Ala das Baianas da Santa Cruz leva festa de Santo Antônio para a Sapucaí
A quarta escola a passar pela Sapucaí neste sábado apresentou o enredo ‘Santa Cruz de Barbalha, um conto popular no cariri cearense’, em que contava as estórias e a cultura da cidade de Barbalha e, coube as baianas representarem a procissão para a festa de Santo Antônio.
As tradições do Brasil Sertanejo, essa era a proposta da Acadêmicos de Santa Cruz para a ala das baianas. Mesmo com uma fantasia simples, a escola conseguiu retratar a festa de rua, enaltecendo as baianas. O tecido imitava uma renda transparente com bordados brilhantes na cor dourada. Na saia a presença de bandeirinhas verdes, típicas de festa junina, deram um toque especial à indumentária.
O pulso possuía pequenos braceletes cobertos por purpurina verde, combinavam com o conjunto da indumentária. A cabeça era coberta por uma renda branca. Na parte superior – nos ombros – destacava-se um babado com mais algumas bandeirinhas um pouco maiores também na coloração verde e na altura do peito, a Igreja de Santo Antônio localizado em Barbalha, o enredo que a escola escolheu para o carnaval de 2020.
A festa de Santo Antônio de Barbalha, também conhecida como Festa do Pau da Bandeira, é uma celebração popular que acontece desde 1928 tem seu início no começo de junho e se estende até o dia 13 do mesmo mês, onde ocorre a homenagem à Santo Antônio de Lisboa. Atualmente, a festa atrai diversos artistas e é considerada a maior festividade de Barbalha com a presença de 500 a 600 mil pessoas presentes durante as festividades.
Na opinião de uma das componentes da ala, Antonia de Souza, a escola estava linda e contou com a garra de cada componente para cruzar a Marquês de Sapucaí
“Sou costureira da ala das baianas e às vezes a gente nem tem tempo de saber o que a fantasia representa. Sou filha de uma das fundadoras e saio na escola desde meus nove anos. Comecei como passista e depois que minha mãe faleceu, senti que era a hora de desfilar como baiana e não larguei mais. A fantasia é ótima, leve e super tranquila para fazer o giro. Se Deus quiser, esse ano estaremos lá nas cabeças para subir ao especial!”, almeja a baiana.
Diferente do que aconteceu com outras escolas que passaram pela Avenida, na última sexta feira, as fantasias das baianas chegaram na concentração cedo, com isso três horas antes do desfile todas já estavam arrumadas só aguardando o momento do desfile.
Seis vezes melhor do mundo! Recorde da homenageada emociona componentes da Inocentes
A caçulinha da Baixada foi a segunda escola a pisar na avenida na segunda noite de desfiles da Série A, com o enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo e sorrir no fim”. Marta Vieira da Silva, mulher guerreira e com um começo de vida difícil, foi eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela FIFA, um recorde entre os atletas nas categorias feminino e masculino. Tal feito foi retratado na décima segunda ala da Inocentes de Belford Roxo, intitulada como “Seis Vezes a Melhor do Mundo”.
“Para mim é uma honra representar essa conquista de Marta. Ela é o retrato da mulher brasileira, um exemplo. Quando descobri que o enredo da escola seria uma homenagem, vi que eu precisava participar desse momento. Ela acabou de passar por aqui, do meu lado, e o meu coração bateu forte só de vê-la”, disse Danielle Bonel, de 44 anos. A componente, juntamente com os outros componentes da la, vestiu as cores do Brasil em uma fantasia que lembrava muito a roupa de um Pierrot.
O triângulo da bandeira verde e amarela pendia da parte da frente do traje, com detalhes dourados que também foram usados em outras peças da fantasia. Na cabeça, uma coroa acoplada a uma bola, e no esplendor seis estrelas que representavam a quantidade de vezes que a jogadora recebeu o título de campeã das campeãs, ficando reconhecida mundialmente por seu talento.
A integrante Beatriz Bandun, de 42 anos, levou dez franceses para a ala. Ela afirmou que eles ficaram muito felizes quando souberam que o tema da agremiação era a atleta, pois são apaixonados por futebol.
“Estou super feliz e muito emocionada. Os franceses estão radiantes com a oportunidade. Depois da Copa do Mundo, ela ficou muito famosa na França”, disse a componente, mostrando que o recorde alcançado por Marta é um fato histórico e admirado por todo o mundo.
