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Encerrando os desfiles da Série A, Império da Tijuca faz enredo sobre educação e tropeça na leitura

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Por Victor Amancio. Fotos: Allan Duffes e Nelson Malfacini

Fechando a última noite de desfiles da Série A, o Império da Tijuca fez um desfile com poucos erros, mas com problemas na leitura das fantasias. Em contraste, as alegorias passavam bem a mensagem do enredo. O destaque ficou por conta do primeiro casal, Renan Oliveira e Lais Lúcia, que dançaram muito bem em todas as cabines dos jurados. Com uma belíssima fantasia e uma coreografia com alto grau de dificuldade, o casal mostrou uma grande sintonia. Mestre Jordan comandou bem a bateria e fez boas apresentações, empolgando o público com uma coreografia. Desfilando com o enredo “Quimeras de um Eterno Aprendiz” o Império da Tijuca encerrou o desfile com 54 minutos.

Comissão de frente

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A comissão coreografada por Lucas Maciel representava os embates de Evandro do Santos com uma quimera. O duelo termina com Evandro encontrando e vencendo através da literatura, revelando personagens literários como Iracema, Dom Quixote e Emília. No fim ele é coroado “Homem-Livro” e abria uma bandeira da escola com as palavras “direito”, “respeito”, “inclusão” e “educação”, arrancando aplausos do público. Realizando uma boa apresentação em todos os setores e levantando o público no momento em que surgem os personagens, a comissão cumpriu o papel e somente no último setor teve um problema quando o pano agarrou no bailarino principal, mas rapidamente o problema foi superado e não atrapalhou a realização da comissão.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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O casal Renan Oliveira e Laís Lúcia, em sua estreia como casal, fez uma das melhores apresentações das duas noites de desfiles. Dançando no tempo certo e sincronizados realizaram uma apresentação com uma coreografia de alto nível e grau de dificuldade acima da média. Sem perder a garra e a graciosidade Laís dançou muito bem e se firma como primeira porta-bandeira. Renan, por sua vez, rabiscou a pista conduzindo muito bem sua parceira.

Harmonia

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O canto da escola foi contagiante. O cantor Daniel Silva comandou com maestria o carro de som e manteve o andamento propício para o canto, que por sua vez, foi linear do início ao fim. O mestre Jordan fez bossas bem encaixadas e com a bateria cadenciada o canto da escola não foi prejudicado.

Enredo

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O enredo “Quimeras de um eterno aprendiz”, desenvolvido pelo carnavalesco Guilherme Estevão, em sua estreia na Sapucaí, trouxe passagens da vida de Evandro dos Santos utilizando como exemplo a transformação dele através da educação. O Império da Tijuca teve problemas na clareza do enredo, as fantasias não se explicavam e sem o roteiro ficou difícil de entender as passagens. Diferente das alegorias que eram autoexplicativas.

Evolução

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Sem problemas de evolução, como outras escolas tiveram, a escola evoluiu bem, sem correria. O componentes desfilaram bem mas poderiam ter evoluído mais soltos.

Samba-Enredo

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O samba não é o estilo das obras que a escola costuma trazer para a avenida porém continha uma riqueza melódica e uma letra que explicava bem o enredo contribuindo para o seu funcionamento. O samba melhorou na voz de Daniel Silva e com a bateria do mestre Jordan.

Fantasias

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O carnavalesco Guilherme Estevão em sua estreia na Sapucaí fez boas fantasias e em termos estéticos a escola passou bem pelo quesito. Porém, as roupas não eram de fácil leitura, o que pode atrapalhar nas notas. Fantasias do primeiro casal e do segundo eram bem bonitas, além da primeira ala, que homenageava grandes educadores, como Paulo Freire e Darcy Ribeiro, em estandartes.

