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Energia surreal! Após três dias do último ensaio técnico, Tatuapé evolui ainda mais no canto em novo treino no Anhembi

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins

Em um curto intervalo de tempo, o Acadêmicos do Tatuapé voltou a ensaiar no Anhembi. A escola havia realizado o seu primeiro treino na última quinta-feira, três dias antes. Naquela oportunidade, o destaque foi o canto. Agora, isso se mantém, e até melhorou. A harmonia da agremiação da Zona Leste está em outro patamar. Não tem mais para onde crescer. Todos cantam forte em sinergia, juntos nos apagões e tem empolgação do início ao fim. Não é de agora, mas talvez o canto atingiu o ápice. O contingente é grande, e o que resta é colocar em prática no desfile. No ensaio deste último domingo, novidades como o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego e Jussara tiveram destaques em desempenho.

“A gente conversou aqui logo depois que terminou o nosso ensaio de quinta-feira e me foi perguntado o porquê dessa preferência de fazer os ensaios técnicos mais próximos do desfile. A nossa avaliação é que quinta-feira foi muito bom, mas ainda havia alguns ajustes a se fazer. Hoje eu tenho certeza absoluta que o nosso desfile foi ainda melhor do que o de quinta-feira. Eu tenho certeza que dia 9 nós vamos fazer melhor que tudo isso junto. Se Deus quiser vamos fazer o melhor desfile da nossa história, como a gente quer a cada ano”, comentou o presidente Eduardo Santos.

“Uma Joia da Bahia – Símbolo de Preservação! Entre Contos e Sabores, Viva a Mata de São João!” é o enredo do Tatuapé, sob assinatura do carnavalesco Wagner Santos.

Comissão de frente

Os bailarinos repetiram os movimentos realizados na última quinta-feira. Talvez a coreografia esteja concretizada, apenas o ensaio deste domingo foi para corrigir detalhes. Desta vez os componentes estavam vestidos com roupas de verão, tipicamente da Bahia. O elemento alegórico também foi usado da mesma forma.

A apresentação tinha capoeira, figura principal, entre outras danças. Tudo se encerrava em uma pose de estátua, cujo a maioria dos integrantes da comissão iam para o elemento alegórico e cada um fazia uma pose.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O ‘casal foguinho’ Diego e Jussara, teve uma apresentação diferente da última quinta-feira. Aparentemente a estratégia do dia 25 era reconhecer o terreno junto à comunidade, para assim, no segundo ensaio, realiza-lo por completo. Na outra oportunidade, a dupla foi bailando estendendo o pavilhão por toda a pista, sendo raras às vezes de arriscar. Entretanto, neste domingo, observou-se alto sincronismo da dupla em todos os módulos, sobretudo quando se fala em realização de coreografias e finalizações de movimentos.

“Estamos felizes hoje. Já viemos bem no primeiro, e hoje foi para cravar para o grande dia. Viemos muito bem hoje, graças a Deus. Tudo que nós planejamos, que nós ensaiamos bastante para colocar em prática aqui, deu tudo certo. Como eu sempre falo, nós somos perfeccionistas, e a gente tem duas semanas para deixar mais certo ainda. Vai ter ensaio atrás de ensaio ainda para chegar no grande dia e representar com muita garra e muita honra a comunidade do Tatuapé. Essa comunidade é merecedora, não é à toa que eles entram na Avenida e dão o sangue, dão a alma pela escola. Dá para escutar de longe a escola cantando porque todo mundo aqui tem vontade de vencer. Sem desmerecer ninguém, mas quem entra na pista é para tentar buscar o título. Ninguém entra na pista para brincar”, disse o mestre-sala.

“Foi muito bom. É isso que o Diego falou, a gente veio muito bem no primeiro. O segundo já deu para gente completar o que a gente achou que faltou no primeiro, e daqui para frente, até o dia nove, a gente irá ensaiar. Vamos buscar essa nota para nossa escola”, completou a porta-bandeira.

