Uma das certezas do Carnaval 2023 é que Viviane Araujo vai estar no Anhembi e na Sapucaí. Rainha de bateria na Mancha Verde há 17 anos, no Salgueiro há 15 e, agora, mãe do Joaquim de apenas 5 meses, a atriz revela que sua felicidade e sua realização pessoal estão acima de qualquer expectativa sobre seu padrão físico e vai levar para Avenida a alegria de poder estar de volta. Neste pré-carnaval intenso, Viviane recebeu o site CARNAVALESCO no barracão do Salgueiro para conversar sobre assuntos como sua trajetória no samba, sonhos e a Furiosa.

Fotos: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

Gosta de ser chamada de rainha das rainhas?

Viviane Araujo: “Eu não me considero, as pessoas que me chamam. É uma brincadeira que começou com o Quinho na quadra e nos ensaios. Eu acho que é pelo fato de toda minha trajetória no carnaval, de toda história que eu venho construindo ao longo desses anos todos, são 15 ou 16 anos que eu estou com o Salgueiro. Acredito que seja pela minha história de amor e dedicação com o Salgueiro”.

O que representa estar à frente da bateria do Salgueiro?

Viviane Araujo: “É uma responsabilidade. É um peso muito grande. Apesar de rainha não ser quesito, nós temos um peso e um valor importante, somos muito cobradas. Mas é maravilhoso”.

O Salgueiro é o amor da sua vida no carnaval?

Viviane Araujo: “Com certeza! Eu falo que não me vejo em outro lugar a não ser no Salgueiro. Realmente minha paixão no samba e no carnaval é o Salgueiro, no Rio. Em São Paulo, tem a Mancha”.

O que você acha das escolas darem oportunidade para as meninas de comunidades entrarem no posto de rainha de bateria?

Viviane Araujo: “Eu acho que tem espaço para todo mundo. O carnaval é para todo mundo. É bacana você dar oportunidade para a menina que é cria, que é da comunidade. Mas eu acho legal dar oportunidade para uma menina que não é cria da comunidade, mas é sambista. Eu acho que tem espaço para todo mundo, o samba é para todo mundo e todo mundo samba como quiser sambar. Ninguém tem que ficar apontando dedo e julgar, o importante é ser feliz. Se você está feliz, você consegue transmitir isso. Sem julgamentos, pelo amor de Deus”.

Tão rápido você deu a luz e já está preparada para o Carnaval 2023. Qual é o segredo?

Viviane Araujo: “Meu filho vai fazer 5 meses. Eu confesso que foi difícil. Eu não estou com o meu corpo de antes, óbvio. Não estou na minha melhor forma, fisicamente falando. Eu estou muito feliz e muito realizada, e isso é maior do que tudo. Eu espero que as pessoas percebam mais isso em mim, a minha felicidade, ter realizado meu sonho, ter tido um filho, ter desfilado grávida e voltar a desfilar. Eu prefiro o público perceber isso, o quanto eu estou feliz e realizada, do que ficar olhando, simplesmente, meu corpo ou se eu estou sambando assim ou assado”.

O que sente quando pisa na Sapucaí e é ovacionada pelo público, seja salgueirense ou não?

Viviane Araujo: “Eu me sinto muito orgulhosa! Sabe quando você pensa que deu certo tudo que fez, o caminho que seguiu? Eu me vejo assim, tendo reconhecimento da minha trajetória. De ter esse carinho e o respeito das pessoas, eu me sinto muito orgulhosa”.

Volta a desfilar na Mancha Verde esse ano? O que representa para você estar lá?

Viviane Araujo: “Já são 17 anos, é uma família também. A gente tem um carinho. Eu não sou tão presente na Mancha como eu sou no Salgueiro, como eu gostaria de estar. Principalmente nesse momento, vai ser a primeira vez [em 04 de fevereiro] que eu vou deixar o Joaquim aqui e vou viajar. É bem difícil, mas eles entendem. Eu tenho uma relação de amizade com o presidente e com todo mundo da Mancha”.

O que você pode falar da sua fantasia no Salgueiro para 2023?

Viviane Araujo: “Minha fantasia é bem bacana e diferente do que eu já coloquei. É bem comportada, mas é linda”.

No enredo de 2023 o carnavalesco fala que cada pessoa tem sua visão de Inferno e Paraíso. Qual é para a Viviane Araujo a visão de um paraíso e de um inferno?

Viviane Araujo: “O Salgueiro quer mostrar um paraíso que é livre, que deixa a pessoa ser feliz do jeito que ela quer. Vamos parar de julgar as pessoas. É o que eu desejo também. É mais amor e menos ódio”.