InícioGrupo EspecialGuanayra Firmino fala sobre mudanças na quadra da Mangueira: 'Sempre em manutenção'

Guanayra Firmino fala sobre mudanças na quadra da Mangueira: ‘Sempre em manutenção’

Palácio do Samba passou por melhorias estruturais e ganhou uma nova identidade visual

A quadra da Estação Primeira de Mangueira está de cara nova. O Palácio do Samba passou por um processo de conservação e ganhou uma nova identidade visual, mais verde e rosa do que nunca. O espaço recebeu uma série de melhorias estruturais para trazer mais conforto aos seus frequentadores, além de ter sido todo redecorado com base na nova marca da escola. Tal iniciativa faz parte das comemorações pelos 95 anos de existência da instituição. Em entrevista concedida para a reportagem do site CARNAVALESCO, a presidente da agremiação, Guanayra Firmino, comentou sobre as intervenções que foram realizadas no local e a estética adotada.

“Na verdade, eu não chamo o que a gente fez de reforma. A Mangueira está sempre em manutenção e, para mim, foi exatamente isso que fizemos. Quanto ao projeto, ele é totalmente nosso. Nós pensamos nele, procuramos um arquiteto e apresentamos as ideias. Quem ficou à frente foi a Rafaela Bastos, que é a vice-presidente de projetos especiais da escola. Eu falava com ela, que falava com a arquiteta. Dessa forma, aprovamos o projeto, que foi todo feito dentro da marca nova. A partir daí, planejamos tudo antes do carnaval de 2023 e avisamos aos segmentos que a quadra ficaria fechada de maio até agosto. Esse calendário foi cumprido e o resultado ficou maravilhoso. Estou encantada com o que a gente já conseguiu fazer, apesar de querermos fazer mais um pouco”, declarou Guanayra.

Entre as novidades, o chão da quadra mangueirense foi estampado com a imagem do pavilhão da escola, no mesmo grafismo presente na bandeira. Além disso, foram criados espaços instagramáveis para que sambistas e turistas em geral façam seus registros. Os sambas históricos também não ficaram de fora e tiveram alguns dos seus versos reverenciados ao serem pintados nas paredes do local. A lista de obras homenageadas inclui “Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oyá” (2016) e “História para ninar gente grande” (2019), que embalaram os dois títulos mais recentes da verde e rosa.

“O que mais aparece é o chão, o piso, a mudança do design que agora nós seguimos a bandeira. Porém, para mim, mais importante do que isso, talvez, tenham sido as mudanças que nós fizemos e que ninguém vê. Um exemplo foi a reforma dos banheiros, principalmente o masculino. Ele tinha graves problemas estruturais. Há anos, a gente vinha ali fazendo um paliativo. O auditório também tinha um problema sério no teto. Nós rebaixamos, além de recolocarmos os aparelhos de ar condicionado. Mais um exemplo foi o centro de memória, que sofria com uma questão no piso. Este, no entanto, nem reabrimos ao público ainda. Enfim, essa parte que nos incomodava e que as pessoas geralmente não veem é o que destaco”, relatou a presidente.

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No bate-papo com a reportagem do site CARNAVALESCO, Guanayra Firmino falou também sobre os planos de expandir a marca da Estação Primeira de Mangueira de outras formas e para mais lugares. A dirigente comentou a importância de firmar parceria com grandes empresas, seja em ações pontuais ou a longo prazo.

“A gente está sempre pensando além, querendo mais. Atualmente, temos três lojas oficiais da Mangueira, sendo uma no Shopping Nova América, outra na quadra e a virtual. Temos a intenção de expandir isso e estamos buscando parceiros em outros bairros, cidades. Nossa intenção é reafirmar cada dia mais a marca. Um bom exemplo disso foi a parceria com a Líder Magazine, na qual próximo ao Carnaval tivemos uma vitrine lá. Outro exemplo é a parceria que mantemos com o Brownie do Luiz. Temos também um acordo em andamento com a Havaianas, que a ideia é culminar em 2024, mas já no desfile passado eles calçaram toda a nossa bateria com as alpargatas. Posso garantir que temos muita ideia, mas muita coisa não posso revelar”, pontuou.

Ainda na conversa, a presidente mangueirense destacou a necessidade de se trabalhar e investir nos ativos que a escola de samba, no caso a Estação Primeira, oferece. Guanayra Firmino respondeu sobre os desafios de atrair os mais diferentes públicos para frequentar e consumir as agremiações, seus eventos e produtos.

“A Mangueira é uma escola de tradição. Para mim, a maior instituição cultural desse país. Então, cuidar da Mangueira, do nome, da marca, é obrigação de quem passa pela presidência e também de quem não está, mas é seguimento, é torcedor. É nossa obrigação cuidar da Mangueira. E sobre projetar a instituição para fora da bolha carnavalesca, a Mangueira já é frequentada por várias tribos. Nós já recebemos aqui, em uma determinada época, um grupo de seminaristas na nossa feijoada. Eles quiseram vir e abrimos as portas para eles. Ou seja, são pessoas das mais variadas vertentes que querem conhecer não só o samba, mas a cultura de uma maneira ampla. No caso dos seminaristas, eles não tinham interesse em sambar na Avenida, mas vieram em busca da história, da riqueza cultural que temos aqui”, afirmou a dirigente.

Em 2024, a Mangueira levará para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí o enredo “A negra voz do amanhã”, que fará um tributo para cantora Alcione. Essa homenagem terá a assinatura da dupla de carnavalescos formada por Guilherme Estevão e Annik Salmon, que irão para o segundo ano consecutivo na agremiação. A Estação Primeira será a quarta escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, dia 12 de fevereiro, pelo Grupo Especial.

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