Inocentes faz grande desfile e emociona homenageando Marta
Por Victor Amancio. Fotos de Allan Duffes e Nelson Malfacini
Segunda escola a desfilar no sábado Inocentes entrou na avenida empolgada. O samba elevou o nível do desfile com sua letra emocionante sobre a trajetória da seis vezes melhor jogadora do mundo, Marta. Mestre Washington se destacou no desfile fazendo bossas bem realizadas e com isso conseguiu levantar o público. No último carro, Marta passou na avenida e foi ovacionada pelos presentes sob os gritos de rainha. O enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim” foi desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Caribé e encerrou o desfile com 53 minutos.
Comissão de Frente
O quesito comissão de frente, coreografado por Juliana Frathane trouxe na sua realização a ideia de um sonho virando realidade. No início da apresentação a jogadora homenageada era apresentada como uma criança representando a jogadora ainda na infância com o sonho de se tornar jogadora. Num segundo momento a menina troca de lugar com uma outra bailarina, esse é o ponto mais alto da apresentação porém não conseguiu o resultado esperado e as arquibancadas não responderam. Bem dançada e sem erros a comissão passou bem pelos três módulos de cabine de jurados.
Mestre-sala e Porta-bandeira
Douglas Valle e Jaçanã Ribeiro, passaram com a fantasia significando “Amor a minha terra”. Na primeira cabine o casal apresentou problemas com a fantasia da porta-bandeira, sem o costeiro que caiu antes da chegada no primeiro módulo e talvez pelo nervosismo acabou atrapalhando na dança. Foi perceptível a falta de sintonia, Douglas dançou com velocidade e colocando garra em seus passos, enquanto Jaçanã de forma lenta e pareceu não colocar vontade nos seus giros. Durante as outras apresentações, Jaçanã pareceu estar mais segura e a dupla dançou melhor e evoluiu o nível de apresentação, que ainda foi abaixo do potencial do casal.
Harmonia
O canto da escola foi empolgante, os componentes aparentavam estar felizes desfilando e isso surtiu efeito no canto da escola. Os intérpretes Pixulé e Tem Tem Sampaio, fizeram um grande desfile, foram essenciais para o crescimento do samba e o canto da escola. Bateria do mestre Washington foi um ponto a mais na harmonia da escola, com bossas mexendo com o público e a escola.
Enredo
O enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim” desenvolvido por Jorge Caribe. Idealizado para exaltar a mulher brasileira e sua determinação através da grande jogadora Marta. Caribé acertou em cheio na concepção das fantasias e nos carros. Era fácil entender cada ala ou alegoria apenas acompanhando o desfile. O desfile iniciou com a infância de Marta em Alagoas, passando pela chegada dela ao Rio de Janeiro e encerrando com o reconhecimento da jogadora sendo homenageada no principal manifestação cultura do seu país.
Evolução
Logo no início do desfile, o tripé, que vinha logo atrás do primeiro casal da escola abriu um imenso espaço. Com dificuldades em seu deslocamento o tripé atrapalhou o quesito da escola durante todo o desfile, abrindo buracos e podendo prejudicar a escola com as notas. O abre-alas também teve alguns problemas e a escola teve um espaço aberto entre o setor 3 e 5. O último carro da escola desfilou com problemas mas não atrapalhou a evolução da
Inocentes.
Samba
O samba rendeu e cresceu ainda mais na avenida. Envolvente, a letra contém versos com extrema beleza poética e trechos que emocionam muito como os versos finais que antecedem o refrão principal. O crescimento ficou muito em função do time de cantores e da bateria do mestre Washington, um acerto.
Fantasias
O trabalho de fantasias do carnavalesco Jorge Caribé conseguiu explicar o enredo e facilitou na sua leitura. Usando matérias leves e baratos, Caribé acertou na plástica da Inocentes de Belford Roxo. Destaque para a ala das baianas que vestiram uma fantasia em tons de marrom representando as “mães nordestinas” dando um efeito visual bonito. Logo atrás do primeiro carro as alas 4 e 5, representando a chegada da jogadora a cidade e o Vasco da Gama, primeiro clube da jogadora, respectivamente também eram bonitas e leves.
Alegorias
O abre-alas representando Alagoas, terra da jogadora Marta, trouxe uma capela central com anjos na parte traseira e como figura central uma escultura representando a homenageada. Grande e muito bem acabado, apesar dos problemas motores, era um carro esteticamente bonito. O segundo carro, “Marta ganha os campos do mundo” representou um grande campo de futebol, Caribé com uma sacada genial decorou o carro por completo de bolas de futebol, dando um efeito maravilhoso para alegoria, além de ter sido uma sacada com um baixo custo. Os carros, de fácil leitura, contaram bem a proposta do enredo.
