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Bateria mostra o caminho a ser seguido no ensaio dos Gaviões da Fiel

Os Gaviões da Fiel fizeram seu primeiro ensaio técnico na tarde do último domingo (13), no Sambódromo do Anhembi. Se preparando para o desfile oficial, a “Torcida que Samba” será a segunda escola a se apresentar no dia 23 de abril. Quesitos muito fortes da agremiação, a bateria Ritimão ditou a trilha da marcante dança do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Wagner Lima e Gabriela Mondjian. Por outro lado, a Harmonia precisará trabalhar nos componentes das alas a intensidade da transmissão do recado que seu forte enredo exige.

Apostando em uma composição de alas mais convencional, houve um grande esforço dos diretores em alavancar os ânimos dos desfilantes, que em geral pouco cantaram e atendiam a comandos, ao mesmo tempo que se preocupavam em não desacelerar a evolução. A ala “Luta Indígena” se destacou positivamente, com pessoas cantando forte e bem animadas por todo percurso. Será importante para a escola dar uma chacoalhada no seu pessoal para o próximo ensaio.

Thiago Dionísio, diretor de carnaval dos Gaviões, fez uma análise do ensaio. “É o carnaval da vida, é um ano atípico e está bem diferente. Foi difícil trazer o componente, apesar de toda essa fase de pandemia. Hoje, trouxemos quase 700 componentes e, com chuva e todas as barreiras, fizemos um ensaio limpo. A gente espera na semana que vem fazer um ensaio melhor para 2022, passar muito bem”, disse.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Falando em chuva, a mesma não foi capaz de tirar o brilho do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira dos Gaviões. Com roupas deslumbrantes e muita disposição, Wagner e Gabriela deram grande mostra de vigor e entrosamento em sua dança magistral, e saíram muito satisfeitos do ensaio. Os guardiões do pavilhão alvinegro não esconderam a satisfação com seu desempenho na avenida.

“Como teve a pandemia, a gente vem em um trabalho árduo desde outubro. Pela volta do Anhembi, emoção, psicológico, a saudade do Anhembi, acho que foi a nossa volta, foi mais que a nossa expectativa. A gente supriu tudo, nosso desenho de pista foi perfeito e só tende a melhorar. O clima do Gaviões também ajudou. Foi perfeito nosso rendimento”, disse Gabriela.

casal gavioes

“Mesma opinião da Gabi. É difícil vir nesta pista quando tá molhado, é perigoso. A gente deu uma economizada, mas a emoção tira o que se tem de segurança, e deixa o coração levar. Mas foi um ensaio bem produtivo. Tirando depois de um tempo enorme da pandemia. Conseguimos o desenho que a gente colocou no papel, desenhamos na pista. Estamos felizes neste primeiro ensaio”, completou Wagner.

Sobre acertos a serem feitos, a dupla apontou pequenos detalhes a serem aprimorados. “Coisas mínimas, coisas que todos os casais passam. Questão mais de limpeza de movimento, mas coisa muito pouca. Como a gente já está em reta final do carnaval, nosso trabalho já está pronto. Só limpar uma coisa ou outra, mas não é nada grave não”, analisou a porta-bandeira. “A gente é chato, somos dança. Para nós nunca está perfeito tudo, mas de 100%, a gente está 9,9 de se acertar algumas coisas, é tudo detalhe, dança é tudo detalhe. Então esse detalhe a gente deixa que teve surpresinha. Nem tudo que está papel a gente desenhou na pista”, ressaltou o mestre-sala.

Contagiados pela alegria de estarem de volta ao Anhembi, o casal apontou seus momentos preferidos do ensaio. “(A arquibancada) Monumental com certeza. É onde a gente pega energia da nossa torcida. A energia corintiana. A gente bota na pista, em cima do trabalho”, exaltou Gabriela. Tirando o monumental que é a nossa raiz, a gente saiu da torcida. Então a gente vê a festa na arquibancada, a festa nos nossos corações a mil. A volta de tantos, amigos e familiares que se foram nesta pandemia, mas está de volta aqui com saúde, fazendo o que ama e ver nosso pavilhão tremular é uma enorme satisfação”, completou Wagner.

Samba-enredo

O samba, que é a trilha sonora do enredo tão marcante da Fiel Torcida, casou perfeitamente com o gabaritado time de canto. Uma união primorosa de samba e bateria se fez presente. Considerado por muitos um dos melhores sambas do ano, esse deve ser um quesito com o qual a escola não precisará se preocupar.

