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Unidos de Cosmos conquista com enredo e harmonia, mas erra com evolução lenta e ultrapassa 40 minutos, na Intendente

Por Juan Tavares

Na primeira noite de desfile da Série Bronze, a Unidos de Cosmos mostrou que a Zona Oeste do Rio ainda esconde preciosidades que devem ser mais exploradas e valorizadas tanto pelos componentes quanto pelos torcedores da agremiação, que resiste em um dos bairros mais distantes da cidade.

A escola fez um desfile lindo, tal como as escolas das Séries Ouro e do Grupo Especial, com suas alegorias chamativas e bem-feitas. Apesar de simples, conseguiu fazer uma comissão de frente animada, que se apresentou com louvor no desfile. O casal de mestre-sala e porta-bandeira deu um show sem deixar a peteca cair.

Cosmos pecou no tempo de apresentação. Infelizmente, ultrapassou os 40 minutos definidos pela Superliga. Esse atraso, com certeza, fará com que a agremiação seja penalizada nesse quesito. O último integrante só saiu pela dispersão aos 44 minutos e 59 segundos, uma pena para todos que passaram pela Intendente. Ademais, colocou ao menos quatro homens para desfilar na ala das baianas. Com isso, não se pode entender se a motivação por trás da atitude era a inclusão ou se foi falta de mulheres para integrar o quadro.

Comissão de frente
As nove pessoas que integravam a comissão conseguiram impressionar tanto na coreografia quanto na fantasia e maquiagem, que estavam na medida certa. Só se formou um pequeno buraco – quase imperceptível – quando eles se dividiram, mas nada agravante que desmerecesse o esforço deles.

Mestre-sala e porta-bandeira
Diego e Maitê estavam exuberantes como o ‘primeiro casal’. A dupla conquistou a imprensa, a plateia e os jurados com carisma e simpatia. Além disso, a animação que transmitiram enquanto dançavam reforçou o quanto são bons nesse quesito. Estão de parabéns.

Harmonia
A agremiação se apresentou de forma bastante coesa. Da comissão de frente à última ala, Cosmos conseguiu imprimir sua identidade e fez seu nome na avenida. Todas as cores escolhidas, carros e tripés merecem nota dez pela criatividade. A bateria e o intérprete, junto aos outros puxadores, arrepiaram a cada trecho cantado.

Evolução
A evolução se deu de forma lenta, apesar de a escola não ter colocado tantas alegorias no desfile. Essa decisão acabou refletindo no estouro do tempo de desfile. A escola deveria se organizar mais para, numa próxima oportunidade, conseguir fazer tudo dentro do cronômetro.

Samba
“Eu Quero”, enredo escolhido para representar o tema da agremiação este ano, foi bem simbólico, pois faz alusão a um futuro melhor, mais bonito. A esperança de que o novo traga refrigério às pessoas que passaram por algum desafio e seja possível para as gerações é bastante reflexiva. O trecho: “(Quero, quero, quero sim). Quero que meu amanhã, meu amanhã, seja um hoje bem melhor, bem melhor, uma juventude sã. Com ar puro ao redor.”

Outros destaques
O carro Gênio da Lâmpada estava muito bem iluminado. As cores escolhidas para as fantasias e a peça formaram uma simbiose tão bonita e integrada, principalmente pelas componentes que estavam dançando enquanto a alegoria passava. Foi lindo demais assistir e entender que ele representava o desejo mais profundo do coração da escola, que se assemelha ao enredo.

Imperadores Rubro-Negro prepara terreno com defumador antes de desfile marcante

Por Juan Tavares

O grupo mostrou com louvor como o orixá Oxaguiã é guerreiro e guardião de quem acredita e tem fé na sua proteção. A apresentação foi linda, dentro do tempo esperado. A escola levou exatos 39 minutos e 20 segundos para concluir seu desfile na Intendente.

Se existe algo mais bonito do que começar algo realizando a preparação do local, eu não sei. Apenas posso afirmar que o fato de abrirem “alas” e fazerem uma defumação para limpar a energia do lugar foi um diferencial que merece ser retratado.

