubango na Série A. Passada a estreia na Sapucaí, a dupla agora está concentrada para os novos desafios. Gabriel falou à reportagem do CARNAVALESCO sobre a recepção da dupla pela comunidade de Caxias.
“Foi uma felicidade incrível ter recebido este convite, uma felicidade incrível essa chegada na Grande Rio. Lógico, contando com grandes inspiradores como Renato Lage, Rosa Magalhães, Alexandre Louzada. Poder participar e disputar no Especial, trabalhar no mesmo espaço que eles é uma grande honra. E a escola recebeu a gente da melhor forma possível. A diretoria da escola está sempre aberta para ouvir o que a gente tem para falar, nossa opinião”.
Sobre os trabalhos, Gabriel Haddad conta que tudo está sendo bem encaminhado e de uma forma que seja possível vencer as dificuldades financeiras para o carnaval 2020.
“No barracão a gente está em fase final de protótipo, e ferro e escultura começando. Tudo tranquilo, sem correria, claro que sempre atento ao calendário. Por enquanto, sem desespero, sem problemas de barracão, mas sempre atento às datas para que nada nos surpreenda mais a frente. Até porque com esse corte geral que a prefeitura fez a gente tem que estar sempre atento a essa questão de verba”.
SERVIÇO
Final de Samba-Enredo
Data 21/09/2019
Horário: 22h30
Local: Quadra da Grande Rio – Rua Almirante Barroso, 5, Centro – Duque de Caxias
Presidente da Viradouro ressalta qualidade da safra de sambas e prepara grande show para final
A Unidos do Viradouro realiza neste sábado, no Barreto, em Niterói, a grande decisão que vai definir o seu hino oficial para o enredo ‘Viradouro de alma lavada’, de autoria da dupla Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira. Além do grande show de segmentos da escola e da disputa final envolvendo três parcerias de peso, a noite reserva grandes emoções com uma apresentação especial das Ganhadeiras de Itapuã, personagens fundamentais do enredo.
Depois do vice-campeonato em 2019, a segunda melhor colocação da Viradouro na história, o presidente Marcelinho Calil revela ao site CARNAVALESCO que a safra surpreendeu pela qualidade e ressalta que os cortes de samba foram dolorosos para a diretoria.
“Foi o ano mais difícil. Ao mesmo tempo que ficamos um pouco sentidos por quem ficou fora, estamos orgulhosos com essa safra. Foi a melhor desde que assumi a Viradouro. O que eu posso garantir à minha comunidade, à ala de compositores e ao mundo do samba em geral é que nossa escolha cumpre parâmetros estritamente técnicos”, revela.
A final da Viradouro é um dos eventos mais caprichados do ano em uma quadra de escola de samba. A apresentação dos segmentos é pensada como um formato de pocket-show para tornar o momento mais atrativo. O presidente Marcelinho Calil conta que são semanas pensando na grande noite.
“A nossa diretoria tem muito carinho pelo evento em si. Pensamos em um mega-espetáculo. Virou uma marca registrada nossa. Para este sábado, preparamos um show com algumas novidades em relação à apresentação de 2019 e vamos ter o show das Ganhadeiras, que eu recomendo todo mundo a assistir, pois é muito bacana”, disse Calil.
A Viradouro sorteará na quadra às 22h a ordem de apresentações das três parcerias finalistas. Cada uma terá cerca de 30 minutos para se apresentar. Serão duas passadas sem bateria, os ritmistas tocam até os 20 minutos quando param para uma passada apenas com o canto da quadra e o restante do tempo até os 30 volta com a bateria. Às 23h, as Ganhadeiras de Itapuã sobem ao palco. A expectativa para a apresentação da Viradouro é por volta de 00h, com as apresentações se iniciando às 02h. O anuncio do samba vencedor é esperado entre 04h30 e 05h.