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Emoção e conexão com a matriz africana marcam a homenagem da Santa Cruz ao ator Milton Gonçalves

A Acadêmicos de Santa Cruz uniu toda a força da comunidade da Zona Oeste para homenagear a vida e obra do ator Milton Gonçalves, no enredo “Axé, Milton Gonçalves! No catupé da Santa Cruz”, desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho. Além da indiscutível relevância da estrela na história do teatro e do audiovisual brasileiro, a Santa Cruz procurou mostrar a origem do ator, das lembranças de sua cidade natal Monte Santo, em Minas Gerais, além dos personagens e trabalhos marcantes.

Por estar em recuperação de um AVC, ocorrido em fevereiro de 2020, o ator não conseguiu estar presente na homenagem. A família fez questão de pisar na Marquês de Sapucaí e explicou que nesse momento pós AVC, o ator precisa se poupar de esforços físicos excessivos. A designer Aida Gonçalves, filha do meio do ator ressaltou as características do ator que mais admira e que gostaria que estivessem presentes no desfile, como o gosto pelo conhecimento e a simplicidade.

“Existe um aspectos que a gente recebeu na nossa educação que é a simplicidade que ele levava a vida. Ele era o cara que estava desde a feijoada do Salgueiro até fazendo compras para casa. Esse aspecto é muito bonito. Fomos criados sobre essa égide da simplicidade. Nós tínhamos todas as enciclopédias, os livros e discos viviam espalhados pela casa. Estamos muito felizes. Hoje meu coração é metade Mangueira e metade Santa Cruz”, relatou a mangueirense.

Ligado a religião de matriz africana, os orixás e mitos aspectos da cultura de matriz africana são traços transversais da homenagem da Santa Cruz. A família acredita que esta abordagem do enredo se conecta muito com a personalidade de Milton, na perspectiva de transmitir um conhecimento novo para o público que desconhece a Umbanda e o Candomblé.

“Meu pai foi fazer segundo grau já com filhos e depois foi fazer faculdade. Meu Pai sempre transmitiu para gente a importância do conhecimento acima e tudo. E acho que um conhecimento que o público vai ter acesso hoje. A escola vem com um recorte afrodescendente muito bonito. Talvez as pessoas não entendam alguma palavra, alguma coisinha, mas a emoção que a gente está sentindo, esse legado, mais que a palavra em si vai ser transmitida”, explicou Maurício Gonçalves, filho de Milton, ator e roteirista.

Sem a presença do grande homenageado, os familiares optaram por desfilar na cabeça da escola, no setor que ilustra justamente as raízes ancestrais e da infância do ator.

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