A agremiação ousou ao utilizar ervas reais no ritual. Quer queira, quer não, foi lindo ver que a fé – representada no enredo – foi maior do que possíveis críticas à crença.

Comissão de frente
Diferentemente das outras agremiações, o diferencial desta comissão foi a defumação, que foi feita assim que o enredo começou a tocar. Os componentes, “fantasiados” de Oxaguiã, demonstraram perfeitamente como a energia do orixá é forte e, ao mesmo tempo, apaziguadora. O modo como reproduziram a divindade foi emocionante a cada passo dado.

Mestre-sala e porta-bandeira
O “primeiro casal”, formado por Mary Paiva e Luiz Felipe, deixou claro, como a água de um rio, os símbolos e armas do orixá enquanto performava. Eles demonstraram destreza e serenidade ao dançar; era como se, de fato, a entidade – para quem acredita, é claro – estivesse presente com eles na apresentação. O carisma também foi um ponto forte a ser comentado, sobretudo pelo modo como Luiz conduzia Mary na avenida.

Harmonia
A harmonia esteve presente na agremiação. O intérprete, Thiago Santos, e a bateria foram primordiais para que se mantivesse o equilíbrio entre todos os setores da escola. As cores escolhidas também influenciaram muito no modo como a apresentação aconteceu, sem falar nos diretores, que agitavam o tempo todo para que cada ala pudesse funcionar.

Evolução
Nesse quesito, não há grandes erros, apenas coisas pontuais, como um adereço e uma fita da ala 10 que caíram da fantasia, algo que realmente não impediu a continuidade nem a qualidade do espetáculo, apresentado pontualmente durante os 39 minutos de duração.

Samba
O enredo “Mãe Edelzuita de Oxaguiã, a guardiã da fé, início, meio e continuidade”, embora tenha signos e significados extraordinários, pareceu bem confuso. Acredito que a razão seja o fato de utilizar muita linguagem iorubá e nomes de orixás desconhecidos, até então, por boa parte das pessoas que não cultuam religiões de matriz africana.

Outros destaques
A ala das baianas merece destaque, já que estavam vestidas representando as yalorixás de todo o Brasil. A fantasia foi feita com riqueza de detalhes. Ademais, o giro das saias também foi sinérgico. Cada integrante do grupo mostrou empolgação na função que exercia naquele momento.

A ala 8 também merece ser reconhecida. As fantasias de Lubaje, além de estupendas, simbolizaram a cura através do maior ebó coletivo feito na história por conta da pandemia da Covid-19, um marco, pois essa doença ceifou milhares de vidas mundo afora.

Império Ricardense erra no número de componentes, mas se destaca pela qualidade das alas e do samba, com valorização do folclore brasileiro

Por Juan Tavares

A escola da Zona Norte conseguiu tirar leite de pedra no último dia de desfile da Série Bronze. A Império teve dificuldades na evolução devido à pouca quantidade de componentes. Por mais que a escola não leve o título – elevando seu patamar para a Prata –, ela merece respeito por ter feito um Carnaval muito bonito, embora seja possível que a questão financeira tenha impactado o resultado da apresentação. No entanto, as alegorias, bateria, samba, mestre-sala e porta-bandeira foram maravilhosos; foi nítida a boa vontade das pessoas em fazer muito com pouco.

A menção à cultura indígena e ao folclore brasileiros levou mais do que samba para a Intendente, construiu uma ponte para outras formas de cultura – muitas vezes desconhecidas por parte da população – e, ao mesmo tempo, fez política, mesmo que de forma bastante sutil.

Comissão de Frente
A agremiação deu um show neste quesito. Os componentes principais fizeram uma coreografia que fazia alusão à cultura indígena. Além disso, dentro da própria comissão, havia três destaques fazendo uso de fantasias com a temática e tão sincronizados quanto os demais membros, que estavam mais simples, usando indumentária em um tom de azul médio para escuro.