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Foto: Felipe Araujo/Divulgação Liga-SP

Lenda viva do carnaval de São Paulo, o intérprete Ernesto Teixeira avaliou positivamente o desempenho do samba dos Gaviões. “Da onde estou ali, foi tudo maravilhoso. É claro que iremos ver as gravações agora para analisar direitinho o canto da escola, que eu acredito ser tudo 100%. Mas tenho que falar ali do ambiente que eu vivo, que é a bateria e as alas que passam na frente da gente, próximo ao recuo. Gaviões vem para fazer um grande desfile. E a gente foi muito feliz no enredo. O enredo é atual, é o que enredo que o povo tá clamando, a gente está caminhando para uma guerra. E a gente tem que protestar contra tudo isso. O carnaval é uma fonte para a gente mudar o mundo”, exaltou o cantor.

Sobre os pontos a serem acertados, Ernesto explicou as diferenças entre ensaio e desfile oficial para valorizar o desempenho da escola. “De som a gente precisa esperar. Aqui é um ensaio técnico, é só um carro de som, como eu disse, a gente precisa pensar tudo com positividade. Hoje todo mundo estava aqui depois de anos, com todo mundo parado, sem poder pisar no Sambódromo. Não tem nada para melhorar. Hoje aqui foi aquele 100%, positividade total, a gente analisa e para o próximo vê como vem”.

Sobre o que mais gostou de ver nesse ensaio, a voz dos Gaviões exaltou a presença da comunidade. “Presença do povo. Ver gente na rua, bateria tocando. E esse carinho do povo no final, abraçando, tirando foto”, concluiu.

gavioes ensaio primeiro 3

Bateria

A Ritimão mostrou no Sambódromo que nem mesmo os dois anos longe da avenida foram capazes de comprometer um dos melhores quesitos historicamente dos Gaviões da Fiel. Com uma apresentação irretocável, repleta de bossas de alto nível, as chances de alcançar os 40 pontos na apuração são muito boas. Grande destaque para o retorno poderoso e sem desandar no momento em que os ritmistas param de tocar nos versos finais do samba. Se bem trabalhado, levantará o público no dia do desfile principal ao som dos seus 220 comandados. Encarregado de liderar essa respeitável equipe, mestre Ciro Castilho falou da importância de se tirar o peso da ansiedade das costas ao falar de suas impressões sobre o ensaio.

“Gostei bastante. Todos nós estávamos ansiosos depois de tanto tempo sem vir pro Anhembi. Acho que foi bom pra tirar a ansiedade. E agora semana que vem fazer o nosso último (ensaio) que será o segundo último geral. Acertar alguns detalhes e se Deus quiser vir bem pra avenida pra trazer a nota”, disse.

Projetando o segundo ensaio no Sambódromo que será já no próximo sábado, Ciro demonstra despreocupação com acertos a serem feitos. ”Sempre dá pra melhorar alguma coisa. Acredito que tenham algumas coisinhas pra melhorar. Mas no geral foi bacana, foi importante esse ensaio depois de tanto tempo. Semana que vem vamos com tudo. O ponto alto é a garra de sempre dos Gaviões. Esse casamento com a ala musical que a gente está achando bem interessante esse ano. Estamos com uma expectativa boa pro desfile”.

Evolução

O quesito que é bastante técnico teve uma atenção especial dedicada de toda equipe da escola. O rigor foi explícito, com comandantes das alas observando cautelosamente os espaços entre cada conjunto de alas. A rigidez das exigências pode garantir uma evolução nota 10, mas por outro lado pode ter influenciado o pouco vigor visto em boa parte das alas dos Gaviões. Deixar o componente mais solto, curtindo o desfile, é algo que pode ajudar a dar aquele gás que se faz necessário na hora de se apresentar para valer. A ala da Luta Indígena, citada no começo do texto, pode ser um bom exemplo a ser seguido por toda escola.

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Foto: Felipe Araujo/Divulgação Liga-SP

Os passistas e destaques de chão da escola mostraram a determinação que se espera desse enredo tão esperado que será apresentado no Anhembi. Uma observação interessante a ser feita é o número expressivo de componentes dentro dos espaços delimitados para os dois primeiros carros alegóricos da escola. Seria uma herança deixada por Paulo Barros, que iniciou o projeto? Eis um mistério a ser desvendado até o grande momento de cruzar a passarela do samba.

Outros Destaques

A comissão de frente é um quesito que nos últimos carnavais tem sido grande destaque da escola pelo impacto causado em todos que assistem. Com um enredo tão poderoso é de se esperar que não seja diferente, e nesse ensaio tivemos uma amostra do que será apresentado. Ainda será preciso aprimorar o encaixe que cada elemento cenográfico usado pelos dançarinos fará, mas não parece ser algo com o qual a escola tenha que se preocupar. Na dramatização está explícito o esforço dos componentes em transmitir o recado do enredo, podemos esperar um grande desempenho vindo por aí.

