A fantástica história de amor de Anahí e Abaeté passou pelo Sambódromo do Anhembi em 2024 no desfile da Tom Maior através do enredo “Aysú: Uma história de amor”. A proposta da escola foi fazer uma releitura indígena do mito de Orfeu e Eurídice, usando como inspiração as passagens da clássica tragédia grega para fazer um paralelo com as consequências aos povos originários da chegada dos europeus às Américas. Um desfile tomado pelo sentimento afetivo ilustrado em alegorias imponentes, belas fantasias e um samba considerado pela opinião pública como um dos melhores do ano.

O Site CARNAVALESCO conversou com representantes de diferentes segmentos da Tom para saber suas impressões a respeito do desempenho da Vermelho e Amarelo do Sumaré na Avenida.

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José Soriano, diretor de comunicação, sobre o desfile da escola

“Eu acho que a Tom Maior veio com todo o amor que a gente está preparando durante todos esses meses, todo esse Aysú que a gente veio cantando. O jurado tem uma leitura diferente da nossa, a gente nunca sabe, mas eu acho que a gente brilhou e foi lindo. A arquibancada cantou com a gente e recebemos todo esse carinho de volta. Eu sou suspeito pra falar, mas eu acho que o destaque nosso é o conjunto alegórico, que estava bem bonito e bem explícitos os momentos do enredo. Era uma leitura do samba, por exemplo, então você conseguia enxergar tudo a todo momento, e agora vamos esperar. A gente não sabe o resultado, mas a gente sabe que a gente entregou o melhor do que a gente estava programando e trabalhando.”

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Gilsinho, intérprete, sobre o desempenho do samba

“O samba rendeu o que a gente queria que ele realmente rendesse. A escola toda cantou, por onde a gente passou a arquibancada cantou junto, fizeram festa, bateram palma. Foi maravilhoso, e a gente está feliz com o rendimento da escola em gera. Nossa bateria foi espetacular, nossa comunidade cantando muito, a escola estava feliz. Acho que o ponto alto hoje foi a própria escola em si. A escola estava muito focada no que estava fazendo, estava todo mundo muito feliz com o que estava acontecendo, cantando muito bem, e isso foi o mais importante. Foi tudo tranquilo, o som estava maravilhoso e única dificuldade é que eu não podia beber uma cervejinha no meio do desfile, só no final.”

Flávio Campello, carnavalesco, sobre o desfile da escola

“É um desfile que me deixou sem palavras. Eu acho que a comunidade abraçou a ideia do enredo. A gente passou aqui com aquela sensação de dever cumprido. Agora está nas mãos dos jurados definir o nosso destino na terça-feira, e a gente torce para que a gente consiga trazer essa taça para o pessoal da comunidade que há 50 anos luta por isso. Eu acho que o carro que mais impactou nesse desfile foi o carro três, que é o carro do abismo da saudade. Eu passei perto dele ali no momento do desfile e vi que a galera pirou com essa alegoria, acho que é um pouco do que a galera de Parintins é capaz de fazer. Essa alegoria traduz um pouco do que a cultura parintinense é capaz de fazer no carnaval de São Paulo e no carnaval do Brasil.”

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Mestre Carlão, presidente e mestre da bateria “Tom 30” sobre o desfile da escola

“Eu gostei. Vi aqui da dispersão, mas achei que a escola veio bem tanto de alegoria, de fantasias, estava cantando, o samba também é um dos melhores do ano, então acho que tem tudo para brigar lá em cima de novo. Não dá pra apontar um só destaque. Eu acho que o bom da Tom Maior é o conjunto, e todo mundo, graças a Deus, fez a sua parte. Fizemos um grande desfile e estou muito feliz, tranquilo.”