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Brás de Pina apresenta comissão desorganizada e carros simples na disputa da Série Bronze

Por Júlia Fernandes

Na noite desta sexta-feira, o Império de Brás de Pina desfilou na Intendente Magalhães com o enredo “Numa Folha Qualquer”, uma releitura da clássica música de Toquinho. A azul e amarelo da Zona Norte levou o público a uma viagem pelo universo lúdico da infância durante a disputa da Série Bronze.

Comissão de Frente

Sob a direção de Marcelle Oliveira, os componentes apresentaram uma coreografia simples, mas com momentos de desorganização e falta de sincronismo. Apesar de a leveza dos movimentos estar alinhada com o tema, em determinado trecho os integrantes se desencontraram, comprometendo parte da performance. No entanto, as fantasias bem trabalhadas e as belíssimas maquiagens artísticas se destacaram.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O casal Serginho Sorriso e Caroline Santos demonstrou boa conexão e animação ao longo do desfile. Contudo, pequenos desequilíbrios marcaram a apresentação. Apesar disso, seguiram firmes, defendendo o pavilhão com garra e elegância.

Harmonia

A harmonia do Império foi bem conduzida sob a direção de Cláudia Girafa, com a comunidade entoando o samba-enredo com energia e entusiasmo. A interpretação de Felipe Lima trouxe ainda mais emoção ao desfile, garantindo um brilho especial à apresentação.

Evolução

A escola evoluiu de forma fluida e cativante na avenida, com alas que representaram elementos icônicos da canção. A cadência do desfile manteve-se bem distribuída, sem buracos ou atropelos.

Outros Destaques

A bateria, comandada por Mestre Michel Perruchetti, foi o coração pulsante do desfile, trazendo ritmo e energia para a avenida. Apesar da simplicidade dos figurinos, nos quais os ritmistas usavam apenas um chapéu colorido, a sonoridade foi envolvente e harmoniosa. Natasha Loba brilhou à frente dos ritmistas, esbanjando simpatia e presença de palco.

As musas Yasmin Garcia, Milene Lilia, Kaylainne Brito, Ângela Nascimento, Raphaella Nascimento, Tatiane Aragão e Joice Peres encantaram com muito carisma e samba no pé.

As alegorias, embora simples, cumpriram seu papel na narrativa do enredo, trazendo elementos visuais que ajudaram a contar a história da imaginação e da passagem do tempo.

Unidos da Villa Rica enfrenta problemas no som, mas comunidade segura o canto

A Villa Rica levou para a Avenida, na sexta-feira, pela Série Bronze, o enredo “Façam suas apostas, a sorte foi lançada!”. A escola enfrentou problemas técnicos no som, mas a comunidade sustentou o canto com força e constância durante todo o desfile.

Comissão de Frente

O coreógrafo Pablo Henrique apresentou uma comissão de frente composta por integrantes com maquiagem artística e fantasias que faziam referência aos naipes do baralho. De maneira enérgica, alegre e empolgante, os componentes introduziram o universo dos jogos, tema que se desdobraria nas alas seguintes.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo França e Ana Carolina Dias, encantou com uma dança cadenciada, de movimentos suaves e elegantes. A coreografia leve e delicada harmonizava perfeitamente com as fantasias em tons de lilás, repletas de brilho, remetendo ao mundo mágico e lúdico dos jogos ao longo da história.

Harmonia e Samba

A harmonia da escola se destacou pelo canto forte da comunidade, que se manteve vibrante ao longo de todo o desfile. O samba-enredo teve boa fluidez e contagiou tanto os componentes quanto a arquibancada.

No entanto, a Unidos enfrentou problemas com as fantasias de suas alas, já que muitos componentes não estavam uniformizados. Alguns até desfilaram de chinelo de dedo, comprometendo a apresentação visual da escola.

Os intérpretes Júlia Castro e Diogo Ribeiro conduziram o canto de forma satisfatória, e mesmo com as falhas técnicas no som, conseguiram manter o entrosamento com a comunidade. A bateria, comandada por mestre Jandão, trouxe paradonas e fantasias vibrantes, empolgando os foliões com um samba chiclete que prendeu a atenção do público.