Mestre-sala e porta-bandeira
O casal, também com as vestes que faziam referência à cultura indígena – com lâmpadas de LED acrescidas à peça – deu um show de simpatia, sincronia, dança e habilidade. A porta-bandeira se movimentava tal qual uma força gigante da natureza, enquanto o mestre-sala a conduzia com excelência pela avenida, fazendo um mix entre tempestade e bonança.

Harmonia
A agremiação não foi tão harmônica de modo geral, teve diversos buracos, como na ala das baianas e nas demais. Porém, pode-se afirmar que a escola fez uma apresentação muito boa, apesar de não ter um quórum suficiente de componentes para aprimorar o espetáculo. Foi notável o esforço para fazer muito com pouco.

Evolução
Mais uma vez, dentro das possibilidades e das limitações enfrentadas pela agremiação, a evolução se deu de forma razoável. Poderia ter sido melhor? Sim, com toda a certeza, mas deu para ver a empolgação dos componentes em tentar evoluir da melhor maneira possível, apesar dos percalços no caminho para ser promovida à Série Prata.

Samba
Os compositores Wagner Zanco, Fernando Sapê, Gonzaguinha, Jorginho Anhangá, Téo Dimirit e Gilsinho da Vila merecem parabéns e todo o reconhecimento possível pela maravilhosa composição. A colaboração, com toda a certeza, foi um verdadeiro sucesso; o divino provavelmente deu um empurrãozinho para a canção virar chiclete do início ao fim.
O refrão: “Inhá Jansen vem das trevas. Eita mulher má, sua carruagem solta fogo pelo ar. Olha a mula sem cabeça. Curupira e Pererê. O caldeirão da cuca vai ferver” tem tudo a ver com a harmonia da escola. Ademais, o folclore se mostrou relevante tanto na canção quanto nas fantasias e alegorias.

Outros destaques
As alegorias da Ricardense estavam lindas e congruentes com o enredo da escola. A bateria, junto com a rainha e as musas, estava impecável; se propuseram e cumpriram o objetivo de fazer o melhor possível na noite de sábado. A escolha do enredo “Era Uma Vez… Lendas e Folclores de Uma Terra Chamada Brasil”, que envolve a cultura do folclore brasileiro, foi marcante e muito necessária, não só para a agremiação, mas também para o país.

Beija-Flor de Nilópolis celebra título no sábado com desfile na Estrada da Mirandela

Ainda é Carnaval em Nilópolis! No próximo sábado, a Beija-Flor de Nilópolis, grande campeã do Carnaval 2025, realiza seu tradicional desfile na Estrada da Mirandela, no centro da cidade.

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O evento, que celebra a vitória da escola, contará com todos os segmentos devidamente fantasiados, proporcionando ao público a oportunidade de reviver o desfile campeão. A concentração está prevista para as 19h30, e a participação é gratuita.

“Para nós, o desfile da Mirandela é tão importante quanto o oficial, afinal, ele é direcionado para a nossa comunidade. Voltar campeão para Nilópolis, mostrar nosso troféu e sentir o carinho dessa comunidade vitoriosa faz parte do nosso Carnaval”, afirma o presidente da escola, Almir Reis.

Ainda é Carnaval! Imperatriz Leopoldinense realiza tradicional desfile para sua comunidade no próximo sábado

Aclamada por público e crítica, a Imperatriz Leopoldinense, terceira colocada do Carnaval carioca, realiza no próximo sábado seu tradicional desfile para a comunidade do Complexo do Alemão e da Zona da Leopoldina.

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João Drumond, vice presidente da Imperatriz Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

O evento acontece na Rua Euclides Faria, em Ramos, a partir das 16h, e promete muita alegria aos foliões que não tiveram a oportunidade de comparecer na Marquês de Sapucaí no desfile oficial e das Campeãs.

A presidente da Imperatriz, Catia Drumond, disse que o desfile, muito aguardado pelos moradores da região todos os anos, é uma maneira de retribuir o carinho da comunidade com a escola.

