Primeiro veio o susto, depois um respiro consciente, até chegar numa ideia concretizada: O carnaval pode almejar coisas maiores. Para entender a “surpresa”, basta fazer uma análise fria do passado, assim como no filme “Mangueira em 2 tempos”. O presente é bastante influenciado por experiências antigas, e inegavelmente, elas formam pensamentos e opiniões.
Antes de aprofundar, gostaria de parafrasear a rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos: “O carnaval é o único momento que o mundo para pra aplaudir o pobre fazer festa”. As entrevistas com ela sempre carregam muita força, informação e representatividade.
Voltando, o que nos resta depois da época de desfiles? Eu não frequentei a época dura em que o carnaval era proibido e marginalizado, mas ainda existem resquícios, e o sambista desde pequeno aprende a conviver com a indiferença da sociedade. Indiretamente, elas querem definir os nossos lugares de pertencimento.
Através do filme “Mangueira em 2 tempos”, a diretora Ana Maria Magalhães contou histórias, ao mesmo tempo que humanizou, sem podar as características de cada personagem.
O documentário começa com imagens do passado, de crianças que se aventuram pelos arredores da Mangueira. Elas, que já se tornaram adultas, se assistem e dão altas risadas de algo tão distante… ao mesmo tempo tão perto!
As histórias são contadas com delicadeza, e caminham por assuntos frequentes na vida de muitos sambistas. Quantas mulheres engravidaram na adolescência por falta de informação? Quantos sambistas não quiseram esperar e se aventuraram no crime? Ou quem nunca quis seguir uma moda descolorindo o cabelo, sem conhecer toda a complexidade social que aquele tom loiro carregava?
O “ritmista esforçado”, a “passista que não leva jeito”, a “mãe jovem”, a “ritmista que encara o machismo de frente”. Em toda escola de samba nos deparamos com as mesmas histórias, algumas de sucesso, outras atrapalhadas por um desvio no caminho.
A identificação é imediata, e a frase que eu mais ouvi no final, foi: “Caramba, fez lembrar da minha infância”.
O espanto foi exatamente por isso… Sentir representado numa sala de cinema mudou a perspectiva em relação ao futuro.
Podemos sim, colocar um filme sobre histórias de sambistas em cartaz no cinema. Podemos sim, ocupar os lugares que quisermos. Podemos sim, sermos aplaudidos fora da época do carnaval.
As nossas histórias são tão poderosas quanto as outras.
O cantor Zeca Pagodinho gravou um vídeo para seu fãs e exibido no telejornal “RJTV”, da TV Globo, em que agradece o carinho e falou da sua recuperação. O sambista está internado desde sábado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio, com Covid-19.
“Obrigado por todos que oraram por mim, que torceram por mim. Já estou acabando o tratamento. E o importante é se vacinar, para poder se recuperar mais rápido. Falou? Em breve a gente está por aí, pelo mundo”.
O boletim médico divulgado no domingo informa que o estado de saúde de Zeca é bom. “O paciente apresenta bom estado geral, com sintomas leves, sem necessidade de suporte de oxigênio”.
O cantor Zeca Pagodinho foi internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona do Rio, neste sábado, com Covid-19. Segundo o hospital, o estado de saúde do sambista é bom.
“Zeca apresenta bom estado geral, com sintomas leves, sem necessidade de suporte de oxigênio”, diz o comunicado.
A página do artista no Twitter fez uma publicação: “Mesmo com todos os cuidados, Zeca Pagodinho acabou sendo infectado pela covid-19, mas está com sintomas leves e internado apenas para ser melhor acompanhado pelos médicos. Já já ele sai dessa! Mas fica o alerta: a pandemia não acabou! Cuide-se e vacine-se!”
Mesmo com todos os cuidados, Zeca Pagodinho acabou sendo infectado pela covid-19, mas está com sintomas leves e internado apenas para ser melhor acompanhado pelos médicos.
Já já ele sai dessa!