Alegorias

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O quesito apresentou problemas de acabamento tanto no abre-alas, que representava o “Homem-Livro e a Máquina do Saber”, e o segundo carro, “O Livro e o Florescimento Científico do Brasil”. O último carro teve problema com a iluminação da lateral que passou apagada no último módulo dos jurados. O carnavalesco desempenhou um bom trabalho e solucionou bem os problemas da crise financeira que afeta o carnaval. Salvando o quesito, as alegorias passavam clareza na mensagem das alegorias. Destaque para o quadripé com bonitas esculturas.

Ala do Império da Tijuca utiliza Morte e Vida Severina para falar da fome

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Encerrando os desfiles da Série A na noite de sábado, o Império da Tijuca homenageou Evandro dos Santos, que recolheu mais de 50 mil livros das ruas, do lixo ou através de doações. O Homem Livro, como ele é conhecido, fundou uma biblioteca na Vila da Penha com as obras que acumulou durante sua vida. A escola utilizou a educação para homenagear grandes obras literárias.

‘Morte e Vida Severina’ e ‘Quimera da Fome’ foi a 14ª ala da escola a entrar na avenida, fazendo alusão ao livro-poema de João Cabral de Mello Neto, que narra a dura vida de um retirante sertanejo em busca de abrigo, querendo recomeçar a vida e vencer a fome. Alexandre Souto, 38 anos, que está desfilando pela segunda vez na escola, e foi categórico; “nossa arma é poesia.”

A fantasia era colorida, com predominância do vermelho. Cada componente da ala vestia um chapéu de palha, que tinha um vaso com flores laranja por cima. Nos ombros dos integrantes via-se fios de palha, com o crânio de um boi pendurado na altura da barriga, remetendo a obra prima de João Cabral. Ana Paula Monteiro, de 49 anos, desfilou pelo terceiro ano na escola da Formiga, e advertiu: “A educação é o caminho pra qualquer país sério”, disse Ana Paula que continuou.

Ela comentou a importância do enredo sobre livros e educação neste carnaval.

“Na escola eu cheguei a fazer uma peça sobre (Morte e Vida Severina)… É a história do Brasil. O ressurgimento em meio às dificuldades, a garra da mulher nordestina, a fome que assola nosso país. Nada muito diferente do que ainda tem”.

Alexandre também elogiou o enredo. “Achei brilhante… Eu apoio um projeto da UERJ de doação de livros. Isso é fundamental. A educação é a solução em todos os aspectos. Os nossos governantes tem que valorizar a leitura, o conhecimento, valorizar os professores e todas as categorias. Sem a educação a gente não tem nada, a gente não constrói uma sociedade justa, igualitária.”

Com grande rendimento, samba-enredo embala o gingado da Unidos de Padre Miguel

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Por Diogo Sampaio. Fotos: Allan Duffes e Nelson Malfacini

Sexta escola a cruzar a Marquês de Sapucaí, a Unidos de Padre Miguel teve na força de seu carro de som, no canto da comunidade e no ritmo envolvente da bateria, as bases necessárias para o excelente rendimento do samba-enredo que conduziu a apresentação do enredo “Ginga”. Porém, algumas falhas no conjunto alegórico e o buraco aberto na frente da primeira cabine de jurados podem atrapalhar a vermelha e branca da Vila Vintém na disputa pelo título da Série A. O desfile terminou com 54 minutos, um a menos do tempo máximo permitido.

Comissão de frente

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Coreografada por David Lima, a comissão de frente veio retratando o ritual N’Golo, cuja os movimentos serviram de inspiração para criação da capoeira. Com uma caracterização impecável em figurino e maquiagem, a apresentação trazia bailarinos vestidos de zebras e uma deusa fêmea que era disputada pelos demais integrantes. O ápice acontecia quando a figura mítica ganhava asas e era alçada ao alto, para delírio do público presente.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Há seis anos defendendo o primeiro pavilhão da agremiação, Vinicius e Jéssica demonstram entrosamento em uma apresentação que misturou a dança tradicional com passos coreografados. Com uma fantasia luxuosa que representava o “Ritual da Enfundula”, a dupla enfrentou a pista molhada e o vento forte sem cometer erros consideráveis nas cabines de julgamento.