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Os Gaviões da Fiel têm tudo para fazer uma excelente apresentação. Os pontos negativos são solucionáveis e, conforme a hora for chegando, a disposição de toda comunidade tende a aumentar. O grito de “Basta!”, que é o enredo da escola, tem tudo para ser cravado nos corações de quem comparecer ao Anhembi no dia 23 de abril. A hora da luta está chegando, e é o momento certo de fazê-la sair do papel.

Veja mais imagens do ensaio

Tudo mudou! Imperatriz mantém organização do passado aliada com canto nunca visto e emoção em ensaio técnico

A Imperatriz Leopoldinense dos anos 1990 era conhecida como escola de muita organização, técnica, que não errava. Por essas características, muitas vezes era tachada como uma agremiação fria, somente pautada em um tecnicismo. Abrindo os ensaios do Grupo Especial na Sapucaí, na noite do último domingo, a Verde e Branco mostrou em cerca de uma hora de desfile, uma nova versão dessa busca pelo erro zero, agora aliada a um canto forte da comunidade e uma intenção de trazer emoção e mais interação com o público. * VEJA AQUI GALERIA DE FOTOS DO ENSAIO

Todas as alas cantavam muito o samba enquanto evoluíam também sem errar, mas de forma espontânea. Destaque também para a bateria de mestre Lolo, que trouxe bossas bastante entrosadas com o enredo. Difícil achar alguma coisa para criticar a Verde e Branco de Ramos que sonha surpreender o carnaval vindo do Acesso direto para disputar os primeiros lugares como aconteceu com a Viradouro de 2019.

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Fotos de Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Mais novo da família a trabalhar na diretoria da Imperatriz, João Felipe Drumond, com rádios e fones de ouvido, participando ativamente da organização do ensaio, ficou responsável por fazer um discurso antes da entrada da escola para inflamar os componentes e o público. Na breve fala, citou o eterno patrono da escola, o avô, Luiz Pacheco Drumond, exaltou todo sambista como resistência para manter a chama do carnaval viva, e deu o combustível para que os foliões ensaiassem ainda mais forte, tocando no assunto brigar pelo título.

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“Foi muito emocionante. Segmentos muito fortes, comissão de frente, bateria e casal em seus momentos de auge, e uma comunidade pulsante como vem sendo o ano inteiro, carregando a escola de novo se Deus quiser pela briga ao título. Foram dois anos de espera, acho que todo mundo que vive o carnaval estava ansioso por esse momento. Foi um pouco difícil dormir ontem, muita ansiedade, mas agora já estando aqui, considero que já deu pra matar um pouco da saudade, portanto é foco total no desfile. A escola está empolgada, motivada, tem uma equipe muito capacitada, e também motivada pra fazer o trabalho da melhor forma. Além disso, o mais importante, a escola tem uma comunidade que está louca para voltar a conquistar títulos e brigar pelas colocações mais altas do pódio”, disse João Drumond.

“Eu achei que a galera correspondeu muito bem e a escola cantou o samba com muita garra. A Imperatriz tinha um único objetivo hoje: trazer e cantar esse samba com alegria e acredito que nós desenvolvemos isso muito bem. Aescola está preparada para o título, a comunidade feliz da vida com tudo o que está acontecendo na Imperatriz, os ensaios bombando, o barracão pronto e os carros embalados, assim como as fantasias. Só estamos o grande momento no dia 22 de abril. “Hoje foi só um aperitivo. Esperem que esse samba vai tomar a avenida de uma forma que vocês vão ver”, prometeu o cantor Arthur Franco.

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“Tenho a mesma visão que o Arthur. O segmento e o foco são um só e é muito difícil mudar isso. É alegria, é voltar a viver. É ter o carnaval novamente na Sapucaí. É poder abraçar pessoas e festejar. Carnaval é vida. A questão é abrir o carnaval e ser campeão. A gente vai mudar essa regra. “Vai vir um tsunami, querido. O couro vai comer (risos)”, completou Bruno Ribas.

Harmonia

Um dos pontos de maior destaque da Imperatriz no ensaio técnico, os componentes, a comunidade, mostrou que tem comprado essa briga de levar a escola para o seu lugar de merecimento, desde que o rebaixamento foi consumado em 2019. E aquilo que se vê na quadra e na rua desde que a preparação para o carnaval 2022 começou, foi transferido para a Sapucaí. Todas as alas cantavam o samba de forma constante, espontânea e com intensidade. Desde a terceira que trazia balões de ar, a quinta que levava sombrinhas coloridas, até a ala 21. O samba era completamente ouvido a plenos pulmões e não se notava ninguém enrolando ou deixando para cantar só nos refrãos.

