A Força Jovem Vasco foi a sexta agremiação a desfilar neste segundo dia de desfiles da Série Prata, na Estrada Intendente Magalhães. A agremiação cruzmaltina levou para a avenida o enredo “São Januário: A força de um povo”. Em meio ao caos causado pela falta de fantasias e pelas alegorias inacabadas, o canto forte da comunidade foi o destaque positivo.
Comissão de frente
Sob o comando do coreógrafo Vinícius Rodrigues, dez bailarinos representaram malandros e cabrochas. A comissão de frente retratou uma atmosfera de luxo e sedução na cidade do Rio de Janeiro durante os anos 1930. A apresentação foi bem sincronizada.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal Robson Sensação e Ana Paula optou por uma dança com o bailado tradicional. Apesar dos lindos giros da porta-bandeira, a falta de sincronia do mestre-sala foi destaque: no primeiro módulo, ele demorou para pegar a bandeira. Já no terceiro módulo, não pegou o pavilhão e esqueceu de tocar a mão de Ana Paula.
Enredo
Ligada à principal torcida organizada do Vasco da Gama, a escola de samba levou para a Intendente Magalhães o enredo “São Januário: A força de um povo”, do carnavalesco Rodrigo Almeida. Fundado em 1927 com apoio financeiro da própria torcida, o estádio é um símbolo de força e resistência para os vascaínos. Ao longo da história, ele já sediou desfiles de Carnaval e foi palco de marcos na política social e trabalhista do país. A proposta do enredo foi destacar a importância de São Januário desde a sua fundação até os dias atuais.
Alegorias
Ao todo, a Força Jovem Vasco levou para a Intendente Magalhães três alegorias. Nenhuma delas – ao menos na execução – fizeram menção direta ao estádio. No abre-alas, a escultura de duas caveiras, além de uma caravela, faziam alusão ao mar atravessado por Vasco da Gama. Já o segundo carro alegórico, batizado de “A Sala de Troféus”, representaria, na teoria, a gloriosa sala de troféus do clube. Na prática, aparentava estar inacabado.
Fantasias
Um dos principais problemas do desfile. Baianas, passistas e até os ritmistas desfilaram sem fantasias. Como resultado, dezenas de componentes utilizaram roupas comuns – alguns optaram pela camisa do time. Conforme apurado pelo site Carnavalesco, as fantasias não foram entregues a tempo. Já as alas que desfilaram com a vestimenta adequada, pareciam divergir da proposta do enredo, com pouquíssimas menções diretas ao estádio. Para fazer jus, destaque para a indumentária do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira – totalmente ao oposto do restante da escola, o ótimo acabamento e luxuosidade foram destaques.
Harmonia
Um dos pontos positivos da agremiação. O carro de som, comandado pelos intérpretes Serginho do Porto e Dudah, mostrou garra e levantou os componentes. O canto da comunidade foi forte ao longo de todo o desfile e os torcedores que acompanharam nas arquibancadas também abraçaram o samba-enredo.
Samba-enredo
A obra é de autoria dos compositores Serginho do Porto, Serginho Castro, Diego Nascimento, Telmo Augusto, Orlando Ambrósio, Denis Moraes, Washington Motta, Marquinho Bombeiro, Rafael Gonçalves, Leo Berê, Júlio FreidSil, Filipe Zizou e Pedro Silva. O samba-enredo aparentava ser um apanhado de músicas da torcida vascaína, o que facilitou o bom rendimento ao longo da avenida. O ápice entre os componentes ocorria no refrão “Sou eu, sou eu, o Gigante da Colina”.
Evolução
A escola também sofreu com o baixo quantitativo de componentes em algumas alas. No início do desfile, destaques atrasados só subiram quando a alegoria já estava na avenida. Apesar disso, a comunidade brincou carnaval e superou as adversidades com muita alegria. Os cronômetros foram encerrados aos 40 minutos.
Outros destaques
Destaque para a bateria cruzmaltina, que superou, com muita cadência e sorriso no rosto, a falta de fantasias.