Ex-presidente da Vila Isabel e da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, foi homenageado pela sua escola de coração, na noite de sexta-feira, ao dar seu nome para a quadra da azul e branco do bairro de Noel. Em seu discurso, ele foi de Charlie Chaplin e até lembrou até de Bob Marley.
“São 17 meses de tristeza (se referindo a pandemia). Hoje, vamos começar 17 anos de alegria. Como disse Chaplin “é saudável sorrir até das coisas mais sinistras da vida. O riso é um tônico, um alívio, uma pausa que permite atenuar a dor”. Estamos fazendo isso, uma pauta na dor, e começando um ciclo de alegria. Talvez, eu não seja a pessoa que mereça a homenagem, mas em 38 anos servi essa casa, direta ou indiretamente. O Bob Marley, independente da genialidade musical, escreveu muita coisa bonita e disse uma vez: ‘Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida’. Vamos fazer as coisas sem aparecer e vedetismo”, afirmou.
Capitão Guimarães lembrou da construção da quadra e citou a administração de Wilson Moisés. “Ele também teve muito mérito, construiu a quadra e foi campeão, mas a fraqueza tomou conta dele e meteu os pés pelas mãos. Foi o Moisés. Não posso deixar de fazer referência para quem construiu essa casa. Lamentavelmente, ele teve muito sucesso com resultados, mas em compensação era um pessoa intratável no relacionamento com todos”.
O ex-presidente da Vila Isabel elogiou a atual administração, comandada por Fernando Fernandes.
“A quadra está bonita. Fruto da administração do Fernando que se esfera. Uma quadra como essa, neste ponto, merece um tratamento acústico, ar-condicionado, enfim, essas coisas que as escolas não tem condições de fazer, senão, não conseguem fazer carnaval. O Perlingeiro e o Fernando pode ir no prefeito e no governador pedir essa ajuda.
Encerrando seu discurso, Ailton Guimarães Jorge falou do Carnaval 2022 da Vila Isabel. “Vamos homenagear a figura mais marcante desta escola, que é o Martinho da Vila. A Vila Isabel apresentará um carnaval maravilhoso, posso garantir isso para vocês. Estive com o Martinho e ele falou que a safra de sambas está maravilhosa e teremos um grande conjunto de fantasias”.
Vice-presidente da Vila Isabel e filho de Aílton Guimarães Jorge, Luiz Guimarães, falou também sobre a homenagem para o pai.
“Tenho certeza que ele está muito feliz, representa muito para essa casa e nada mais justo do que essa homenagem”.
Após um ano e sete meses, a Vila Isabel abriu sua quadra para poucos convidados, na noite desta sexta-feira, para coroar Sabrina Sato, que volta a ser rainha de bateria da azul e branco, e para homenagear Capitão Guimarães, ex-presidente da agremiação e da Liesa, que agora dá o nome para o espaço de ensaios da agremiação.
Foto: Site CARNAVALESCOSabrina
“Reuni o conselho, a diretoria e decidimos dar um nome para quadra. Estava nas atas anteriores que a Vila tinha que batizar seu espaço. Tínhamos que descobrir o nome de uma pessoa que a comunidade ama. Indiquei e chegamos ao consenso do Capitão Guimarães, que é querido, amado e que seu nome ficará gravado na memória da Vila Isabel. É uma justa homenagem”, garantiu o presidente Fernando Fernandes.
Sabrina foi coroada pela primeira-dama, Ana Cristina, e agradeceu o carinho da direção, da comunidade e da bateria.
“Agradeço a toda comunidade que sempre em todos os momentos desses 11 anos me deu muito amor, carinho e força. Mesmo eu sendo caipira e japonesa, sempre me receberam como se eu fosse daqui. O Luizinho Guimarães desfila do meu lado desde menino e se tornou um grande homem que luta pela escola. Homenagear nosso mestre Martinho, o Rei Martinho, vai ser inesquecível, vai ser o carnaval dos carnavais”.