Harmonia

Os adjetivos para enaltecer o canto da comunidade do Tatuapé são os melhores possíveis. É uma escola avassaladora quando se trata disso. Transmitem uma energia incrível e dá para sentir uma potência nas vozes quase no nível das caixas de som no ápice da melodia, como no refrão principal “Ê baiana..”. A análise de quinta-feira dizia que a harmonia deu um espetáculo. Então, agora, dá para concluir que foi uma catarse. Excessivamente todas as alas se dedicaram do início ao fim. O trabalho dos presidentes, principalmente de Edu Sambista, que é responsável pela harmonia da escola deve ser louvado.

O presidente Eduardo Santos agradeceu a comunidade por todo o empenho da comunidade. “Hoje foi uma energia maravilhosa, todo mundo se dedicando e se entregando como sempre. Esse coletivo que a gente tem de componentes é um negócio muito sério e contagiante. É a parte mais importante da nossa escola. É o nosso maior patrimônio e eu tenho que agradecer do fundo do coração todo o carinho deles pela escola. Essas duas últimas semanas foram exaustivas. Ensaiamos na rua, quadra e Anhembi. Ontem tivemos ensaio de quadra, hoje aqui e terça novamente lá na sede. Mas vemos uma escola que vibra, canta e se empenha demais. Só tenho que agradecer a todos eles”, declarou.

Evolução

O Tatuapé se mostrou uma escola compacta neste ensaio. As alas enfileiradas se movimentavam adequadamente dentro do samba, de um lado para o outro e todos respeitavam as marcações de alegorias. Os harmonias instruíam os desfilantes a darem o máximo o tempo todo. É óbvio que todos correspondiam, pois a sinergia estava em alta.

O samba não tem coreografia e isso permitiu que a comunidade se soltasse mais entre as suas alas. Também foi analisado na última quinta que houve um certo espaçamento (não foi buraco, mas poderia virar) entre o tripé da comissão e o casal de mestre-sala e porta-bandeira. Porém, isso não foi visto mais.

Samba-enredo

Se o canto da comunidade é forte, a ala musical liderada pelo intérprete Celsinho Mody tem participação fundamental nisso. Os arranjos, os espaços dados aos apoios, vozes femininas e demais fatos, fazem com que o samba vá lá para cima. É um carro de som diferenciado. Em coletivo, pode-se dizer que é o melhor do carnaval paulistano. Vale destacar o astral que eles têm. Todos dançando entre si em uma energia renovada.

“Rolou bastante. A gente queria fazer um ajuste maior no som. Já estava bom, mas a gente conseguiria ser melhor. Aí melhoramos para esse com a ajuda de um técnico de som que nós temos que é muito bom, chamado Gustavo. Eu gostei muito, a ala musical está muito entrosada, estamos desde julho ensaiando e gravando samba. A gente está apresentando um arranjo novo na avenida, que há muito anos não trazia, que é o canto das pastoras, valorizando ainda mais as vozes das mulheres. Eu estou muito feliz com o resultado e agora é crescer ainda mais para o desfile e também contar com a mão de Deus, que joga aquela purpurina, fica tudo mágico e vamos buscar esse campeonato”, declarou o intérprete Celsinho Mody.

Outros destaques

A bateria “Qualidade Especial”, de mestre Léo Cupim, soltou bossas e apagões. Tudo realizado com êxito. O mestre Léo Cupim falou sobre o ensaio. “Creio que a gente vem mantendo uma média de ensaios. Tanto os ensaios de rua quanto os dois técnicos foram bons ensaios, tanto para a bateria quanto para a escola no geral. Creio que a gente chega forte para sexta-feira”, avaliou.

O músico contou da ansiedade que está sentindo pela estreia na avenida com a comunidade da Zona Leste. “A ansiedade é grande. O frio na barriga já vem de alguns dias, principalmente depois da virada do ano, mas eu estou confiante. A bateria está vindo em um desempenho bom de ensaios, aquilo que a gente vai conseguir trazer a nota para a escola, que é o que a gente precisa”, concluiu.

Muriel Quixaba, Janaína Prazeres, Talita Guastelli e Carmen Reis estiveram à frente da “Qualidade Especial”. Se o canto foi forte, as baianas também participaram disso, com muita alegria.

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