Evolução

A escola encerrou seu desfile faltando 25 segundos para o fim do tempo regulamentar, o que resultou em correria e buracos visíveis nos módulos julgadores, especialmente em frente ao último carro alegórico, que representava um tabuleiro de xadrez. Esse fator pode ter comprometido a avaliação do quesito evolução.

Curicica apresenta comissão e bateria impecáveis e se torna uma das favoritas na disputa pelo título

Por Julia Fernandes

A União do Parque Curicica tomou a Avenida Intendente Magalhães na noite desta sexta-feira com um desfile vibrante, verdadeiro tributo à riqueza cultural do Brasil. Com o enredo “A Curicica Festeja a Cultura Brasileira”, a escola celebrou, com cores e ritmos, as diversas manifestações que compõem a identidade do nosso povo. Da Amazônia ao sertão, das festas religiosas aos batuques africanos, a tricolor mostrou por que é uma das favoritas da Série Bronze.

Comissão de Frente

Abrindo o desfile, a comissão de frente, comandada por Aline Kelly, trouxe uma explosão de cores e movimentos coreografados para contar a história das festas brasileiras. Muito bem ensaiados, os componentes apresentaram passos precisos, sincronizados e expressivos. Com fantasias e maquiagens vibrantes, o grupo encantou o público, que se rendeu ainda mais ao espetáculo quando confetes foram lançados durante a apresentação, criando um efeito visual deslumbrante.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Marvyn e Marcela Tavares demonstraram grande sintonia, com movimentos harmoniosos e expressiva conexão. Vestindo fantasias deslumbrantes e ricas em detalhes, conduziram o pavilhão da agremiação com graça e imponência.

Harmonia

Com um samba-enredo potente e envolvente, entoado pelo intérprete Luiz Paulo Júnior, Curicica fez a avenida cantar junto. As fantasias estavam muito bem elaboradas, e as alas entoavam a plenos pulmões “Curicica, amor que não se explica”. A bateria, sob o comando de Yan Pac Man, teve um desempenho consistente e harmonioso, mantendo um andamento firme e contagiante.

Evolução

O desfile foi uma verdadeira romaria pelas manifestações culturais do Brasil. Das danças indígenas ao frevo pernambucano, do jongo ao fandango caiçara, cada ala trouxe um pedacinho dessa grandiosa celebração. A escola desfilou de forma fluida, sem buracos, e com componentes plenamente entregues à narrativa proposta pelo enredo. Entretanto, no fim do desfile, a ala das passistas apresentou espaçamentos, o que pode ter impactado a avaliação do quesito evolução.

Outros destaques

As alegorias foram um show à parte. Os carros alegóricos estavam lindos e contavam com efeitos especiais que abrilhantaram ainda mais a apresentação. A rainha de bateria brilhou ainda mais com sua roupa inovadora, equipada com iluminação de LED, destacando-se entre os ritmistas.

Arame de Ricardo enfrenta desafios com canto tímido e falhas em alegorias, mas mantém evolução organizada

Por Ana Júlia Agra

A Arame de Ricardo levou à Passarela Popular do Samba, na última sexta-feira, um desfile que buscava mostrar o Maracatu, sua tradição e vibração que contagiam, revisitando a história do mestre Luiz de França. Sua comissão de frente apresentou o Maracatu, uma das manifestações populares mais importantes da cultura nordestina.

Comissão de frente
Alessandra Oliveira, coreógrafa da comissão da azul e branco de Ricardo de Albuquerque, foi a responsável pela apresentação, que trouxe referência ao bailado do Maracatu, com uma coreografia carismática e fantasia repleta de cores e elementos do ritmo retratado. Ela introduziu a homenagem feita ao mestre Luiz de França, que foi um ícone do Maracatu-nação Leão Coroado, dirigindo-o de 1950 até sua morte, em 1997.

Mestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Cris Santos e Thuan, apresentou uma dança cadenciada, com movimentos sincronizados, mesclados com um bailado diferenciado que conversava com o ritmo homenageado pela escola. Mostraram conexão e intimidade. A fantasia do casal, através de estampas de animais, trazia à tona pontos do folclore brasileiro.

Harmonia e Samba
A harmonia da escola poderia ter desenvolvido melhor o canto tímido de seus componentes, que foram ora tímidos, ora mais presentes. A Arame apresentou problemas em suas alegorias e fantasias. Levou para a Passarela Popular do Samba um carro sem destaque, com parte do nariz de uma das esculturas quebrada, além de fantasias incompletas e divergentes entre seus componentes.

Os intérpretes Ronaldo Junior e Diego Natural souberam conduzir o samba, intitulado “Arame de Ricardo vem mostrar o seu Maracatu, que é tradição, é vibração que contagia”, com maestria, levando animação e uma palinha do Maracatu para o público presente. A bateria dos mestres Juan e Igor encaixou perfeitamente com o samba leve, animado e envolvente, com direito a paradinhas em que se ouvia a comunidade ecoar o samba.

Evolução
A agremiação não apresentou problemas visíveis de evolução, tampouco correria ou buracos durante seu desfile. Encerrou sua passagem pela Intendente com pouco mais de 38 minutos, alas preenchidas, carros passando bem pela dispersão e componentes desfilando calmamente.

Problemas com elemento cenográfico e evolução comprometem o desfile da Bangay

Por Márcio Guilherme

Última escola da noite, a Bangay levou para a avenida o enredo “Nordestino – É sinônimo de luta, cultura e tradição”, desenvolvido pelos carnavalescos Sandra Andrea e Tiago Rosa, com a proposta de expandir a consciência sobre os nove estados que abrangem a Região do Nordeste, trazendo histórias contadas, ancestralidade e toda a sua riqueza cultural. Contudo, a escola teve alguns problemas que serão determinantes na perda de alguns décimos.

Comissão de frente
A comissão, coreografada por Pablo Ventura, defendeu bem a ideia do sincretismo religioso na região. Com uma performance pontual, mas com alguns erros na sua evolução, comprometeu um pouco o sincronismo entre os integrantes diante dos módulos. A utilização do elemento alegórico para a transformação de Nossa Senhora em Iansã foi interessante; porém, o mesmo apresentou problemas em sua locomoção a partir da apresentação ao segundo módulo, quando bateu e derrubou as grades de proteção da avenida, prejudicando a encenação.

Mestre-sala e porta-bandeira
O casal Leandro Gomes e Carol Bittencourt se apresentou diante dos jurados com leveza e sutileza. Contudo, faltou um pouco de sincronismo, o que pode acarretar na perda de alguns décimos, mas nada de agravante ou comprometedor. Defenderam bem o pavilhão da escola.

Harmonia e Evolução
A harmonia, comandada por Patrícia Ferreira, foi determinante na empolgação dos componentes, fazendo-os cantar com leveza e alegria, de forma contagiante. Os problemas na evolução foram determinantes para comprometer todo o trabalho; houve correria, espaçamentos entre as alas e buracos no decorrer delas. Toda a preocupação foi em não estourar o tempo de desfile, o que até conseguiu, mas nada tirou o prejuízo. A escola fechou seu tempo de desfile em 37 minutos e 15 segundos.

Samba
A composição de Richard Valença e Cabeça do Ajax passou a leitura clara do enredo. Atendeu bem à proposta, com uma letra rica, informativa e bem didática, além de nuances melódicas que remetiam bem à musicalidade nordestina.

Bateria
Os ritmistas, comandados pela Mestra Fernanda Martins (Mestra Fefê), passaram bem na avenida, com bossas criativas e elevando o samba em um casamento perfeito com o carro de som, comandado pelo intérprete Maguinho Vem no Batuque, contagiando os componentes.