Sossego pensa em fazer história, mas esbarra em falhas na evolução e no acabamento das alegorias
Por Gustavo Maia. Fotos: Allan Duffes e Nelson Malfacini
No ano em que comemora seu jubileu de ouro, a Acadêmicos do Sossego contou com novos reforços em sua equipe e o aporte financeiro da prefeitura de Niterói para tentar fazer história na Marquês de Sapucaí. Mas, com graves problemas no acabamento de suas alegorias, e, uma evolução irregular, a proteção de Olokum pode não ser suficiente para garantir que a escola alcance o objetivo de ficar nas primeiras colocações.
Por outro lado, destaques como o belo conjunto de fantasias e a bateria comandada pelo jovem mestre Laion Jorge podem ajudar a escola a recuperar-se dos resultados dos seus últimos desfiles na Série A, quando esteve por três anos consecutivos perto do rebaixamento.
Comissão de Frente
A comissão de frente da azul e branca do Largo da Batalha trouxe Olokum, a divindade dos mares, em cortejo com tocadores de tambor. Coreografada por Jardel Lemos, o grupo estava entrosado em sua vibrante apresentação. O ápice da exibição para os julgadores acontecia quando o elemento principal era elevado no elemento cenográfico pelos demais dançarinos.
A fantasia dos dançarinos, em tons escuros como roxo e preto, produzia belos efeitos de movimento. A maquiagem do grupo também foi um destaque. O dançarino principal usava lentes de contato especiais que reforçavam sua caracterização como um sombrio senhor do mar.
Um dos desafios da comissão foi inserir na apresentação a homenagem ao cinquentenário da escola de Niterói. A solução foi levantar o estandarte dos 50 anos da Sossego no próprio elemento alegórico.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O consagrado casal foi uma das apostas da escola para o carnaval de 2020. Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, que vieram da Mocidade Independente de Padre Miguel, juntaram-se à comunidade do Largo da Batalha em novembro.
A fantasia do casal em tons de azul e verde representava os espíritos de Olokum. Embora, a chuva tenha dado uma trégua ao desfile da Sossego, a fantasia da porta-bandeira parecia um pouco pesada na avenida e, em alguns momentos, o entusiasmo e o vigor de Marcinho parecia superar a dança de sua dama. Na apresentação no segundo módulo de julgamento, notou-se um pequeno desencontro na junção de mãos do casal que, entretanto, seguiu sua coreografia enfrentando com elegância os percalços da pista molhada.
Há de se destacar o sorriso nos rostos do casal. Tanto Marcinho quanto Cristiane exibiram-se todo o tempo com expressões de felicidade, ela sempre mais delicada, enquanto Marcinho mostrava-se mais performático.
Harmonia
O intérprete Nêgo foi mais um dos reforços da Sossego para o carnaval de 2020. O consagrado cantor comandou o carro de som com força e segurança do início ao fim do desfile. O canto dos componentes, entretanto, foi irregular ao longo da apresentação. Passados os refrões, quando se notavam momentos de maior empolgação, o canto decrescia intensamente.
Evolução
A evolução irregular da escola do Largo da Batalha foi um dos pontos baixos do desfile. Nos primeiros 30 minutos, a agremiação apertou o passo em vários momentos, não permitindo que os componentes se exibissem com elegância. O resultado foi logo sentido pela direção da escola: foi preciso segurar a bateria na reta final da avenida para evitar que o desfile se encerrasse antes do tempo regulamentar e a escola teve que diminuir muito o ritmo. A marca de 53 minutos no momento do fechamento dos portões mostrou que a escola poderia ter aproveitado melhor seu tempo de desfile.
Samba-enredo
O hino da Acadêmicos do Sossego para o carnaval 2020 cumpriu seu papel na avenida. A obra tem melodia envolvente, refrões fortes e, ainda, exalta o cinquentenário da agremiação de Niterói. O samba foi um dos destaques do desfile deste ano, especialmente após uma sucessão de escolhas de obras com propostas ousadas nos últimos carnavais, que resultou em críticas contundentes aos sambas da Sossego. A letra do samba deste ano também merece destaque, por bem descrever o enredo da escola.
Bateria
A bateria Swing da Batalha, sob a batuta do jovem mestre Laion Jorge, foi um dos pontos altos do desfile da Sossego. Os ritmistas executaram as bossas com perfeição, incluindo referências aos ritmos do maracatu.
