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Dragões escolhe samba da parceria de Adnet e aguarda liberação do poder público para fazer evento na quadra

Prefeito Bruno Covas anunciou que trabalha com a possibilidade da cidade entrar na fase verde até dia 10 de outubro, que é uma retomada das atividades com critérios menos rigorosos

A Dragões da Real definiu o samba da parceria de Thiago SP, Léo do Cavaco, Renne Campos, Marcelo Adnet, Darlan Alves, Rodrigo Atração, Alemão do Pandeiro, Wanderley Monteiro, Paulo Senna, André Carvalho e Tigrão. Os dois sambas finalistas, das parcerias 3 e 14, agradaram bastante a comunidade, principalmente, ao analisar as redes sociais dias antes do evento. O samba 3, interpretado por Igor Sorriso e que se consagrou campeão, carrega uma característica vibrante presente na agremiação. A obra tem uma forma de construção que facilita o entendimento somado a uma linha de raciocínio poética. A melodia do segundo refrão proporciona uma quebra positiva para o contexto do samba.

Um dos compositores, Darlan Alves, explica que pensou em escrever um samba alegre e revela que até a escolha da tonalidade foi pensada para confortar o componente.

“Quando fomos compor o samba, nós pensamos em fazer o que a Dragões já vinha apresentando nos seus sambas, é uma escola muito alegre. Só que o tema tem uma linha sobre o momento que a gente vem vivendo, e foi até uma questão nossa, ‘como vamos falar do fator emocional sem perder a alegria?’. Optamos por uma linha de samba maior e uma melodia mais trabalhada. Pensamos em tom também, que seja agradável para o componente cantar, não muito alto. Deixamos um samba linear, mas sem perder a pegada”, disse.

Já o samba 14, que foi interpretado pelo Gilsinho, chamou a atenção pela modernidade e ousadia na forma da construção. Um exemplo é o segundo refrão, que trabalha o presente e o futuro da situação que o enredo aborda, com uma rima objetiva e melodia forte. Trecho muito bem aproveitado pelo time de palco durante a apresentação. Os compositores colecionam disputas, e sempre com características modernas na letra. Cacá Camargo, que participou da composição, explica que postura visa de fato a inovação.

“A gente tem isso como identidade, nós gostamos de escrever assim. Percebemos que se a gente não fizesse algo diferente, não seríamos notados, iríamos entrar no bolo ‘mais do mesmo’. A gente veio lá de baixo, fomos chegando, conseguimos chegar em algumas finais, ganhamos algumas vezes, e isso porque temos essa visão de pensar fora da caixa”, afirmou.

A final foi realizada em formato drive-in e transmitida por live na página do Facebook. A escola optou por utilizar um ambiente externo, ao lado da quadra da co-irmã Águia de Ouro. Cerca de 102 vagas foram separadas para receber o público. A estrutura favoreceu uma grande parcela do público, que conseguiu assistir o show com nitidez. Para os mais distantes, uma estação de rádio transmitia o som do palco.

O intérprete Renê Sobral explicou motivos da mudança: “A gente fez shows na nossa quadra, mas ela é pequena. Aqui na arena cabe mais carros, a energia é maior. Como é uma final de samba-enredo, teria que ser algo diferente e importante, como essa data”.

Por conta do drive-in, a percepção do samba que mais agradou a comunidade ficou mais difícil. Sabendo disso, a diretoria dispôs dois números de Whatsapp nas redes sociais, cada um para receber o voto de um samba específico. Bastava mandar a imagem da carteirinha que o voto era computado. O aplicativo foi utilizado também para receber pedidos e agilizar o atendimento durante a final.

O presidente da agremiação, Renato Remondini, comentou que mudanças causam incertezas, mas assegurou boa realização do evento.

“Na quadra para gente é muito mais confortável. Quando você vem pro novo, as pessoas precisam se adaptar e mudanças causam medo. Mas pelo que estou vendo, o nosso pessoal se adaptou, estão curtindo demais”, afirmou.

Um ponto de destaque foi a distribuição de componentes da comissão de frente e os casais em todo o espaço. Eles interagiam e se movimentavam de forma organizada. O coreógrafo da comissão de frente, Ricardo Negreiros, contou sobre a performance.

“A gente fez algo um pouco diferente. Na recepção, fizemos uma pequena interação com as pessoas nos carros, mas tudo muito simples, sem muito contato. O que tentei fazer é trazer eles com figurino diferente pra que o público veja distinções de roupas”.

O evento contou também com a presença do carnavalesco Jorge Silveira.

“Muito feliz em poder estar de volta, eu tenho uma relação muito forte com a Dragões. A escola está tendo muita coragem em iniciar os seus trabalhos e respeitando as condições que nós temos agora. A comunidade está participando e temos fé que vamos passar por tudo isso”, revelou.

Presidente da Dragões pensa em pequenos eventos após flexibilização

O estado de São Paulo adotou fases para flexibilização da quarentena, cada uma é separada por cores. Hoje, a cidade de São Paulo está na fase amarela, 3° etapa entre as cinco. O prefeito Bruno Covas anunciou que trabalha com a possibilidade da cidade entrar na fase verde até dia 10 de outubro, que é uma retomada das atividades com critérios menos rigorosos.

Durante entrevista para o site CARNAVALESCO, o presidente Tomate contou que com a mudança de fase, já começa a pensar em pequenos eventos para a comunidade.

“A gente está vendo que está regredindo o pico da doença, e, se Deus quiser, esperamos já ter a cidade de São Paulo na fase verde. Se entrar, a gente começa a pensar em fazer pequenos eventos dentro da nossa casa para 30%, 40% da capacidade”.

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