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“Esse ensaio aqui hoje se tornou para a gente, algo além da técnica. Aqui temos o termômetro que teremos no dia do desfile. Encaramos o ensaio como se fosse o desfile, nos preparamos para sair não só como a campeã da noite, e sim a campeã do final de semana. Pisar novamente no Sambódromo é muita emoção. É a celebração da vida, não sabíamos se talvez estaríamos aqui nesse momento. A Imperatriz está tendo a honra de promover esse encontro tão sonhado entre o carioca, a Marquês de Sapucaí, e a escola de samba. Esse ensaio de técnico não teve nada, foi pura emoção. Temos oito títulos nas costas dentro desse palco aqui pelo Grupo Especial, então somos uma escola de Grupo Especial. Eu costumo falar que estamos trabalhando sob dois pilares, promover a maior abertura de desfile de todos os tempos e ganhar o campeonato”, comentou André Bonatte, da comissão de carnaval gresilense.

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Mestre-sala e porta-bandeira

Desde 2017 juntos na Imperatriz, o casal Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro, no ensaio técnico, teve o mestre-sala com um elegante terno branco, e a porta-bandeira com um vestido em listras nas cores da escola, alternando o verde e o branco. O casal veio logo no início da escola e apresentou já de cara uma das suas principais características, a expressão e o sorriso, sempre presente na dupla. O entrosamento já de vários carnavais é visível e a coreografia era singela e delicada. Thiaguinho mostrava toda a sua qualidade com movimentos muito técnicos e plasticamente muito bonitos. A porta-bandeira extremamente graciosa, “flutou” pela pista. Um espetáculo! O público vibrou quando a bandeira foi desfraldada saudando oficialmente o retorno da escola através do respeito a seu pavilhão. A apresentação em cada módulo durou um pouco mais que dois minutos e não houve nenhum erro aparente.

“Pra quem é sambista, pra quem trabalha e pra quem ama o carnaval sabe da importância que é ter a volta dos ensaios. É primordial pro canto da escola, para a bateria, para os segmentos dos casais, comissões de frente, enfim, para todo mundo da escola. E você retornar após uma pandemia sem carnaval acaba sendo uma mistura muito grande. E que há pouco tempo não tínhamos certeza se ia ter desfile ou não, com a volta dos ensaios é uma esperança pra gente que é sambista e a certeza que terá o maior espetáculo da terra e que será lindo e inesquecível. É uma prévia do que vem pra daqui a um mês, do que a Imperatriz vem preparando e a gente está pronto e aguardando o grande dia”, comentou a porta-bandeira.

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“A gente já vem se preparando para esse momento faz um tempo e a Imperatriz sonha com isso há mais de dois anos, pois caímos em 2019. Então, desde lá, sonhamos com o dia de hoje. A emoção tomou conta, a euforia tomou conta, mas como estamos bem preparados, acredito que o profissionalismo e a determinação que a escola implantou lá no começo fala mais alto. A vibração que a escola colocou na avenida, vem sendo a mesma dos ensaios de toda sexta-feira na quadra. A gente só transferiu tudo aquilo que estávamos treinando na quadra para a Sapucaí hoje. Colocamos nosso nome hoje como uma das favoritas para voltar no sábado das campeãs”, assegurou o mestre-sala.

Samba-enredo

O samba, obra de único compositor, Gabriel Mello, foi conduzido no ensaio pela dupla de intérpretes oficiais Arthur Franco e Bruno Ribas. Eles mostraram uma boa combinação de timbres de voz, com Bruno Ribas dando brilho na harmonia da obra em alguns trechos do samba, enquanto Arthur garantia a sustentação do samba. Ambos estavam tão confiantes no trabalho realizado com a comunidade que paravam as vozes do carro de som, sempre na parte “Amada Imperatriz”, que antecede o refrão principal, além de em alguns outros pequenos trecho, para que o canto dos componentes se sobressaísse. O refrão “Volta pro seu lugar” era cantado inflamadamente pelos componentes, como que reafirmando isso para a própria escola e para o mundo do samba. A obra mostrou ter tomado bastante volume e que pode crescer ainda mais e ser um importante aliado para o dia do desfile.

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Bateria

A bateria Swing da Leopoldina de mestre Lolo, à frente dos ritmistas desde 2016, trouxe uma bossa muito gostosa de se ouvir em ritmo de samba de raiz no trecho “Seu samba nascendo no morro”, no final os instrumentos paravam para o “Amada Imperatriz”. A bateria também chamou a atenção para a vestimenta, a ala de chocalhos veio toda de branco remetendo às utilizadas em religião de matriz africana, diferente do restante dos ritmistas que estavam com a camisa da Swing da Leopoldina verde e um chapéu na cabeça. Destaque também para alguns mestres da Série Ouro presentes e tocando na bateria de mestre Lolo, como, Vitinho, do Império Serrano, Léo Capoeira, da Unidos de Bangu, e Luygui, da Acadêmicos de Vigário Geral.