A japa ressaltou que o carnaval de 2022 será muito importante após tanto sofrimento causado pela pandemia da Covid-19.
“Estou muito feliz e honrada em voltar a ser rainha de bateria. A Vila Isabel sempre esteve em meu coração e meus pensamentos. Sou muito grata e feliz pela relação que construímos juntos. É um prazer e uma honra fazer parte desta família e ter a chance de levar alegria para o povo brasileiro. Mais do que nunca o povo precisa da energia do carnaval para esquecer um pouco do sofrimento dos últimos tempos. Espero que a gente faça o melhor do carnavais. Estou aqui de corpo e alma pela Vila e para Vila”, disse Sabrina.
Em seu primeiro carnaval na Unidos da Tijuca, o carnavalesco Jack Vasconcelos vai levar para Avenida em 2022 o enredo “Waranã – A Reexistência vermelha”. O artista explica que a inspiração para criação do desfile é o saudoso (faleceu em 2003) carnavalesco Oswaldo Jardim, que fez história na Unidos da Tijuca, inclusive, sendo o autor do inesquecível desfile de 1999. * OUÇA OS SAMBAS CONCORRENTES DA TIJUCA
“É um momento especial pra mim. Meu primeiro carnaval na Unidos da Tijuca. Me enche de alegria. Eu gosto de pensar que esse tema seria aprovado por um dos profissionais de carnaval, por um artista, que é um dos responsáveis por despertar em mim esse amor e encantamento que tenho pelos desfiles das escolas de samba. Gosto de pensar que ele de alguma forma estará ao nosso lado. É o carnaval Oswaldo Jardim, que já passou pela Unidos da Tijuca, e que me proporcionou vários momentos de fantasias incríveis e inesquecíveis. Ele se aprofundou muito nas pesquisas sobre a temática e foi uma das minhas inspirações na hora de pensar na criação do enredo”.
Perguntado sobre a essência da escola, Jack revelou que vê na Tijuca uma agremiação que exala alegria e consegue se adaptar com vários tipos de sambas e enredos.
“Entendo e sinto a Tijuca como uma escola de espírito muito jovem. Tem versatilidade nos enredos e nos sambas. Ela consegue vestir vários tipos de roupa e se sentir bem. Veja essa alegria. É uma escola de um desfile muito feliz”, disse o artista, durante a live tijucana.
Jack respondeu também sobre o tempo que está tendo durante a pandemia para trabalhar o desfile do ano que vem.
“Tive tempo maior para me dedicar ao projeto. Ficava em olhava o desenho, pensava, fazia novamente e isso aconteceu com todos os outros colegas de profissão. É um tempo que olha para o projeto com calma”.
A união do samba e feijoada já faz parte do calendário de todo carioca. O chef Raul César servirá na reabertura do Centro Cultural João Nogueira, o Imperator, durante a 1ª Edição da Feijoada Carioca Cultural dia 21 de agosto, o prato bicampeão da Feijoada Nota 10 Rio Gastronomia com seu toque especial.
Foto: Divulgação
Vencendo seu primeiro concurso em 2012, na feijoada da Mangueira, o Chef Raul aposta em seu famoso trunfo para deixar a Feijoada ainda mais saborosa, a Cebola Juliana, que é preparada a 7 chaves e foi o ponto principal para a conquista do bicampeonato. O chef também promete um grande buffet e um diferencial no torresmo.
“Será uma feijoada muito especial. É a oportunidade de rever os amigos, seguindo todos os protocolos de segurança, e matar a saudade de todos. Estou preparando um grande buffet e pode ter certeza que o público não irá se decepcionar”, revelou Raul.
O evento marca a reabertura do Centro Cultural João Nogueira, o Imperator, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro e seguirá todos os protocolos de segurança, com capacidade limitada. Além da Feijoada Nota 10, o público presente curtirá o show de Ivo Meirelles & Banda Carioca, Marquinho Art’Samba, Igor Vianna, Bruno Ribas, Bateria da Mangueira, Grupo Barraco de Pau e DJ Mizinho.
