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Vacina salva! Recuperado, Zeca Pagodinho recebe alta hospitalar

Zeca Pagodinho recebeu alta na manhã desta quinta-feira da Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio, após ficar internado em tratamento contra a Covid-19. O sambista recebeu as duas doses da vacina, por isso, seu estado de saúde sempre foi bom, apresentando apenas sintomas leves.

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De acordo com a Casa de Saúde São José, o estado de saúde do sambista é boa, e, sendo assim, ele foi liberado para retornar para casa.

“Obrigado por todos que oraram por mim, que torceram por mim. E o importante é se vacinar, para poder se recuperar mais rápido”, disse Zeca, em vídeo gravado para os fãs.

Prefeitura lança Caderno de Encargos para os desfiles na Intendente Magalhães

A Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, lançou nesta quinta-feira, o Caderno de Encargos para os desfiles na Intendente Magalhães em 2022. Essa é mais uma etapa do processo de planejamento da cidade para o Carnaval de 2022, desde que o cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19 e as determinações dos órgãos competentes no combate à doença sejam favoráveis à realização da festa. Empresas interessadas em serem parceiras do evento terão um mês para apresentar suas propostas.

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Foto: Alexandre Macieira/Riotur

“A Riotur é a responsável por estruturar todo o planejamento do Carnaval, o que se dá em diversas etapas. Essa é mais uma delas. Estamos tornando públicas as obrigações mínimas, de forma transparente e antecipada, para buscarmos um patrocínio para os desfiles da Intendente Magalhães. Saliento, no entanto, que a realização do Carnaval está condicionada ao cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19 e as determinações estabelecidas pelos órgãos competentes no combate à doença”, afirma Daniela Maia, presidente da Riotur.

O valor dos custos de infraestrutura previstos, e que deverão ser custeados pelo patrocinador, são estimados em no mínimo R$ 3,5 milhões. A contrapartida será a permissão de uso da marca da empresa parceira na realização dos desfiles. Para o evento, serão 225 metros de arquibancadas instaladas na via, que contará com 50 banheiros químicos, 10% deles acessíveis a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, conforme determina a Lei Federal 10.098/2000.

Além disso, mobiliários públicos utilizados no evento, como torres de som e banheiros químicos terão QR Codes com informações que possam ajudar mulheres vítimas de assédio ou qualquer tipo de violência. A ação é uma campanha da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Mulher (SPM-RIO) em parceria com a Riotur.

O Caderno de Encargos é uma orientação para a empresa organizadora, que será responsável pela operacionalização, produção, confecção, instalação, montagem, locação de materiais e equipamentos, manutenção e remoção de toda a infraestrutura necessária para a realização dos desfiles, de acordo com o projeto e cronograma aprovados pela Riotur.

O documento publicado hoje no Diário Oficial da Prefeitura do Rio também está disponível no site da Riotur, na aba Editais e Avisos. Os interessados devem apresentar suas propostas até as 16h do dia 17 de setembro para o e-mail [email protected]. Ainda em setembro, o vencedor será conhecido.

Pela pista de 350 metros na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho, Zona Norte da cidade, desfilarão blocos carnavalescos e escolas de samba ao longo dos quatro dias de desfiles, entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março de 2022, além do desfile do Grupo de Avaliação que ocorrerá no dia 5 de março.

Em vídeo, Moisés faz declaração sobre a Vila Isabel

Ex-presidente da Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, o Moisés, publicou um vídeo se posicionando sobre a declaração dada por Capitão Guimarães, na última sexta-feira, na quadra da escola, quando a azul e branco começou seus preparativos para o Carnaval de 2022. Capitão Guimarães lembrou da construção da quadra e citou a administração de Wilson Moisés. “Ele também teve muito mérito, construiu a quadra e foi campeão, mas a fraqueza tomou conta dele e meteu os pés pelas mãos. Foi o Moisés. Não posso deixar de fazer referência para quem construiu essa casa. Lamentavelmente, ele teve muito sucesso com resultados, mas em compensação era um pessoa intratável no relacionamento com todos”.

Veja abaixo o vídeo completo de Moisés

Vila Isabel publica posicionamento sobre pergunta de apresentadora para Martinho

A Vila Isabel, por meio de suas redes sociais, se posicionou após a apresentadora Vera Magalhães, do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, indagar Martinho da Vila sobre a participação de milícias no carnaval e twittar sobre o caso.