“Pra mim foi muito bom, nós fizemos um ensaio aqui na segunda e só serviu pra aprimorar, hoje foi legal, o ensaio serve pra isso, aprimorar algumas coisas para no dia do desfile passar 100%. A gente vem representando a bateria da Mocidade. As bossas de hoje já estarão no desfiles, a gente tem que ensaiar aqui, só temos hoje pra limpar, se preparar com a escola, a bateria veio quase completa”, disse mestre Lolo, que recebeu o prêmio do Guaracamp por ter sido eleito o destaque do ensaio técnico da Imperatriz.

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Evolução

A evolução da Imperatriz foi de forma gradativa, fluiu muito bem, natural, e mesmo nas pausas para apresentação de casal ou comissão de frente ninguém ficava parado, sempre dançando, cantando e sambando. A escola, mais uma vez, mostrou uma organização muito grande e um zelo minucioso, ao trazer a divisão dos setores do desfile expressa na cor da camisa dos componentes. No primeiro setor, o branco, no segundo setor o vermelho em referência ao “Canta Salgueiro”, do enredo, o terceiro setor de verde (Mocidade), a não ser pelos passistas que retomavam o branco, aliás com detalhes rendados, o quarto setor de amarelo, e no último setor retomando o verde. Quase todos os componentes tinham algum item na mão, seja sombrinhas, lanças enfeitas em cabos, balões de ar, cocares de índios, dessa forma, cada ala teve sua identidade no ensaio.

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Não se viu nenhum tipo de correria, a bateria saiu do segundo recuo com cerca de 55 minutos de ensaio e ainda pode finalizar brincando um pouco mais na reta final da Sapucaí. A escola não apostou em muita coreografia, mas havia alguns momentos chaves do samba como, por exemplo, no refrão do meio, no trecho “pega na saia rendada”, em que algumas alas giravam, efeito muito bonito visto nas saias das baianas que vieram no segundo setor, com a camisa vermelha e a saia branca. A ala 21 era uma das mais alegres com muita gente aproveitando as pequenas pausas da escola para sambar e pular muito no verso “Amada Imperatriz”. Já a ala 22 fazia uma evolução interessante, intercalando pompons e lanças em dourado.

Outros destaques

A escola trouxe para a Avenida uma locomotiva logo no início do desfile reverenciando sua história. A comissão de frente, do coreógrafo estreante Thiago Soares, estava deslumbrante, com 12 bailarinas em seus vestidos brancos com detalhes em verde, rostos totalmente maquiados que se moviam em movimentos graciosos sendo apresentado pelo assessor de imprensa da escola, Lourenço Marques, devidamente fantasiado e inserido no espetáculo. Em mensagem ao mundo do samba a escola trouxe duas faixas, uma logo no início da escola, dizendo “A Imperatriz celebra a vida, a ciência e o carnaval”. E outra, no encerramento, remetendo ao último verso do refrão principal do samba, ” Quem viveu pra te amar seguirá com você trecho do samba”, essa seguida de uma chuva de pétalas prateadas. No esquenta, a dupla de intérpretes oficiais da escola, Arthur Franco e Bruno Ribas, relembrou o “Liberdade, Liberdade”, e a releitura que deu o título do Grupo de Acesso em 2020, “Só dá Lalá”.

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A Imperatriz Leopoldinense deixou uma impressão muito boa de que não está trabalhando apenas para permanecer no Grupo Especial. O ensaio confirmou os prognósticos de quem acompanha o trabalho de muito tempo desenvolvido nos segmentos da escola visando o retorno a brigar pelas primeiras posições já neste carnaval de 2022. Repetir ou superar a façanha da Viradouro de 2019, parece inspirar um pouco a Verde e Branca de Ramos, também pelo legado de organização que a escola de Niterói vem deixando. Em abril, a Imperatriz vai abrir a primeira noite dos desfiles do Grupo Especial com o enredo “Meninos eu vivi… Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”.

Tem que respeitar! Portela rasga chão da Sapucaí com canto forte e show da Tabajara do Samba

A Portela pisou na Marquês de Sapucaí na noite do último domingo para encerrar o primeiro dia de ensaios técnicos do Grupo Especial, e, mostrou mais uma vez a força da comunidade e o tamanho da torcida. Os portelenses tomaram as arquibancadas do Sambódromo e viram uma escola visualmente muito bonita, com canto impecável e com um verdadeiro show da Tabajara do Samba. A Águia Altaneira de Madureira atravessou a Passarela em 1h17. * VEJA AQUI FOTOS DO ENSAIO

Vice-presidente da Portela, Fábio Pavão, avaliou o treino no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. “Reproduzimos exatamente o que temos feito no Parque Madureira. A escola inteira está cantando, tivemos a evolução que havíamos planejado e consequentemente estamos no caminho certo para um grande desfile. Digo que 100% nunca estamos, somos perfeccionistas, logo, buscamos a perfeição sempre. Já estamos muito bem, mas vamos aprimorar ainda mais alguns detalhes para o desfile”.