O ingresso já com direito ao prato de feijoada custará R$30 e as reservas limitadas poderão ser feitas pelo site https://www.eventim.com.br/artist/feijoada-carioca-cultural/ ou pelo telefone (21) 97177-2637.
O jornalista e apresentador Chico Pinheiro será padrinho do bloco Samba & Futebol, que fará sua estreia no carnaval do Rio em 2022. Aos 68 anos, Chico, que retornou ao ‘Bom Dia Brasil’ no início de julho após um ano e três meses afastado por causa da pandemia, recebeu o convite durante o programa do cantor e compositor Ciraninho, no YouTube, onde foi homenageado. Apaixonado por samba e muito querido entre os sambistas do Rio, o jornalista, que está completando 50 anos de profissão, é mangueirense e torcedor fanático do Atlético-MG. Além disso, comanda a transmissão dos desfiles das escolas de São Paulo.
Idealizado por Ciraninho, tetracampeão de samba-enredo na Portela e autor de canções gravadas por Beth Carvalho, Diogo Nogueira e Zezé Motta, o bloco Samba & Futebol vai reunir grandes nomes da música e do futebol (de todos os times) em uma grande confraternização. O projeto é que o desfile aconteça na Zona Oeste, se houver carnaval e condições sanitárias para eventos, é claro.
No programa ‘Samba & Futebol’, o veterano Chico também lembrou como foi sua primeira visita à quadra da Estação Primeira de Mangueira, exaltou a obra de Cartola e até cantarolou versos do clássico ‘Sala de Recepção’. “O verde e rosa está impresso em meu DNA”, disse o veterano, que também falou de sua admiração pela Portela e bambas como João Nogueira, Monarco e Paulinho da Viola.
Chico se emocionou, ainda, ao receber mensagens enviadas pelo ex-jogador do Atlético-MG Reinaldo; pelos compositores Moacyr Luz, Noca da Portela e Hélio Turco; pelo intérprete da Mangueira, Marquinho Art’Samba; e pela mulher, Ledinha. “Foi um grande presente que ganhei na minha vida”, disse ao exaltar a companheira.
No início de julho, perto de seu retorno ao trabalho, ao lado de Ana Paula Araújo, ele foi homenageado em forma de música por Moacyr Luz, Ciraninho, Bruno Castro e Alex Magno no samba ‘Bom Dia Brasil’. O refrão destaca ‘É madeira de lei, é Pinheiro / Circulou a notícia / Que o Brasil hoje é mais brasileiro’. A canção faz outras menções ao apresentador e cita os famosos bordões do apresentador na letra.
Confira a letra de ‘Bom Dia Brasil’
(Alex Magno/Bruno Castro/Ciraninho/Moacyr Luz)
Bom dia, meu Brasil
O Galo já cantou
Meu povo Coragem!
O samba é saudade
Bandeira Brasil e Carlinhos Doutor
Bom dia meu Brasil
O Galo já cantou
É segunda-feira
É dia do Samba do trabalhador
É madeira de lei é Pinheiro
Circulou a notícia
Que o Brasil hoje é mais brasileiro
O Chico falou
Levanta que o dia só tá no começo
O arroz e feijão vem baixando de preço
Vacina no braço não pode faltar
Tem samba no rádio
Tocando direto sem qualquer barreira
É vida que segue
Lá vem sexta feira
E graças a Deus vou poder descansar
O Chico falou
Que o povo é valente
Não é de bobeira
De todas as raças
De todas as bandeiras
Nós somos irmãos
E fronteiras não há
Que o tempo tá bom
E o sol vai brilhar
Pela semana inteira
A boa notícia
Ele dá de primeira
A felicidade voltou
Pra ficar
A Estácio de Sá vai reeditar o enredo e o samba de 1995 no Carnaval de 2022. Para o carnavalesco Wagner Gonçalves, que assistiu o desfile naquele ano na arquibancada, trabalhar esse projeto tem um gosto especial. Após uma sequência de vitórias e novamente conquistar a Libertadores, o Flamengo vem arrebatando títulos e crescendo o seu número de torcedores dia a dia.