Os ritmistas também abriram espaço para uma apresentação performática do dançarino Carlinhos Salgueiro, durante uma das paradinhas. Destaque também para a fantasia dos ritmistas, que não atrapalhou a execução dos movimentos.
Celi Costa foi a rainha da Swing da Batalha, cargo que assumiu recentemente. A dançarina se exibiu com segurança apesar da estreia na escola. A beldade, porém, enfrentou problemas com o costeiro de seu figurino.
Enredo
Para o desfile deste ano, a Sossego optou por uma homenagem ao maracatu. A proposta foi contar a história desta manifestação musical e cultural pernambucana desde suas raízes até suas representações atuais na cidade do Rio de Janeiro e de Niterói, através do grupo “Tambores de Olokum”.
O enredo foi concebido pelo carnavalesco Marco Antônio Falleiros mas, recentemente, passou pelas mãos de Alex de Oliveira e, nos últimos meses, foi concluído pela dupla Guilherme Diniz e Rodrigo Marques. O desenvolvimento do enredo permitiu uma grande diversidade visual na avenida, desde a abertura com a referência a Olokum, divindade protetora dos oceanos, até as manifestações culturais populares no Brasil.
Alegorias e Adereços
Um dos maiores problemas enfrentados pela Sossego estava em suas alegorias, que traziam grandes esculturas, mas sofriam com falhas graves no acabamento. A escultura que representava Olokum no abre-alas entrou na avenida com problemas de pintura e nas junções das partes do destaque. Este problema se repetiu nos demais carros. O primeiro tambor da lateral direita do segundo carro, que representava os tambores da Senhora do Rosário, estava danificado. No terceiro carro, “Os conguês e os agbés tocam em louvor à coroação real”, o motorista estava evidente, o que comprometeu seriamente a alegoria.
Fantasias
A escola apresentou um belo conjunto de fantasias. As baianas representaram as sacerdotisas marinhas com um figurino branco tradicional. Notava-se que elas estavam leves para poderem evoluir com elegância. Mesmo com materiais simples, os figurinos eram bem acabados, coloridos e adequados à proposta do enredo da Sossego. Não se pode deixar de registrar, porém, que algumas alas passaram incompletas. Na ala herança africana, havia componentes sem o adereço de cabeça.
Pérola Negra faz desfile irregular e sofre com muitos quesitos na abertura dos desfiles de sábado
Por Gustavo Lima. Fotos de Magaiver Fernandes
A Pérola Negra abriu os desfiles da noite de sábado no carnaval de São Paulo, e não foi dos sonhos da comunidade. A escola pecou muito em evolução, houve uma correria absurda do minuto 45 em diante, além de presença de grandes buracos. Outro ponto negativo foram as fantasias, pois provavelmente devido aos acidentes com as fortes chuvas, faltando poucos dias para os desfiles, a comunidade teve de se reinventar com o que deu. A agremiação optou pelo uso de alegorias simples para facilitar o entendimento. Outro quesito que decepcionou, foi a harmonia da escola, após realizarem bons ensaios neste quesito. Contudo, foi uma apresentação bem irregular da “Joia Rara”, o que faz a escola brigar apenas pela permanência no Grupo Especial. A escola terminou o desfile com 64 minutos.
Comissão de frente
A ala veio com um tripé simbolizando um grande baú, onde de dentro saíram personagens representando deuses indianos, ciganos e sacerdotes indianos, esses últimos ficam em todos os momentos na pista, ora fazendo a coreografia do samba, ora realizando a apresentação teatral. A comissão de frente teve um desempenho satisfatório dentro do que era previsto, mas deveria ter focado mais nos ciganos, teve pouca dança característica do povo. A leitura das mãos e a bola de cristal, que são marcas, também não tiveram presentes na ala.
Mestre-sala e Porta-bandeira
Arthur Santos e Eliana Salles estavam vestidos na cor verde escuro, aparentemente representando alo da natureza. No começo, a porta-bandeira teve dificuldade de controlar o pavilhão pelo forte vento que fazia no momento, além da garoa, mas logo a desavença foi driblada e a dupla realizou uma apresentação segura em frente à torre dos jurados.
Harmonia
A harmonia da escola não foi satisfatória no desfile. A Pérola Negra não repetiu o que realizou nos ensaios técnicos e teve um canto fraco, consequentemente, a avaliação se a agremiação obteve clareza ou não, fica muito dificultada.