Com um desfile altamente técnico, a Recreio se credencia como uma forte candidata ao título da Série Prata

Por Márcio Guilherme

Penúltima escola da noite, a Acadêmicos do Recreio levou para a avenida o enredo “Toda ação tem uma reação em nosso ambiente”, desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Pacheco. Abordou as consequências das ações do homem sobre a natureza, ressaltando que, com o progresso, vêm o desmatamento e a necessidade de preservação para um mundo melhor, em um verdadeiro alerta à humanidade. Com um desfile sem erros e altamente técnico, a agremiação se consolida como uma forte candidata ao título.

Comissão de frente
Coreografada por Alinne Kelly, a comissão apresentou diante de todos os módulos a constante luta do bem contra o mal em nosso ambiente. Em uma encenação com pirotecnia, arrancou aplausos e empolgou o público presente. Sem deixar de destacar o puro sincronismo e muita técnica, transmitiu perfeitamente a linguagem do enredo. Uma performance de nota máxima.

Mestre-sala e porta-bandeira
O casal Emerson Faustino e Joana Falcão levou leveza à sua apresentação diante de todos os módulos. Com muita técnica e precisão no compasso, utilizaram uma linguagem simples para transmitir bem a mensagem do enredo. Com uma dança clássica, atenderam à proposta e arrancaram aplausos com uma performance de nota máxima.

Harmonia e evolução
O trabalho de Dalton Ferreira e seus diretores foi resultado de muita técnica e organização. A escola evoluiu bem, sem espaçamento entre as alas; os componentes cantaram o samba, empolgando o público presente, principalmente na reta final. Foi um trabalho coeso e de excelência, resultando em um belo desfile, sem qualquer tipo de correria, encerrando sua apresentação em 36 minutos e 58 segundos.

Samba
A composição de Jefinho Rodrigues, Marquinho Índio, Arlindinho Cruz e Gilsinho Oliveira trouxe uma leitura muito correta do enredo, com uma linguagem de fácil assimilação do tema. Com versos objetivos e nuances melódicas, foi muito bem interpretada por Leozinho Nunes e todo o carro de som. O cavaco de Celo Guedes e o arranjo de Jotinha enriqueceram ainda mais o samba, fazendo os componentes cantarem. Todo o conjunto foi muito feliz.

Bateria
A cadência dos ritmistas, comandados pelo Mestre Reigner Junior, trouxe muitas bossas, elevando ainda mais o samba durante a passagem da escola. Isso empolgou os componentes e cativou o público presente. Apresentação de nota máxima.

Vicente de Carvalho apresenta problemas sérios na evolução e luta para permanecer na Série Bronze

Por Júlia Fernandes

Na noite do último sábado, a Mocidade de Vicente de Carvalho pisou forte na Intendente Magalhães para disputar a vaga na Série Prata. Com o enredo “Oié Muié Rendeira – Oié Muié Rendá! Tu me ensina a fazer renda, que eu te ensino a sambar”, a escola levou ao público um desfile repleto de brasilidade, mas com problemas sérios na evolução.

Comissão de frente
Com uma coreografia bem ensaiada, os componentes se apresentaram com muita teatralidade e passos fortes. Além das fantasias bonitas e bem-acabadas, eles usaram maquiagens elaboradas, o que realçou ainda mais a caracterização dos personagens. Durante a performance, a comissão utilizou um pequeno carro alegórico, que trouxe um toque especial à apresentação. A coreografia foi bem executada, mas houve momentos em que a sincronia se perdeu.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mocidade deu um verdadeiro show de elegância e sintonia. As fantasias estavam bem elaboradas, trazendo riqueza nos detalhes e harmonia com o enredo. A porta-bandeira, no entanto, girou de maneira mais lenta do que o esperado, o que pode ter impactado a fluidez da apresentação. Já o mestre-sala conduziu a dança com maestria, sempre com um sorriso confiante no rosto.

Harmonia
A comunidade da agremiação mostrou que canta com a alma. O samba-enredo foi interpretado com paixão pelos componentes, e o público, empolgado, acompanhou em coro, tornando o momento ainda mais especial. A sintonia entre as alas fortaleceu o desempenho da escola na disputa.