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Confira na íntegra a nota da escola:

“O GRES Unidos de Vila Isabel repudia com veemência o ato desatinado e desrespeitoso da jornalista Vera Magalhães, no programa “Roda Viva” da TV Cultura, diante de nosso Presidente de honra e grande baluarte, Martinho da Vila, submetido ao questionamento de um suposto envolvimento de milicianos com a escola que carrega no nome.

Ícone da música brasileira e um dos grandes nomes da nossa cultura, Martinho será homenageado como tema do próximo enredo que a agremiação levará à Marquês de Sapucaí. É leviano e deseducado impor ao artista, com toda sua história, a pergunta que embute especulação e suspeita delirantes.
A jornalista foi insensível, causando tristeza e indignação aos telespectadores, fãs e vilisabelenses.

A diretora da azul e branca reitera que em tempos tão obscuros, as escolas de samba se mantêm como a maior manifestação cultural do Brasil, geradora de desenvolvimento social, econômico e humano. A melhor e mais profunda forma de apresentar nosso país.

Martinho, produtivo aos 83 anos, merece ser celebrado por sua arte múltipla, em músicas, telas e livros. Gênios com ele ajudam nosso povo a cruzar períodos difíceis como o atual, mantendo viva a beleza e a crença em dias melhores”.

Ilustre Bamba: ‘O enredista’

“A arte de narrar está em vias de extinção” (WALTER BENJAMIN, 1996. P.197).

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Arte de Antonio Vieira

Ao ser honrosamente convidado para navegar pela obra do enredista João Gustavo Melo, me propus o desafio de tratar a empreitada como o desenvolvimento de um enredo. Porém, para dar samba, precisava mais do que informações: faltava ao texto ondas de afeto, de lúdico, de magia e de sedução. Elementos tão presentes na obra de João. Assim, recolhi minha âncora e me lancei nas águas quentes de minha memória recente.

Bons ventos sopraram as velas de meu destino, me guiando ao encontro de João durante as águas turbulentas de um mestrado. João é um habilidoso “contador de causos”, daqueles que a gente ouve por horas a fio, e te proporcionam a sensação de calmaria, do qual o vasto repertório de histórias e memórias envolventes transita naturalmente entre as culturas. É um grande narrador do Brasil para o próprio Brasil. Jornalista, enredista, pesquisador, cearense e neto de uma cordelista (talvez venha daí sua vocação). Grande apaixonado pelo carnaval carioca, que como tantos outros brasileiros, foi seduzido pelo canto de sereia dos narradores que o antecederam, e que, assim como ele, aproximam este país continental por meio das águas da carnavalização.

“Além de um profissional competente ao extremo, e pessoa íntegra, respeitosa e sensível, ele ainda tem a capacidade de ter um papo incrível, e ser bonito! Aí já é sambar muito na nossa cara! Tô pra ver sujeito mais apaixonado pelo nosso povo, nossa cultura, alma… Eu acho que Guga nem mora no Brasil, o Brasil é que mora dentro dele!” – Jack Vasconcelos

Sua vasta produção de mais de quarenta enredos, geraria uma epopeia, com direito a dramas, paixões, humor e grandes momentos de superação. Conhecido sobretudo por sua atuação no Salgueiro, onde ficou ancorado por de cerca de quinze anos, e trouxe à tona tesouros como “Candaces” (2007) e “Cordel branco e encarnado” (2012), recentemente zarpou em busca de novos parceiros de aventuras como o carnavalescos João Vitor Araújo, união da qual gerou a jóia “Qualquer semelhança não terá sido mera coincidência”, sinopse da Unidos de Padre Miguel de 2019.

“João Gustavo canta quando escreve.
João Gustavo canta quando pensa.
João Gustavo canta quando apresenta o seu opulento trabalho.
João Gustavo é o grande intérprete da arte da pesquisa e da escrita!
Viva , João Gustavo!” – João Vítor Araújo.

Como um grande aventureiro da palavra, ele se joga de cabeça nos livros, nas narrativas orais, nas memórias das coisas, sem se perder no academicismo, na frieza de um texto pedagógico, linear e informativo ou datado, pois leva consigo a bússola da atualidade e a isca do afeto. Não teme mergulhar em águas profundas, pois tem o fôlego necessário para resgatar os tesouros dos signos e memórias nacionais, geralmente submersos nos mares do esquecimento e do obscurantismo de um país que naufraga sua melhor frota, a cultura popular.