Enredo

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Com a proposta de contar a história da capoeira, o desenvolvimento do enredo “Ginga” se mostrou confuso e de difícil compreensão na Avenida. Apesar de cronológica, a linha temporal dava saltos e para ter uma leitura nítida da proposta era necessário recorrer ao roteiro de desfiles.

Evolução

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O ritmo acelerado foi uma constante no desfile. Apesar disso, as alas vieram alinhadas e sem embolar. O único erro grave no quesito foi um buraco aberto na frente do primeiro módulo, ocasionado por um problema de locomoção no carro abre-alas.

Samba-Enredo

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Em uma noite de excelente performance do intérprete Diego Nicolau e da bateria comandada pelo mestre Dinho, o samba-enredo composto por Samir Trindade, Júnior Beija-Flor e parceiros rendeu muito bem na Avenida, sendo um dos pontos altos da apresentação. As arquibancadas reagiram bem a passagem da obra e a entoaram principalmente nos refrões.

Harmonia

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Outro fator que colaborou para o excelente desempenho do samba-enredo foi o canto das alas. Os componentes entoaram a obra a plenos pulmões durante toda a apresentação da vermelha e branca da Vila Vintém. Até mesmo as coreografadas mostraram ter o samba na ponta da língua.

Fantasias

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O conjunto de fantasias da Unidos de Padre Miguel alinhou criatividade, com qualidade nos materiais e grande volumetria. Entre as alas de maior destaque no figurino estavam a ala de passistas “Maculelê”, as de baianas pretas “Nossa Senhora da Boa Morte” e brancas “Toucheiros”.

Alegorias e Adereços

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Quase todo o conjunto alegórico da Unidos de Padre Miguel apresentou problemas de acabamento. Logo no tripé de entrada, que levava o nome do enredo, havia uma falha no pescoço da escultura do boi vermelho localizada na lateral direita. Na sequência, o abre-alas “Brasil-África” entrou incompleto na Marquês de Sapucaí e com partes de ferros exposta, além da barra da saia danificada na lateral direita.

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Porém, o carro com maior concentração de erros foi o segundo, intitulado “Festejos da Bahia”: na frente, a cabeça de um dos negros tinha imperfeições na boca e no queixo; na lateral direita, o queijo vermelho passou despencando; e a saia da alegoria veio parcialmente rebaixada pelo peso. A exceção ficou por conta do último carro, nomeado como “Quilombo da UPM”, de boa qualidade nos detalhes.

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Outros Destaques

A primeira ala do desfile, intitulada “Agricultura e Agricultores”, chamou a atenção pela qualidade da fantasia e da maquiagem, além da coreografia bem executada. A rainha de bateria Karina Costa também roubou a cena pelo figurino luxuoso, além do samba no pé.

Galeria de Fotos: Desfile do Império da Tijuca no Carnaval 2020

Galeria de fotos: desfile da Vila Maria no Carnaval 2020

 

Ala infantil da Unidos de Padre Miguel retrata a inocência das Ibejadas

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A Unidos de Padre Miguel levou para a Avenida o enredo “Ginga”, que contou a história da capoeira e de sua ancestralidade. O esporte, uma expressão cultural brasileira que une elementos de arte-marcial, dança e música, foi criado no século XVII pelo povo escravizado. A famosa ala das crianças da agremiação representou toda a inocência do bailado do capoeirista, como em uma festa de pequenos Ibejis, entidades infantis que se manifestam nas religiões de matrizes africanas.

Meninas e meninos, apaixonados pela escola, alegaram que era maravilhoso estar na Marquês de Sapucaí mais um vez. “Eu desfilo desde 2015 e é sempre uma emoção muito grande. Quando eu piso na Avenida, perco a cabeça, fico louco! Gostei da roupa, é muito confortável. Deve ter dado um trabalhão para o carnavalesco. Assim como no enredo, eu jogo capoeira e minha última apresentação foi semana passada”, contou Luan Gomes, de 13 anos.