Enredo
A escola homenageou os ciganos na avenida, mostrando toda sua cultura e história. O objetivo também foi de mostrar a questão do elo que os ciganos fazem com as outras culturas, mas sem perder a essência de seu povo. O carnavalesco focou muito na história, mostrando muitos elementos de Egito, Índia e Europa, onde o povo foi bastante perseguido nessa época. As fantasias não eram claras em sua representação, talvez pelo acidente que ocorreu com as chuvas, e a leitura ficou bastante dificultada. As alegorias eram de fácil assimilação e tinham a ver com o enredo.
Evolução
A evolução foi muito danificada. A agremiação estava numerosa e houve muita dificuldade com a condução dos carros alegóricos, o que culminou na presença de buracos, principalmente em frente ao recuo de bateria, ocorreu ao menos três problemas desse tipo. Apesar de ter fechado antes dos 65 minutos, a escola teve que correr muito, no minuto 45 a última alegoria estava entrando na pista ainda, e obrigou a escola a entrar em uma correria absurda, são duas penalizações graves que ocorreram no campo de visão dos jurados.
Samba-Enredo
O samba se destaca mais por sua letra, que é bem explicativa e retrata o enredo de forma correta. O intérprete Daniel Collete, que desfilou comemorando 20 anos de carnaval em São Paulo, teve uma apresentação boa, incendiou a comunidade principalmente na concentração, com suas palavras de motivação, mas na pista a escola não respondeu à altura.
Fantasias
Era notório que as fantasias estavam bastante danificadas pelo acidente que ocorreu com as chuvas, os materiais usados eram precários. As vestimentas também não explicavam de forma clara o que os setores queriam mostrar, mas apesar de todos os problemas, o aspecto positivo foi a questão da coloração, a escola apostou em um desfile bastante colorido, o que deu um bom aspecto visual. Vale lembrar que as fantasias danificadas foram enviadas aos jurados e não serão julgadas.
Alegorias
A escola trouxe um abre-alas com esculturas de elefantes e deus Ganesha, e logo atrás veio a representação de outros deuses indianos, com mulheres dançando nas laterais do carro, representando o templo indiano de Meenkashi. A segunda alegoria vem com dourado predominante, com esculturas de deuses egípcios e aparentemente, um faraó no topo,
simbolizando o templo do faraó Ramsés. A terceira alegoria tinha as cores vermelho e amarelo predominante, com esculturas de ciganas no topo e atrás do carro alegórico, retratando a história do povo na Europa. A quarta alegoria veio colorida, mas tinha a cor roxa predominante, este carro representava o misticismo do povo, como leitura de mãos e bola de cristal. A última alegoria é um tributo a Santa Sara, que é venerada pelos ciganos, onde teve uma escultura da santa e logo atrás do carro alegórico, vinha uma ala imensa de ciganos.
Outros destaques
Destaque para a fantasia da rainha de bateria Samara Carneiro, que tem a cor branca e é detalhada em LED.
Inocentes retrata a primeira oportunidade da carreira de Marta
A Inocentes de Belford Roxo levou para a Sapucaí nesta noite de sábado a emocionante trajetória da atleta Marta Vieira da Silva. Sendo a maior artilheira da história da Seleção Brasileira de Futebol e detentora do título de melhor do mundo por seis vezes, Marta teve uma infância sofrida e de muitas lutas. Aos 14 anos deixou a pequena cidade de Dois Riachos, em Alagoas, e foi rumo ao Rio de Janeiro, onde conquistou sua primeira oportunidade da carreira no Vasco da Gama. Essa passagem pelo clube carioca rendeu uma ala inteira no desfile da caçulinha da Baixada.
Intitulada como “Vasco da Gama, a casa que acolheu”, a quinta ala representou essa fase tão importante da vida da jogadora. A fantasia era leve e simples, o que permitiu a evolução do componente na Marquês de Sapucaí. Parecida com um uniforme, os integrantes carregaram o preto, branco e vermelho característicos do time. Além da Cruz de Malta, o grande símbolo do clube, colocado no esplendor e em um chapéu.
Para Júlio César de Almeida, de 55 anos, é uma honra pisar na avenida homenageando seu time de coração e a jogadora Marta.
“Sou tão apaixonado que tenho tatuada a Caravella do Vasco. Para nós, vascaínos, a Marta é um ícone. Uma mulher que saiu de onde ela saiu e que conquistou o mundo. Ela deu força para a mulher em um espaço que até hoje fecha portas. O futebol feminino está avançando, mas ainda precisamos dar muito apoio para que isso avance”, disse o componente.