“É um agradecimento à comunidade e aos segmentos por tudo que foi feito ao longo de mais de 6 meses de trabalho. Por isso, fazemos questão de que os componentes venham com as fantasias do desfile, para brindarmos o fim de um ciclo vitorioso e o início de mais um Carnaval que está por vir em breve. Será um prazer receber todos que quiserem celebrar com a Imperatriz”, afirmou a presidente.

Renovada com toda a sua equipe desde janeiro, a Imperatriz Leopoldinense agora se prepara para em breve lançar seu enredo para o Carnaval 2026, de autoria do carnavalesco Leandro Vieira, que vai para o quarto ano consecutivo na escola.

SERVIÇO
Desfile para a comunidade do G.R.E.S Imperatriz Leopoldinense
Data: 15/03/25
Horário: 16h
Endereço: Rua Euclides Faria, Ramos

IMPÉRIO DA TIJUCA VENCE ESTRELA DO CARNAVAL 2025 COMO ‘DESFILE DO ANO’ DA SÉRIE PRATA

Deu Formiga! O Império da Tijuca venceu a principal categoria do prêmio Estrela do Carnaval 2025, oferecido pelo CARNAVALESCO, aos melhores da Série Prata. Em breve, vamos divulgar data, horário e local da festa de premiação. Veja abaixo todos os premiados.

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Desfile do Ano: Império da Tijuca
Samba-Enredo: União de Jacarepaguá
Comissão de Frente: Renascer de Jacarepaguá
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diego Falcão e Jaqueline Gomes (Santa Cruz)
Carnavalesco: Cid Carvalho (Santa Cruz)
Intérprete: Leonardo Bessa (Renascer de Jacarepaguá)
Baianas: Unidos de Lucas
Passistas: Cubango
Bateria: Vizinha Faladeira
Alegorias e Fantasias: Renascer de Jacarepaguá
Enredo: Abolição
Rainha: Tati Rosa (Rocinha)

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Veja como foram os desfiles na terça-feira da Série Prata no Carnaval 2025

Veja como foram os desfiles na segunda-feira da Série Prata no Carnaval 2025

Saiba como foram os desfiles na primeira noite da Série Prata na Intendente Magalhães

Unidos de Vila Santa Tereza encerra a noite de desfiles da Série Prata

Por Juan Tavares

A agremiação Vila Santa Tereza terminou a noite de desfiles da Série Prata entregando menos do que o esperado para um desfile que vale uma vaga na Série Ouro no carnaval de 2026.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Comissão de frente

A comissão estava vestida com roupas na cor branca, as mesmas geralmente utilizadas nas giras nos terreiros de umbanda. Embora a aparência dos componentes não deva influenciar na decisão dos jurados, acredito que ficou muito modesta, aquém do esperado. A performance do grupo foi boa, mas também não impressionou, embora tenha sido sincronizada entre os integrantes.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal esteve em harmonia enquanto dançava na avenida; ambos foram simpáticos e sorridentes durante o espetáculo. O modo como o mestre-sala conduzia a porta-bandeira permitiu que o público percebesse a emoção deles em cada movimento dado em direção ao fim do desfile. As cores vermelha e prata usadas na fantasia encantaram as pessoas que estiveram presentes no local, por seu contraste e brilho cintilantes.

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Harmonia e Samba

Os intérpretes deram um show ao cantar o enredo junto a alguns outros membros da escola. Eles conseguiram animar a bateria, que, por sua vez, buscou inspiração nos colegas de agremiação para fazer um batuque memorável. Além disso, a voz potente dos puxadores estava tão limpa que deu para entender praticamente toda a letra do samba. A rainha de bateria sambou bastante e mostrou que sabia exatamente o que estava fazendo.

O samba “Salve, Vovó Maria Joanna Rezadeira! Salve o Jongo da Serrinha! Saravá, Saravá, Saravá”, embora a história por trás da música seja linda, não ficou na cabeça, como as dos demais postulantes da mesma noite.

Evolução

Apesar de não ter havido atraso, a evolução se deu de forma lenta. As pessoas, componentes de diversas alas, aparentavam estar desanimadas no desfile.