Foto: Divulgação
“Apesar de, não ser flamenguista, lembro daquela comissão que foi uma “febre”, com aquele refrão no pré-carnaval – ‘Uh! Tererê, sou Flamengo até morrer!’. O que mais me reporta um gatilho de memória é a lembrança de ver a arquibancada vibrar. Farei uma leitura nova, uma roupagem nova, é um novo Flamengo e uma nova Estácio. Futuramente faremos uma menção e convidaremos o Mário Borriello, carnavalesco da Estácio naquele ano”, disse Wagner.
Para juntar a emoção com a vontade de voltar à elite do carnaval carioca, Wanger Gonçalves revela o foco do trabalho.
“A roteirização do desfile está feita com base nos desfiles da Estácio na extinta Série A (agora, Série Ouro), sobretudo 2019, quando foi campeã. E, da própria Imperatriz Leopoldinense, no último carnaval. Para o desfile em si, temos pensado em alas bem leves, para ser bem brincante e voltado para a alegria. É uma escola que vai disputar o título, e, por isso, não podemos tropeçar ou exceder o número de componentes, ou ainda, fazer disso uma ‘micareta futebolística’. Muito cuidado e organização, sem perder a espontaneidade”, afirmou o artista.
Um time dos sonhos com vários craques do rubro-negro carioca, como Zico, Adílio e Gabigol, seria o sonho de toda seleção. E, para Wagner Gonçalves, esses e mais alguns são partes do desfile, e estarão espalhados ao longo da Sapucaí.
“Já estamos pensando nos convidados e como será feita a logística, se junto ao clube ou uma assessoria. Algo que faça os jogadores se sentirem confortáveis, privilegiados e homenageados, até porque são gerações, histórias e momentos diferentes”.
Falando do presente, mas sem esquecer o passado, Jorge Jesus, técnico português que viveu e fez os flamenguistas viverem glórias com o time, também será lembrado na Sapucaí em 2022.
“A nova redenção que o Flamengo viveu com o Jorge Jesus é mérito dele. Como o enredo é contado por um torcedor que estava na barriga da mãe em 1995 e agora poderá reviver tudo isso, ele costura essa história. Estamos pautados no que a torcida fez, a comoção nacional, a devoção potencializando a grandeza do time, que gerou imagens muito bonitas e marcantes. Já que trabalhamos com o espetáculo em áudio visual, não vamos se poupar e reduzir a um personagem, vamos expandir e deixar macro, de forma carnavalizada”, revelou Wagner.
Torcer ou não para o clube, segundo Wagner Gonçalves, é consequência para os estacianos, pois independente de escudo ou cor de time, eles carregam amor pela escola que defendem.
“Sempre me perguntam se as fantasias serão só vermelhas e pretas e se haverá dos clubes rivais. São perguntas clichês, que tem em todo o carnaval. Será um carnaval totalmente diferenciado, sobretudo, pela construção narrativa. As pessoas vão se identificar, se divertir. E quem não é flamenguista e é folião, num carnaval pós pandemia, vai vibrar com essa homenagem” , e completou “Quem é Flamengo vai se deliciar e quem não é, vai esquecer e embarcar nessa catarse”, concluiu o carnavalesco, que fará parceria com Mauro Leite. A Estácio de Sá será a terceira agremiação a desfilar no sábado de carnaval, com o enredo “Cobra Coral, Papagaio-Vintém. #VESTIRUBRONEGRO não tem pra ninguém”.