  • O Enredista. Por André Wonder

Comissão de Cultura do Senado aprova escolas de samba como manifestação da cultura nacional

Em sessão realizada nesta segunda-feira, em Brasília, a Comissão de Cultura do Senado aprovou o Projeto de Lei PL 256/19, que reconhece as escolas de samba como manifestação da cultura nacional. A matéria ainda será votada no Plenário do Senado.

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“Em tempos de tantos ataques a cultura, é importante preservarmos e valorizarmos este patrimônio que são as escolas de samba. As escolas de samba berço de tantas obras primas da cultura popular, e q consolidaram os espaços de afirmação da cultura negra e também do protagonismo das classes populares na cultura”, disse a deputada federal Maria do Rosário (PT).

A ementa do Projeto de Lei explica que ele reconhece as escolas de samba, com seus desfiles, músicas, práticas e tradições, como manifestação da cultura nacional, bem como atribui ao Poder Público a competência de garantir a atividade das escolas de samba e a realização de seus desfiles carnavalescos.

Maria Rosário revelou que o relator, o senador Paulo Paim (PT), indicou que a lei possa se chamar “Lei Nelson Sargento”.

“Uma homenagem muito justa ao baluarte da Mangueira e uma das maiores referências do samba, que nos deixou em maio por complicações da Covid-19”.

Ao ler seu relatório sobre a matéria, Paulo Paim disse que não há dúvidas de que as escolas de samba são manifestações de indiscutível importância para a cultura brasileira. Ele ressaltou ainda a importância das escolas de samba para a economia, com os lucros que geram no Carnaval.

“Como bem destaca a autora desse projeto, o Carnaval é um dos principais elementos que vêm à tona quando se indaga acerca dos símbolos constituintes de nossa cultura: os símbolos de “brasilidade”. As escolas de samba, nesse contexto, e os seus elementos (música, samba, dança, coreografias, desfiles, fantasias e tradição) são componentes imprescindíveis e indissociáveis do que hoje se conhece como Carnaval brasileiro. As escolas de samba surgiram na primeira metade do século passado, na forma de agremiações ou associações culturais. Trata-se de manifestações genuinamente nacionais, fruto da releitura das festas carnavalescas de origem europeia, com a fusão de elementos tropicais, africanos e ameríndios, entre outras manifestações”.

Griô do samba! Martinho da Vila decreta: ‘Vai ter carnaval em 2022’

Presidente de honra e enredo da Unidos de Vila Isabel para o desfile do ano que vem, Martinho da Vila, participou do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, e decretou: “Vai ter carnaval em 2022”. Nosso Griô do samba, seu Zé Ferreira tem toda nossa confiança e quando ele fala, está falado.

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Foto: Reprodução de TV

“A maior honraria que uma pessoa pode recebe em vida é ser enredo de uma escola de samba. Já fiz samba, criei enredos, e vou ser o tema. Vai ter carnaval! Acredito porque a vacinação está avançando. Pra mim, é mais emocionante, porque vou ser enredo da minha escola de samba. O problema é que não sei como vou me comportar no desfile. Cantar o samba, falando de mim mesmo. Vou fazer de conta que não sou eu (risos). Vai ser incrível”.

Martinho também falou sobre os preparativos para o desfile do ano que vem e a responsabilidade dos compositores que disputam o concurso da Vila Isabel. “Já tem um tempo que a Vila Isabel pensa em fazer isso (ter Martinho como enredo). Seria em 2010, mas eu não concordei, porque era o centenário de Noel Rosa. A diretoria abraçou a ideia, planejei o enredo e ainda fiz o samba-enredo. Foi muito legal. Agora, o Edson Pereira (carnavalesco) queria conversar comigo (sobre o enredo de 2022), mas eu disse que tenho várias biografias inscritas, e falei que ele poderia escolher um ângulo para moldar o enredo. Não queria participar, queria deixar todos livres. Ele insistiu muito e falou das coisas, quer que eu veja as fantasias e na próxima semana vou ver os protótipos. Os desenhos achei maravilhosos. A parte dos sambas (concorrentes) foi a melhor. Foram feitos 16 sambas, gostei de todos os sambas, alguns um pouco mais, mas o importante é o samba ser o melhor para Vila Isabel”.

Questionado sobre os sambas-enredo voltarem a ter posicionamento político, Martinho deu um panorama do gênero.