Outros Destaques

O fato de a escola ser comandada por mulheres é um ponto muito relevante a ser colocado em pauta, principalmente, porque o Carnaval é predominantemente dominado pelo público masculino desde os primórdios da festividade.

As fantasias da ala das baianas parecem ter sido feitas com muito amor. A animação e a disposição diferenciada dessas mulheres em relação às outras alas eram surreais. Elas conseguiram estar mais dispostas do que muitas musas por aí. Deram de mil a zero em muitas pessoas mais novas.

Com muitos buracos e falta de componentes, Força Jovem faz desfile inferior ao de 2024; bateria, rainha e ala das baianas são destaques este ano

Por Juan Tavares

Na última noite de desfiles da Série Bronze, a G.R.E.S Força Jovem esteve na famosa “Arquibancada Popular do Samba” para participar de mais um espetáculo da Superliga Carnavalesca do Brasil.

Infelizmente, a agremiação não obteve tanto sucesso na apresentação, visto que buracos foram formados nas alas, provavelmente por falta de componentes. Além disso, havia alguns membros desfilando de chinelo. Claro que isso não tira o mérito da escola nem do indivíduo, afinal de contas, imprevistos podem e, de fato, acontecem. Contudo, vale ressaltar que no ano passado (2024), a entrega foi superior à deste ano, o que surpreendeu muitas pessoas, deixando-as perplexas com o declínio em 2025.

Ao menos, a bateria, a ala das baianas e a rainha de bateria conseguiram, de certo modo, trazer um “respiro” que abrandou os desafios enfrentados pela Força Jovem. Agora, basta aguardar os resultados para ver a apuração.

Comissão de frente

Este quesito poderia ter sido melhor explorado tanto pelo coreógrafo quanto pela própria agremiação, visto que os componentes estavam, a meu ver, fantasiados como fantasmas, e a coreografia basicamente representava os movimentos deles.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal se apresentou como de costume, com os famosos giros que movimentavam a bandeira. O mestre-sala foi simpático; a porta-bandeira, por sua vez, não demonstrou tanto vigor inicialmente. O público presente na arquibancada não vibrou com eles, apesar de terem feito uma apresentação relativamente boa.

Harmonia

A escola teve buracos nas alas; não se sabe a razão para isso, mas acredito que seja por falta de componentes. Infelizmente, esse “pecado” certamente irá repercutir negativamente na avaliação no dia da apuração. Mas não se pode negar que as cores escolhidas entre as divisões de cada ala estavam muito bonitas.

Evolução

Dentro das possibilidades e das limitações enfrentadas, a escola evoluiu bem. Uma pena que o motivo para essa “evolução razoável” penalize a Força Jovem em outros quesitos, mas serve de aprendizado.

Samba

O trecho “De um mundo sem cor, a Força Jovem faz de uma folha em branco nascer uma nova história” tentou fazer a esperança da escola de ganhar cair por terra. Porém, a canção tem seus atributos positivos ao trazer mensagens otimistas para um novo amanhecer, que será melhor do que o dia de ontem. Contudo, não é um samba que vira chiclete para os foliões, nem o refrão fica preso na mente com facilidade.

Outros destaques

A rainha de bateria, Alessandra Ramos, além de lindíssima na Intendente, demonstrou saber exatamente onde estava pisando. A destaque manteve-se disposta durante o desfile e ainda conseguiu ser ovacionada pelo público da arquibancada. Ramos sambou gloriosamente, tal qual uma passista “cria” de escola de samba raiz.

A ala das baianas desempenhou bem sua função durante o percurso percorrido pela agremiação. As componentes, formadas predominantemente por mulheres mais velhas, demonstraram entusiasmo de tal modo que parecia que estavam fazendo sua primeira apresentação.

A bateria era composta somente por jovens, sendo bastante coerente e coesa com o nome da agremiação. Foi bonito ver tantas pessoas reunidas no mesmo propósito, que era fazer a escola entregar o seu melhor na noite de sábado. Essa geração, com certeza, pode inspirar até mesmo as escolas da elite do Carnaval a captar e capacitar esse nicho para eventuais futuros desfiles.