A fantasia dele e dos outros componentes da ala era parecida com os trajes utilizados pelas entidades mirins consagradas na Umbanda e no Candomblé. A roupa tinha várias cores, com a prevalência do rosa claro no casaco e na calça. Na cabeça, um chapéu também característico dos Ibejis. As crianças também carregaram grandes bolas nas mãos, retratando a inocência das brincadeiras infantis.

A ala mirim da agremiação é conhecida e sempre chama a atenção pelos pequenos componentes, que são encantados pela escola.

“Acho que a Unidos traz o samba de dentro de você! Até a pessoa que não gosta vai no ensaio e se apaixona. Foi assim que aconteceu comigo. Eu desfilo há cinco anos nessa ala. A fantasia é muito linda”, afirmou Felipe Torres, de 12 anos.

Vitória Siqueira, 11, também ama a agremiação de Padre Miguel e adorou todas as fantasias que viu na concentração. A paixão nos olhos dos componentes, como Luan, Felipe e Vitória, era evidente. Para a diretora Gleide da Silva, que comanda as crianças há três anos, isso tem explicação. Ela acredita que a ala leva o futuro da agremiação para a Avenida. “Essa ala significa a continuidade da força do povo guerreiro da Vila Vintém.”

Volta aos anos 90! Imperatriz faz o melhor desfile da noite em busca do retorno ao Grupo Especial

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Por Victor Amacio. Fotos: Allan Duffes e Nelson Malfacini

Reeditando o enredo de 1981, “O teu cabelo não nega”, a Imperatriz Leopoldinense fez um grande desfile porém teve problemas na iluminação do abre-alas e do segundo carro. Na luta pelo título de campeã do carnaval e o retorno ao Grupo Especial a escola fez o melhor desfile da Série A. Fazendo uma arrancada arrebatadora a escola entrou com os pés firmes na Sapucaí. O casal de mestre-sala e porta-bandeira se destacou com uma fantasia belíssima e com uma dança impecável. Mesmo com os problemas de iluminação, as alegorias estavam lindas e com um acabamento impecável. O canto da comunidade gresilense foi extremamente forte, a agremiação mostrou a vontade de retornar para o principal grupo do carnaval. O samba, já conhecido pela comunidade, foi o ponto alto da escola, favoreceu o canto e empolgou a Sapucaí.

Comissão de frente

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O casal de coreógrafos Hélio e Beth Bejani trouxe na comissão a representação dos antigos carnavais com bonecões de bate-bolas. Durante a apresentação de dentro desses bonecos saiam malandros com guardas-chuvas. O ponto alto ficou por conta da surpresa, que foi a revelação de uma passista que arrancou aplausos de quem assistia. Bem dançada e sem erros a comissão desempenhou bem o papel proposto.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

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O casal desfilou com uma fantasia de Arlequim e Colombina com uma beleza impressionante. Exalando sintonia e passos bem sincronizados Thiaguinho e Rafaela provaram que estão em alto nível de dança e o tempo juntos é positivo para evolução como casal. Completando dez carnavais defendendo o pavilhão da escola, Rafaela dançou com leveza sem deixar a garra de lado.

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Harmonia

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O canto da escola impressionou pela sua força. Os componentes pisaram firme na Sapucaí e cantaram a reedição a plenos pulmões. O carro de som com Arthur Franco e Preto Joia fez uma boa apresentação e somados com a bateria de mestre Lolo elevaram o nível do canto, que passou muito bem por toda Sapucaí.

Enredo

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Reeditando o carnaval de 1981, homenageando o compositor Lamartine Babo, a escola desenvolveu o desfile em três setores. O primeiro sendo um convite para o público embarcar no desfile. O abre-alas representava um trem da alegria e ficou clara a proposta. Leandro desenvolveu um desfile popular e de fácil leitura, tanto os carros quanto as alas permitiam um entendimento rápido. O segundo setor passou pelas composições de memoráveis de Lamartine, destaque para as alas que retratavam os times de futebol. Fechando o desfile um verdadeiro baile de carnaval com malandros, bate-bolas e colombinas.

