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Julgadora retira décimo da Mangueira por pouca variação de cores em enredo sobre baluartes da escola

Leandro Vieira em seu sexto carnaval à frente dos desfiles da Estação Primeira de Mangueira fez o seu primeiro enredo com viés de homenagem a figuras da escola. O enredo “Angenor, José e Laurindo” tinha como justificativa a Mangueira mergulhar em suas mais legítimas tradições para exaltar três personalidades que são também a tradução de três aspectos criativos fundamentais para a atividade intelectual que a escola realiza. Por isso, Leandro parece ter buscado um desfile para resgatar o uso das cores da escola, principalmente o rosa, como ele mesmo admitiu que foi o desfile em que ele mais investiu em usar esses aspectos. Mas há quem não tenha gostado. A julgadora Regina Oliveira de fantasias deu 9,9 para a Mangueira criticando, segundo ela, a pouca variação da cartela de cores.

“Fantasia das alas 05,12,17, 19 e 20 apresentam formas semelhantes. Além disso, a escola apresentou pouca exploração de cores em todas as fantasias. A cartela de cores não foi variada. Paleta de cores pouco utilizada”, colocou Regina como justificativa no mapa de notas.

Na sinopse, a escola apresenta diversas vezes o trio homenageado no enredo como integrantes de uma realeza. Cartola é citado como “príncipe do princípio”, Jamelão tem sua voz comparada como “voz forte como convém aos reis, reis pretos, reis com voz de trovão”. E mestre Delegado é representado como “príncipe da ralé, herdeiro da coroa de Marcelino”. Esta apresentação dos baluartes como representantes da realeza de Mangueira esteve presente em algumas fantasias da verde e rosa, mas esta concepção foi criticada pelo julgador Paulo Paradela que considerou excessiva “comprometendo a criatividade” do desfile.

“Alas 04,05,12,14,19 e 20 – Nessas alas, foi identificado a mesma proposta de concepção com aspecto de ‘príncipe’/’fantasia principesca’, comprometendo a criatividade. Os tipos de mangas, babados e meias utilizados são exemplos de alguns dos elementos que se repetiram nas soluções dessas fantasias. Adicionalmente em algumas fantasias – alas 05, 14, 29 -, alas 04 e 19 – as concepções definidas para os chapéus dessas alas também se mostraram repetitivas comprometendo igualmente a criatividade “, alegou Paulo após retirar dois décimos da Mangueira.

Os julgadores Helenice Gomes, Sérgio Henrique da Silva e Wagner Louza de Oliveira deram nota máxima para escola em fantasias.

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