O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, esteve reunido na quarta-feira com secretários e lideranças dos diversos setores econômicos da cidade, e apresentou medidas de proteção à vida para o enfrentamento à Covid-19, de acordo com os níveis de alerta da doença nas regiões administrativas. Ele respondeu o questionamento dos jornalistas sobre o possível carnaval em julho de 2021.

“Ninguém é mais triste do que eu em não ter carnaval agora. Adoraria que tivesse agora, em julho de novo, depois fevereiro e julho de 22 novamente. Em fevereiro de 2021 não será de jeito nenhum, não há hipótese. Vamos observar como avança a Covid-19 e caminha a vacinação. Se tivermos condições sanitárias para tal acontecerá. Vamos esperar. Estamos muito otimistas que possa ter em julho de 2021”, afirmou Paes, que não falou se na cidade do Rio de Janeiro o carnaval em fevereiro será feriado, ponto facultativo ou dia normal. * LEIA AQUI: Agora é lei! Governador do Rio sanciona calendário oficial do Estado com carnaval fora de época em julho

As medidas da Prefeitura do Ro foram divididas em três categorias: permanentes, variáveis e recomendáveis. As permanentes baseiam-se nos três pilares de proteção: higienização das mãos, respeito ao distanciamento e uso de máscara. Trata-se de iniciativas básicas para o enfrentamento à pandemia e que deverão continuar sendo respeitadas por toda a população. * LEIA AQUI: Bolsonaro diz que vai manter feriado de carnaval em 2021, mas governo federal já decretou ponto facultativo

Eduardo Paes sobre o carnaval: 'Vamos esperar como caminha a vacinação; estamos muito otimistas que possa ter em julho'
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, secretários e representantes de setores econômicos. Beth Santos / Prefeitura do Rio

As ações variáveis serão proporcionais aos estágios estabelecidos pelo Centro de Operações e Emergências – COE Covid-19, a partir do boletim epidemiológico que será divulgado semanalmente. Cada uma das 33 regiões administrativas da cidade deverá seguir as medidas de acordo com o nível de alerta respectivo à área. São três estágios de risco: moderado, alto ou muito alto.

Confira alguns exemplos de medidas variáveis para estabelecimentos:

** Supermercado, mercado, mercearia, padaria, açougue, peixaria, laticínios, hortifrutigranjeiro, quitanda e congêneres.

Risco moderado:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes

Risco alto:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes
– Limitação de clientes: 2/3 da capacidade interna do estabelecimento
– Priorização do serviço de entrega em domicílio ou retirada na loja
– Ampliação do horário de funcionamento

Risco muito alto:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes.
– Limitação de clientes: 1/2 da capacidade interna do estabelecimento
– Priorização do serviço de entrega em domicílio ou retirada na loja
– Vedado o consumo de alimentos e bebidas no local
– Obrigatoriedade de ampliação do horário de funcionamento

** Farmácias, drogarias, comércio de produtos de interesse à saúde, veterinários e agropecuários, serviços de locação de equipamentos médicos e congêneres

Risco moderado
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes

Risco alto:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes
– Limitação de clientes: 2/3 da capacidade interna do estabelecimento
– Priorização do serviço de entrega em domicílio ou retirada na loja
– Ampliação do horário de funcionamento

Risco muito alto:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes.
– Limitação de clientes: 1/2 da capacidade interna do estabelecimento
– Priorização do serviço de entrega em domicílio ou retirada na loja
– Obrigatoriedade de ampliação do horário de funcionamento

** Estabelecimentos bancários e lotéricos

Risco moderado
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes

Risco alto:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes
– Limitação de clientes: 2/3 da capacidade interna do estabelecimento
– Ampliação do horário de funcionamento

Risco muito alto:
– Podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes
– Limitação de clientes: 1/2 da capacidade interna do estabelecimento
– Ampliação do horário de funcionamento
– Avaliar a possibilidade de funcionar aos finais de semana

A relação completa de todos os tipos de estabelecimentos está na resolução.

MEDIDAS PERMANENTES

– Lavagem das mãos com água e sabonete líquido, preferencialmente, ou antissepsia das mãos com álcool 70%;

– Uso coreto de máscara facial em qualquer ambiente de uso coletivo ou compartilhado, somente retirando-se temporariamente em situações de absoluta necessidade ou em locais abertos aonde se garanta distância superior a 4,0 m;

– Distanciamento social de 2,0 m; ou 1,0 m com mitigação de risco;

– Manutenção dos ambientes arejados, preferencialmente com janelas e portas abertas e sistemas de ar-condicionado com manutenção e controle em dia;

– Manutenção das superfícies de contato sanitizadas em álcool 70% ou equivalente;

Medidas permanentes (Para estabelecimentos e as atividades)

– Controle de acesso de dependências dos ambientes de uso coletivos, visando atender ao distanciamento social ou à capacidade de lotação estabelecida;

– Disponibilização de equipamentos de proteção individual para os funcionários que lidam diretamente com o público e para aqueles que operem as ações de limpeza e higienização, de acordo com atividade exercida;

– Fornecimento de álcool 70% para antissepsia das mãos de clientes e colaboradores, no momento de acesso e durante toda a permanência em suas dependências;

– Divulgação, em pontos estratégicos, de materiais educativos e de outros meios de informação sobre as medidas de proteção à vida;

MEDIDAS RECOMENDÁVEIS

Aos indivíduos com mais de 60 anos ou que apresentem pelo menos uma das condições que os coloquem em situação de extrema vulnerabilidade para complicações decorrentes da Covid-19, recomenda-se que:

– Evitem ao máximo exposição desnecessária;

– Evitem ao máximo o convívio com pessoas estranhas ao ambiente doméstico e a proximidade com pessoas do convívio cotidiano que circulam por ambientes externos;

– Adotem as medidas permanentes MÃOS, ROSTO e DISTANCIAMENTO todo o tempo, em se tratando de domicílios de uso compartilhado;

Recomenda-se que todos evitem exposição desnecessária independente de faixa etária e/ou condição clínica e priorize atividades ao ar livre mantendo distanciamento social;

É recomendável às empresas, sempre que possível, a adoção de regime de teletrabalho para os seus colaboradores, afastando-os de suas atividades laborais presenciais nas dependências do estabelecimento. Nos casos de profissionais acima de 60 anos de idade e pessoas de extrema vulnerabilidade é fortemente recomendado o teletrabalho;

É recomendável, desde que viável, o deslocamento pela cidade a pé ou, observados os requisitos indispensáveis de segurança, utilizando-se qualquer meio de propulsão humana (bicicletas, patinetes, patins, etc.), como medida para evitar aglomerações no transporte público;

É recomendável que cada cidadão adote o comportamento esperado para o nível de alerta correspondente ao seu local de moradia, independentemente do bairro da Cidade para onde venha a se deslocar ou exercer qualquer atividade;

Os serviços de saúde irão monitorar, através do rastreamento de contatos, comportamentos inadequados que coloquem em risco o coletivo;

Todos os empregadores deverão estimular que os funcionários realizem a autonotificação via aplicativo da Prefeitura da Cidade Rio de Janeiro, em caso de sintomas respiratórios;

Os empregadores também devem estimular e garantir o autoisolamento dos casos suspeitos de Covid-19;

Deve ser aplicado o conceito de blindagem em maiores de 60 anos de idade e pessoas em condições que as coloquem em situação de extrema vulnerabilidade;

A Vigilância em Saúde poderá recomendar ações de bloqueio e fechamento de estabelecimentos em casos de verificação de surtos localizados.

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