Evolução
No quesito evolução, a Mocidade enfrentou alguns desafios. A escola deixou muitos buracos ao longo da avenida, o que pode comprometer a pontuação no quesito. Os integrantes seguiram alinhados em alguns momentos, mas houve falhas perceptíveis na ocupação do espaço. Além disso, a escola enfrentou problemas com um dos carros alegóricos.

Outros destaques
A bateria de Mestre Allanzinho, apelidada de *”Furacão Verde”*, trouxe bossas bem encaixadas e um andamento preciso. Os ritmistas mostraram que estavam afiados para a disputa.

As alas apresentaram boas fantasias, trazendo rendas e bordados. Tanto a Rainha de Bateria quanto as musas esbanjaram carisma e muito samba.

Vila Kennedy faz boa apresentação, mas excesso de componentes quase compromete desfile

Por Júlia Fernandes

Com o enredo “Toni Garrido: O Nosso Orfeu Negro”, a Unidos da Vila Kennedy entrou na Intendente Magalhães para contar a história de um dos maiores artistas do país na Série Bronze do carnaval. Sob a direção do carnavalesco Lucas Lopes, a azul e branco da Zona Oeste transformou a avenida em um espetáculo, onde a música, a cultura e a trajetória do icônico artista se tornaram pura poesia visual. Antes mesmo de começar, a escola foi ovacionada pelo público ao ser anunciada.

Comissão de frente
A comissão de frente veio forte, com uma coreografia muito elaborada, precisa e sincronizada. Os componentes contaram a história do artista desde pequeno — uma criança o representou — até a fase adulta. A teatralidade marcou a apresentação, encantando o público. No entanto, alguns itens das fantasias caíram durante a apresentação, o que gerou certa preocupação.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira foi um dos pontos altos da noite. Com leveza e maestria, o mestre-sala rodopiava ao redor de sua dama, que conduzia o pavilhão da escola com imponência e elegância. Eles estavam muito bem entrosados e dançaram com graça e precisão. O figurino do casal era belíssimo.

Harmonia
A harmonia da escola foi contagiante. Do primeiro ao último setor, os componentes entoaram o samba com paixão, enchendo a avenida com uma energia arrebatadora. O refrão chiclete ecoava forte e mostrava a identidade vibrante da agremiação. A sintonia entre a bateria e o carro de som deu o tom perfeito para uma apresentação inesquecível. As alas estavam muito animadas, vibrando do início ao fim.

Evolução
Na evolução, a escola fez bonito. Os componentes dançavam com alegria, embalados pelo ritmo pulsante da bateria, que trouxe bossas marcantes e uma cadência impecável. Por conta do excesso de componentes nas alas, na reta final, a escola precisou correr muito para não estourar o tempo máximo.

Outros destaques
Entre os destaques, a bateria incendiou o público com uma apresentação eletrizante. Eles deram um show de sincronia e organização, demonstrando um trabalho técnico impecável.

As fantasias das alas eram bonitas e bem acabadas. Mas uma das passistas chamou a atenção ao ser a única desfilando descalça.

A Rainha de Bateria e as musas deram um show à parte, esbanjando carisma pela Intendente Magalhães.

Gato de Bonsucesso impressiona com fantasias e maquiagens elaboradas durante desfile da Série Bronze

Por Júlia Fernandes

O Gato de Bonsucesso pintou a Intendente Magalhães na noite deste sábado, quando entrou na Avenida para disputar a Série Bronze do Carnaval Carioca. Com o enredo “Lendas e Curiosidades de Um Felino Amado”, a escola apresentou uma viagem envolvente pelo universo dos gatos, com um desfile vibrante, carregado de emoção e rico em detalhes.