Evolução

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Evoluindo de forma correta, sem correria ou lentidão, a escola fez as pausas para as apresentações dos quesitos e passou evoluindo e se divertindo. O público foi contagiado pela alegria da escola e respondeu cantando o samba. Foi um dos pontos altos do desfile, foi possível ver componentes interagindo com o público das frisas e, desta forma animando quem assistia.

Samba-Enredo

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Um dos grandes sucessos da história da escola, o samba-enredo foi um dos destaques do desfile. Curto e de fácil aprendizado, o refrão funcionou muito bem sendo o ápice do canto. “Quem dera que a vida fosse assim…” foi outro momento em que a comunidade gritou o samba. Lavaram a alma e provaram a grandiosidade da escola.

Fantasias

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Sem duvidas foram as fantasias mais bonitas que cruzaram a Marquês de Sapucaí e além de beleza conseguiram explicar o enredo para quem assistia. O carnavalesco Leandro Vieira desempenhou bem a função e entregou um conjunto de fantasias funcionais e leves, permitindo a evolução da comunidade. Destaque para a fantasia das baianas da escola e segundo casal que impressionaram pela beleza estética.

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Alegorias

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Um dos melhores conjuntos alegóricos apresentados até o momento, criativo e comunicando bem com o público as alegorias foram um dos destaques do desfile. O abre-alas passou em alguns pontos com a parte traseira apagada, como na segunda e na terceira cabine dos jurados. O problema com iluminação pode despontuar a agremiação que passou também com segundo carro piscando na avenida e nos módulos 2 e 3 totalmente apagados.

Com grandiosidade estética, coroa da Imperatriz entrou com alto luxo na Avenida

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Em exaltação à figura do compositor Lamartine Babo a Imperatriz Leopoldinense o coroou junto de seu símbolo máximo. Fechando o desfile, a alegoria intitulada “Palco Iluminado: Só dá Lalá” ressaltou a figura do artista como “o Rei do Carnaval” título que recebeu por conta de seus trabalhos populares na festa.

O carro tinha um nível altíssimo em construção estética, riqueza de detalhes. Leandro Vieira é um artista singular na construção artística, assim como exigente, fez jus então ao carro da coroa, grande símbolo da escola, que veio predominantemente dourado.

O logo “Imperatriz” verde com lâmpadas ao redor e anjos em suas laterais foi impactante. A expressão desses bonecos foi minuciosa, emocionou os componentes através da riqueza dos traços, as suas asas douradas com relevos expressivos. A coroa era bastante luxuosa, com detalhes de flores e corações estilizados nas ‘hastes’, que criaram um efeito grandioso.

As fantasia das componentes que vieram no carro também eram ricas em detalhe e acabamento; um vestido branco com detalhes dourados cintilantes e o chapéu de penas verdes. A alegoria foi de luxo, contribuindo para que a Imperatriz voltasse à época em que fazia desfiles memoráveis.

Débora Corrêa, 28 anos, que estreou na Imperatriz ficou emocionada com a imponência do carro. Ao lado dela, mais uma componente não conseguia esconder a emoção; Andressa de Lima, 15 anos, que desfila na Imperatriz desde criança estava visivelmente emocionada em desfilar neste carro.

“Esse é meu primeiro ano desfilando em um carro, mas já são mais de 10 anos saindo na Imperatriz, e é muita honra estar desfilando no carro da coroa, para nós é muita
felicidade, já que representa o símbolo da nossa escola”, disse a componente que emendou.

“Esse carro está lindo, bem detalhado, tudo muito bem acabado. A gente anda pelo carro e não se vê um defeito ou algo faltando, está perfeito. Até estávamos aqui agradecendo o pessoal que fez o carro, que ajudou na confecção, eles que fazem essa festa e isso tudo acontecer. É uma felicidade muito grande e um sentimento inexplicável”, finalizou a jovem imperiana.