“A história do samba-enredo é longa. Já exaltaram o Brasil, os fatos históricos, depois os grandes nomes e foi mudando. A função que a escola de samba tem é que ela tenha uma mensagem, não só alegre, que ela emocione. O samba-enredo tem que ser alegre e ao mesmo tempo que emocione. O compositor tem que pensar em fazer música e que ela tenha uma mensagem, leve a reflexão”.

Beija-Flor lamenta morte e declara luto oficial por Simão Sessim

A Beija-Flor de Nilópolis, por meio de sua diretoria, anuncia nesta segunda-feira que está em luto pela morte de Simão Sessim, de 85 anos, vítima de câncer. O advogado, professor e ex-parlamentar era um dos integrantes da família de apaixonados pela escola de samba e, ao longo de toda a carreira e vida pública, esteve de mãos dadas com a comunidade nilopolitana.

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Em homenagem a ele, a quadra da instituição será aberta a partir de 13h para o funeral e as últimas despedidas. Na quinta-feira, quando estava programada uma nova etapa da eliminatória de sambas para o Carnaval de 2022, não haverá evento.

Nesse momento de dor, todos aqueles que amam a agremiação estão solidários aos parentes, amigos e admiradores de Sessim.

Artigo: ‘Sim, nós podemos!’

Primeiro veio o susto, depois um respiro consciente, até chegar numa ideia concretizada: O carnaval pode almejar coisas maiores. Para entender a “surpresa”, basta fazer uma análise fria do passado, assim como no filme “Mangueira em 2 tempos”. O presente é bastante influenciado por experiências antigas, e inegavelmente, elas formam pensamentos e opiniões.

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Antes de aprofundar, gostaria de parafrasear a rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos: “O carnaval é o único momento que o mundo para pra aplaudir o pobre fazer festa”. As entrevistas com ela sempre carregam muita força, informação e representatividade.

Voltando, o que nos resta depois da época de desfiles? Eu não frequentei a época dura em que o carnaval era proibido e marginalizado, mas ainda existem resquícios, e o sambista desde pequeno aprende a conviver com a indiferença da sociedade. Indiretamente, elas querem definir os nossos lugares de pertencimento.

Através do filme “Mangueira em 2 tempos”, a diretora Ana Maria Magalhães contou histórias, ao mesmo tempo que humanizou, sem podar as características de cada personagem.

O documentário começa com imagens do passado, de crianças que se aventuram pelos arredores da Mangueira. Elas, que já se tornaram adultas, se assistem e dão altas risadas de algo tão distante… ao mesmo tempo tão perto!

As histórias são contadas com delicadeza, e caminham por assuntos frequentes na vida de muitos sambistas. Quantas mulheres engravidaram na adolescência por falta de informação? Quantos sambistas não quiseram esperar e se aventuraram no crime? Ou quem nunca quis seguir uma moda descolorindo o cabelo, sem conhecer toda a complexidade social que aquele tom loiro carregava?

O “ritmista esforçado”, a “passista que não leva jeito”, a “mãe jovem”, a “ritmista que encara o machismo de frente”. Em toda escola de samba nos deparamos com as mesmas histórias, algumas de sucesso, outras atrapalhadas por um desvio no caminho.

A identificação é imediata, e a frase que eu mais ouvi no final, foi: “Caramba, fez lembrar da minha infância”.

O espanto foi exatamente por isso… Sentir representado numa sala de cinema mudou a perspectiva em relação ao futuro.

Podemos sim, colocar um filme sobre histórias de sambistas em cartaz no cinema. Podemos sim, ocupar os lugares que quisermos. Podemos sim, sermos aplaudidos fora da época do carnaval.

As nossas histórias são tão poderosas quanto as outras.

Sim, nós podemos!

Zeca Pagodinho tranquiliza os fãs: ‘Já estou acabando o tratamento’

O cantor Zeca Pagodinho gravou um vídeo para seu fãs e exibido no telejornal “RJTV”, da TV Globo, em que agradece o carinho e falou da sua recuperação. O sambista está internado desde sábado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio, com Covid-19.

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“Obrigado por todos que oraram por mim, que torceram por mim. Já estou acabando o tratamento. E o importante é se vacinar, para poder se recuperar mais rápido. Falou? Em breve a gente está por aí, pelo mundo”.

O boletim médico divulgado no domingo informa que o estado de saúde de Zeca é bom. “O paciente apresenta bom estado geral, com sintomas leves, sem necessidade de suporte de oxigênio”.