Não é apenas na Passarela do Samba que as agremiações buscam a nota 10. No que diz respeito à sustentabilidade, o evento já saiu vitorioso. Desenvolvido pelo Rio Carnaval para aprimorar a gestão de resíduos e colaborar com a Agenda 2030 da ONU, o projeto “Quem Samba Recicla” recolheu mais de 41 toneladas de materiais que iriam para o lixo durante os desfiles deste ano na Marquês de Sapucaí. Com a iniciativa, elementos como alumínio, plástico, tecidos e vidro serão agora transformados em roupas, copos, acessórios e peças de artesanato, além de atender a construção civil.

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Foto: Divulgação/Rio Carnaval

O programa recolheu mais de 10 toneladas de alumínio, ultrapassando a quantidade reciclada no ano passado, que garantiu ao evento um lugar no Livro dos Recordes. Além disso, foram mais de 24 toneladas de resíduos têxteis, como restos de fantasias, 4.200 kg de plástico e 2.645 kg de vidro, que foram triturados na hora e transformados em areia.

“O Rio Carnaval é um patrimônio cultural, um local de alegria, diversão e também uma fonte de renda para milhares de trabalhadores. Por isso, é nosso dever estarmos alinhados às práticas sustentáveis, ajudando a preservar o meio ambiente e perpetuando, assim, o espetáculo por muitos anos”, destacou o diretor de Marketing da Liesa, Gabriel David.

Além da gestão de resíduos, a iniciativa também conta com o projeto social “Desconstruir para Construir”, onde mulheres em situação de vulnerabilidade social aprendem uma nova profissão enquanto são orientadas na desconstrução de atitudes tóxicas que vivenciam no dia a dia. Elas foram as responsáveis pela produção de novas peças de roupas, criadas a partir de sobras de tecidos, colocadas à venda nas lojas oficiais do Sambódromo.

O “Quem Samba Recicla” é um plano do Rio Carnaval, com patrocínio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), o apoio institucional da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), e o apoio operacional da Facilitydoc, FacilityESG e Lerato Social.