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Fotos de Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Em todas as alas, escola cantou o samba do início ao fim e mostrou mais uma vez a força da Portela. Destaque para a ala 3, de ‘Oxalá’, que gritava o samba a plenos pulmões e mostrava grande energia. O mesmo foi feito também em outros setores da agremiação. Com linda roupa em azul, laranja e detalhes em dourado, as baianas também entoaram a obra de Wanderley Monteiro e parceiros. Não foi visto sequer um componente com a letra do samba no papel. A Portela levou algumas alas coreografadas para a Sapucaí e também chamou atenção, assim como o show dos passistas.

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Ao site CARNAVALESCO, o intérprete falou do rendimento do samba-enredo no ensaio técnico. Ele foi apontado o principal destaque e recebeu um prêmio da Guaracamp. “Funcionou da forma com que a gente esperava. Foi muito bem, escola toda animada, cantando a letra. É isso que a gente queria. “Esperamos fazer o nosso trabalho da mesma forma com que foi feito aqui nessa noite. Alegria, animação, botar a escola para cantar e evoluir. É isso que a gente precisa. Eu sou apenas mais uma engrenagem na escola. Eu e meu carro de som. Nós temos que fazer funcionar toda a escola, não apenas a gente. Bateria, harmonia, evolução… Tudo precisa estar conectado e ir bem. Só assim passamos bem. É pensar no coletivo”.

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Membro da comissão de carnaval da Portela, Junior Escafura aprovou o rendimento de toda escola na Avenida. “Avaliação totalmente positiva. A gente chega aqui e vê a escola alegre, feliz, todo mundo cantando. Da um satisfação muito grande ver a Portela tão feliz. Claro que só estamos prontos no dia. Usaremos bastante agora do ensaio de rua para ajustar mais ainda o que precisa ser ajustado, para assim fazer um grande carnaval”, prometeu.

Quem também se destacou foi o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre. Vestidos de branco, os dois protagonizaram bonita apresentação para o público na Sapucaí. A dupla mostrou entrosamento, sincronia, elegância e, acima de tudo, leveza. Com cerca de 2m13 de exibição, o casal arrancou elogios das arquibancadas. Quem também foi aclamada foi a comissão de frente, que, com homens negros e corpos pintados, fez uma linda e forte exibição.

“É o sentimento de dever cumprido. Muito, muito quente e, é muito difícil pra gente conseguir manter o equilíbrio entre fazer a coreografia, o sorriso e tudo que envolve o nosso quesito. Mas estou satisfeito, feliz e grato por estar no nosso solo sagrado. O sentimento é extremamente gratificante, pois a Portela é emoção e o carnaval também. Mais uma vez passamos por um novo desafio. Tinha três anos que a gente não ensaiava na Sapucaí, o último foi o de Clara Nunes em 2019. Já em 2020 não tivemos ensaio. É uma somatória de sentimentos, de palavras. É difícil descrever em uma única só palavra, mas emocionante é a que mais se encaixa no que estou sentindo nesse momento. Eu gostei muito da pista recapeada, para gente que dança a tinta é ótima. Extremamente aprovado”, garantiu o mestre-sala.

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“Além da emoção de tanto tempo sem ensaio técnico, a gente consegue sentir o clima, a energia da Sapucaí. Por mais que a gente ensaie na academia, na rua, muito tempo sem um ensaio aberto assim acaba sendo diferente. Lidando com o vento, com a energia é bem diferente e importante. O sentimento é de pertencimento e estou muito feliz. A gente foi tão massacrado, diminuído, desprezado e desrespeitado, então agora voltar pro nosso lugar e dentro do nosso chão e falando sobre a nossa ancestralidade (dentro do enredo da Portela). Acho que é um gol”, comentou a porta-bandeira.

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Detonado por parte dos sambistas e público geral, o samba da Portela ecoou em toda a Sapucaí. Os componentes ‘calaram a boca’ dos críticos com forte canto, do início ao fim. O intérprete Gilsinho exibiu a potência de sempre e impulsionou a escola, que não parou um minuto. E não ficou apenas nas alas. O samba também foi entoado nas arquibancadas da Avenida. De ‘Quem tenta acorrentar o sentimento’ até o fim do refrão, a obra era gritada pelos integrantes da agremiação. Na virada do samba, o mesmo perdia um pouco a força, mas nada que atrapalhasse o desempenho da Águia.

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O grande espetáculo ficou por conta da bateria. Impecável durante toda Sapucaí, a Tabajara do Samba apresentou algumas bossas, com destaque para a exibida no setor 11, durante o refrão do samba. Os comandados do mestre Nilo Sérgio levantaram o público na Sapucaí e foram muito aplaudidos. Com roupa toda em dourado, Bianca Monteiro, rainha de bateria, roubou a cena com muita simpatia, elegância e claro, samba no pé. A rainha foi bastante elogiada durante toda Avenida.

