A apresentação da Bateria Medalha de Ouro de Mestre Chuvisco foi muito boa. A boa afinação de surdos foi notada. As caixas de guerra tradicionalmente carregadas pelo braço, sem uso de talabarte, serviram de base rítmica para as demais peças com seu toque característico. O acompanhamento acima da média das peças leves preencheu o conteúdo rítmico com exatidão e qualidade. Os agogôs pontuaram melodicamente o samba.

O toque do naipe de chocalhos casou com a ala de tamborins, que executou a convenção rítmica repaginada do Carnaval de 1995, contribuindo de modo efetivo com a sonoridade da bateria da Estácio. As paradinhas estacianas uniram complexidade de execução, ótima concepção musical, bem como movimentos interativos que receberam ovação popular durante o desfile.

O destaque como arranjo musical ficou com a paradinha do refrão do meio, que no início da segunda fez as caixas tocarem no ritmo da tradicional Charanga Rubro Negra, adequando sua proposta sonora ao enredo da Estácio. As bossas foram bem executadas nos julgadores, ampliando a sensação de grande trabalho efetuado por Mestre Chuvisco e os ritmistas da escola do morro do São Carlos. Um autêntico sacode da bateria da Estácio de Sá.

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