Comissão de frente
Com uma coreografia precisa e bem executada, os componentes retrataram as lendas e mistérios que cercam os felinos ao longo da história. As fantasias estavam bonitas e bem acabadas, demonstrando um alto nível de capricho e atenção aos detalhes. A comissão se apresentou de forma muito sincronizada.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira
Luan Mackenzie e Gabriella Figueira dançaram como se estivessem levitando pela avenida. O casal desfilou com uma fantasia impecável e luxuosa, utilizando maquiagem artística que tinha tudo a ver com o enredo e a identidade da escola. Além disso, apresentaram uma coreografia bem executada, transmitindo harmonia e sintonia. Um dos destaques foi o figurino da porta-bandeira, que contava com luzes, tornando sua apresentação ainda mais impactante.

Harmonia
A comunidade cantou a plenos pulmões o samba interpretado por Felipão, que embalou a escola com sua voz potente e carismática. A sintonia entre os componentes e a bateria foi evidente, refletindo o trabalho árduo dos meses de ensaio. O refrão chiclete do samba garantiu que a arquibancada acompanhasse a festa, transformando a Intendente em uma imensa roda de samba. No entanto, as alas apresentaram contrastes notáveis, intercalando momentos de grande animação com outros de evidente desânimo.

Evolução
Durante a apresentação, a agremiação apresentou falhas, com buracos bem evidentes ao longo do desfile. Ainda assim, os destaques positivos ficaram por conta de um carro alegórico que lançava confetes e de uma ala dedicada exclusivamente às crianças e adolescentes, trazendo um toque de doçura e renovação à apresentação.

Outros destaques
Além da rainha de bateria, o brilho ficou por conta das musas Silvana Santos, Luana Telles, Suellen Magia, Vanessa Freitas e Bia Ramos, que esbanjaram simpatia e samba no pé. O muso Jonatan Napier também roubou olhares com sua presença marcante.

A bateria de Orfeu fez uma boa apresentação, sustentando o ritmo da escola e garantindo a cadência necessária ao desfile.

Um dos momentos mais emocionantes ficou por conta do segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por duas crianças que encantaram o público e os jurados com sua graça e dedicação.

As fantasias das alas, embora bonitas, eram simples, mas isso não tirou o brilho e a alegria da escola.

União de Maricá renova com o carnavalesco Leandro Vieira para 2026

A União de Maricá acertou a renovação do carnavalesco Leandro Vieira para o Carnaval 2026. Após desenvolver o elogiado e premiado enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”, que destacou a trajetória e o legado de Seu Sete da Lira e de Mãe Cacilda de Assis na cultura popular, o artista seguirá na escola visando o desfile da Série Ouro do próximo ano.

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Leandro Vieira Rafael Arantes
Foto: Rafael Arantes/Divulgação

Responsável por levar a União de Maricá a um desfile marcante na Marquês de Sapucaí, Leandro Vieira celebrou a continuidade do trabalho na agremiação. Ele, mais uma vez, fará dupla jornada com a Imperatriz Leopoldinense, que está no Grupo Especial.

“Gosto daquilo que faço e o carnaval é o meu ofício. Para mim, é motivo de imensa alegria ter a possibilidade de seguir pensando uma escola que vai seguir insistindo em fazer carnaval para se inserir com dignidade numa disputa possível com as grandes escolas do grupo”, disse.

Com um olhar atento para os enredos que exaltam a cultura popular, Leandro reforçou seu compromisso com a proposta da União de Maricá:

“Seguirei pensando a Maricá como uma plataforma que pode insistir em enredos que popularizem o Brasil que eu acredito: o Brasil da fé e da festa. Da negritude como bandeira urgente e da escola de samba como veículo potente para popularização de ideias e de nomes que não devem cair no esquecimento. Bora para 2026”, afirmou Leandro, demonstrando bastante animação.

Leandro Vieira é o segundo nome confirmado no time da escola para o ciclo carnavalesco de 2026. Ele detém dois títulos no grupo, sendo um com a Imperatriz Leopoldinense, em 2020, e outro com o Império Serrano, em 2022, além de três conquista na elite. A escola acertou a contratação de Zé Paulo Sierra como intérprete oficial