Comandante da Tabajara, mestre Nilo Sérgio avaliou para o site CARNAVALESCO a performance da bateria no ensaio técnico. “Voltar ao Sambódromo depois de dois anos é maravilhoso, a gente ficou sem ter contato com o público, só dentro da quadra, restrição total. Acredito que hoje a Portela fez um grande ensaio, alguns falaram do samba, mas o samba se auto sustentou, junto com a bateria, junto com o canto da escola, essa comunidade maravilhosa que está cantando igual cigarra. Eu acredito que a Portela vai surpreender muita gente no carnaval, devido aos carros e o conjunto em geral”, contou Nilo Sérgio, que levará 280 ritmistas para o desfile oficial.

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“Ainda tem mais uma bossinha pra colocar. Hoje no ensaio que fizemos gostei muito mesmo. A responsabilidade não é só minha, cada um tem sua parcela, mas foi muito emocionante ver como a escola cantou, ver que o público que estava aqui respondeu junto com a bateria, junto com a parte do canto”, completou o mestre.

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Na evolução, a escola teve um pequeno problema com o tripé que trazia a palavra ‘Voltamos’. O mesmo emperrou na altura do setor 3, acabou retardando a passagem da escola e abriu um pequeno buraco. No mais, as alas evoluíram muito bem, com organização e muita animação. Os harmonias se mostraram muito comprometidos com a compactação e energia de seus componentes, e fizeram ótimo trabalho.

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A Portela fez um grande trabalho e se preocupou, além de ensaiar para o desfile, dar um show para o público. Algumas alas vieram com roupas diferentes das tradicionais camisas do enredo, com adereços na cabeça e nas mãos. O famoso ‘grito’ da Águia também ecoou pela Passarela. Segunda escola a desfilar no sábado, dia 23 de abril, a Azul e Branco promete um desfile com garra da comunidade e grande organização em busca de mais um título para a galeria da maior campeã do carnaval.

Participaram da cobertura: Leonardo Damico, Allan Duffes, Eduardo Frois, Lucas Santos, José Luiz Moreira, Luan Costa, Ingrid Marins e Isabelly Luz

Ritmistas das escolas do Especial ganham cestas básicas após leilão de fantasia por Sabrina Sato

Uma iniciativa da rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, Sabrina Sato, com Dam Menezes, e apoiada por Milton Cunha, mestre Casagrande, da Unidos da Tijuca, e o site CARNAVALESCO gerou 240 cestas básicas divididas entre as baterias das 12 escolas do Grupo Especial. Sabrina Sato leiloou uma fantasia que usou e estava guardada em seu galpão, produzida por Henrique Filho, e reverteu o valor para ajudar as baterias do Grupo Especial. Mestre Casagrande em consenso com os outros mestres do grupo de elite do carnaval decidiu que cada agremiação receberia 20 dessas cestas para serem encaminhadas aos ritmistas que estivessem mais necessitados. A entrega foi realizada na Cidade do Samba e teve a participação de alguns mestres que fizeram questão e tiveram disponibilidade para receber a doação pessoalmente, outros enviaram representantes, o importante é que todos vão receber a ação solidária. Milton Cunha explicou a iniciativa que ocorreu na época da realização do Baile Glam, criado e dirigido pelo artista, ao qual Sabrina Sato já foi rainha, que teve como sede em 2022 a Cidade do Samba.

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“Quando a Sabrina Sato me procurou, ela disse ‘Milton, vamos aproveitar seu baile e vamos dar visibilidade para uma ação que eu quero fazer, eu tenho um galpão com as minhas fantasias, e tem uma linda que Henrique Filho fez, e vamos fazer um leilão na internet ‘. Eu fiquei muito emocionado de usar o baile para uma ação humanitária. Já pensou que o ritmista é o grande sacrificado da escola de samba? Ele vai em muitos ensaios, ele se mata e não tem nem o dinheiro para o transporte. Então eu disse ‘Sabrina vamos ajudar os ritmistas’. Aí chamei Mestre Casão, conseguimos o dinheiro do leilão e aí fomos na Cadeg, no mercado lá longe, vimos preço e qualidade, conversamos com os outros mestres e chegamos nessa, são 240 cestas. É uma homenagem a essa gente sacrificada maravilhosa das baterias. Salve os ritmistas”, vibrou Milton Cunha.

Mestre Casagrande que sempre procurou divulgar e encabeçar esse tipo de ação solidária aos ritmistas, explicou um pouco da necessidade de ajuda e agradeceu a Milton e a Sabrina pela doação.