Volta da feijoada
Após um longo período de inatividade, o Berço do Samba abrirá as portas para a alegria. A Feijoada do Leão está marcada para o sábado. O retorno da feijoada comemorará os 94 anos de fundação da agremiação e contará com as atrações musicais: Paulo Luiz, Arlindinho Cruz e Samba do Xoxó, além do tradicional show dos segmentos da vermelha e branca do morro de São Carlos. Neste mesmo dia, será apresentada a equipe para o carnaval 2022.
O evento seguirá todos os protocolos contra a disseminação da Covid-19 para manter a segurança de todos os presentes. O uso de máscaras será obrigatório, não sendo permitida a entrada nem a permanência de quem estiver sem, abrindo-se exceção aos artistas durante a apresentação. Na entrada, será checada a temperatura de todos, não será permitida a entrada daqueles que apresentarem temperatura acima de 37,4º ou mais. Frascos de álcool em gel 70% estarão disponíveis em todos os ambientes que estiverem sendo ocupados, assim como sabonetes líquidos nos banheiros para a assepsia das mãos. Os equipamentos e materiais de uso coletivo serão organizados e desinfetados do início ao fim do evento.
Serviço:
Feijoada de comemoração dos 94 anos do G.R.E.S. Estácio de Sá e apresentação da equipe para o Carnaval 2022
Local: Avenida Salvador de Sá, 206-208, Cidade Nova.
Data: 14 de Agosto, às 12h.
Valores: Entrada: R$ 10,00 (com direito ao copo do evento)
Feijoada: R$ 20,00
Reserva de Mesa: R$ 20,00
Combo Promocional (Feijoada + Entrada/Copo): R$ 25,00
Balde de Cerveja com 6 latões (Antárctica ou Brahma): R$ 50,00
A União da Ilha apresentou o enredo “O vendedor de orações” para o Carnaval 2022, na noite de quarta-feira, em sua quadra, e a dupla de carnavalescos Cahê Rodrigues e Severo Luzardo conversou com o site CARNAVALESCO sobre o funcionamento do trabalho e a dificuldade de desenvolver um desfile na Série Ouro no meio de tantas incertezas.
Foto: Reprodução
“Estamos no processo de desenvolvimento do projeto artístico. Nós temos um relacionamento muito próximo. Digo que será feito a quatro mãos, não existe isso de um faz fantasias e outros alegorias. Tudo será feito em comum acordo. Não existe divisão de trabalho”, disse Cahê Rodrigues.
“É uma questão de sensibilidade. Somos dois artistas. Sei respeitar o melhor momento do Cahê e ele também sabe. Quando existe um respeito, existe um grande carnaval”, completou Severo.
Perguntado sobre a mensagem que o enredo quer passar para o público e os insulanos, Severo citou o contexto atual extremamente polarizado.
“Zacarias foi exemplo de tolerância, ele acreditou na fé e no milagre. A partir daí, ele saiu para o mundo e propagou isso. Ele respeitou todas diferenças de religiões e isso precisamos no Brasil. Precisamos acreditar que existe alguma coisa que nos une, que o mundo melhor é possível. Nosso enredo traz alegria e festividade quando festejamos a devoção. É tudo negritude, raça e Brasil”, explicou Severo.
Cahê Rodrigues também falou da disputa tão acirrada na Série Ouro e apenas uma vaga para o Especial.
“O desafio é sempre gigantesco. A cada ano que passa a Série Ouro tem se tornado um grupo ainda mais competitivo. A Ilha está preparada, sabe da responsabilidade, a comunidade está com sangue nos olhos para fazer um grande desfile, e a escola tem bagagem de muitos anos no Grupo Especial. Junto com o Severo, vamos unir forças para vencer e driblar os desafios”, comentou.
Sobre o desafio de produzir um desfile no Acesso, ainda sem previsão de receita, Cahê afirmou que a dificuldade existe para todas escolas.
“A questão financeira sabemos que é um problema, mas a luta é para todas. Temos consciência que não será fácil. Com a experiência que temos sabemos como lidar com a situação. Vamos extrair o melhor possível para produzir um grande carnaval a altura da escola”.