“É uma importância social para gente muito grande. Porque a gente ajudar o próprio ritmista, a ideia inicial é que os favorecidos fossem os mestres de bateria, mas depois a gente conversando chegamos a um consenso que era melhor reverter a doação das cestas para os ritmistas, aproveitar aqui para agradecer muito a Sabrina Sato, rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, que fez a doação. E pra gente está sendo muito legal a ideia, também agradecer a vocês do site CARNAVALESCO pela ajuda, e o nosso grande mentor Milton Cunha que está sempre com a gente, ajudando”.

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Outros mestres também destacaram a importância de ações como essas. Presentes a entrega das cestas, Lolo da Imperatriz, Rodney pela Beija-Flor, Caliquinho da São Clemente, Wesley pela Mangueira e Ciça, Viradouro, falaram à reportagem do site CARNAVALESCO sobre a emoção desse tipo de ação e explicaram a situação que muitos ritmistas tem passado:

Mestre Rodney – Beija-Flor
“Toda iniciativa é louvável para ajudar o próximo. E a gente está vendo o nosso lado do sambista, do ritmista, que com essa pandemia ficou muito a Deus dará. E, essa iniciativa do Milton Cunha, com o Casão (Casagrande), com o site CARNAVALESCO ajudando, sempre agradecer, que papai do céu abençoe todos vocês. Quem tem fome tem pressa, né? E isso vai vir em uma boa hora e vai ajudar muita gente”.

Mestre Lolo – Imperatriz Leopoldinense
“Isso aí ajuda para caramba, tem muito gente passando necessidade e um pouquinho que eles ganham já ficam felizes”.

Mestre Wesley – Mangueira
“Eu acho que é uma iniciativa muito boa pela pandemia, pelo um ano que a gente ficou sem carnaval, acho que essa iniciativa é boa, que você até incentiva o ritmista a participar mais, porque querendo ou não querendo, tem muito ritmista que passa dificuldade na vida, e eu acho que essa cesta básica vai ajudar bastante”.

Mestre Caliquinho – São Clemente
“É sempre importante porque a gente passou por um grande perrengue, parou foi tudo, ritmista não fez show, ritmista não fez apresentação, então não teve ensaio das escolas, todo mundo perdeu o emprego, e, é sempre importante essa ação para melhorar a vida dos ritmistas que está precisando, tem muita gente que não consegue nem ir nos ensaios, e, por não ter dinheiro da passagem, e não ter o que comer em casa, é muito ruim, a gente mesmo lá na Comunidade Santa Marta tem ritmistas meus que passaram por um sufoco ferrado, não só meu como de outros companheiros que estão aqui”.

Mestre Ciça – Viradouro
“Isso é maravilhoso, essa iniciativa da Sabrina Sato, do Milton, do Mestre Casagrande representando a gente. Tem sempre ritmistas precisando, não só por causa da pandemia, mas no seu dia a dia a situação está difícil, antes da pandemia já estava complicado, imagina na pandemia. É o tipo de iniciativa que eu apoio, pode contar sempre comigo”.

Liesa autoriza foliões a levarem alimento e bebida para os ensaios técnicos no Sambódromo

Por ordem do presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, as equipes de fiscalização e segurança que atuam nos acessos aos setores de arquibancadas e frisas do Sambódromo nos ensaios técnicos das Escolas do Grupo Especial e da Série Ouro foram instruídas a permitir a entrada de pessoas que estejam carregando alimento e bebida para consumo próprio.

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Foto: Divulgação/Liesa

A decisão do presidente já foi colocada em prática no ensaio técnico de ontem, sábado, 12/3, na abertura da temporada de ensaios das Escolas da Série Ouro, também será respeitada nos ensaios técnicos deste domingo, 13/3, e em todos os demais domingos do Grupo Especial. O mesmo acontecerá aos sábados, nos ensaios da Série Ouro, até o Carnaval, em abril.

Neste Domingo, ensaiarão a Imperatriz Leopoldinense, a São Clemente e a Portela, abrindo a temporada do Grupo Especial.

Perlingeiro explicou que houve falha na comunicação para as equipes de segurança e em nome da LIESA pede desculpas às pessoas que, por este motivo, tiveram problemas para chegarem às arquibancadas.

O presidente tem consciência das dificuldades que a população vem enfrentando desde o início da pandemia, e considera perfeitamente normal que os foliões tragam de casa alimento e bebida para consumo durante os ensaios, desde que não usem recipientes de vidro, metal ou qualquer outro material cortante, que ofereça riscos a outros espectadores; nem que sejam em grande quantidade, o que caracterizaria a venda ambulante – esta sim, proibida.

Perlingeiro frisou, no entanto, que os foliões só terão acesso garantido após a apresentação de comprovante de vacinação contra o Covid-19 em dia, de acordo com o calendário e protocolos da Secretaria Municipal de Saúde. Ressaltou que decreto municipal publicado recentemente aboliu o uso de máscara.