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Donos do Ritmo: Juca mantém descontração na Águia de Ouro com quase 3 décadas como mestre

Por Matheus Mattos

Juca é nascido e criado no bairro da Pompéia. Ingressou na Águia de Ouro como ritmista, integrou a ala musical e hoje se mantém como mestre depois de quase três décadas. Mesmo com a responsabilidade de comandar a batucada, Juca também compõe samba-enredo para própria agremiação com certa frequência.

É inegável o respeito em que Juca tem dentro da escola da Zona Norte de São Paulo. É mais notório quando analisamos os seus ritmistas. Dos instrumentos leves até a cozinha, cada um transparece felicidade e orgulho em pertencer à bateria.

“O carnaval é alegria, apesar de todas as responsabilidades de conduzir a escola, temos que fazer tudo com felicidade. Infelizmente, muita coisa engessou, não podemos mais fazer coisas que fazíamos, que era motivo de muita alegria. Acredito que o segredo é respeitar o ritmista, não importa se o cara tem um ou dez anos de casa, todo mundo é igual”, ressalta mestre Juca, e acrescenta: “O líder não é aquele que manda fazer, é aquele que faz junto, e tudo que fazemos na bateria do Águia de Ouro é em conjunto, e, talvez, esse seja o segredo da galera vir com alegria, defendendo o pavilhão”, conclui. (Foto: Felipe Araújo)

A Batucada da Pompéia segue características que se mantém desde a sua fundação. O surdo de primeira é afinado no tom grave, o de segunda é agudo e o surdo de terceira um pouco mais apertado. Os repiques e tamborins são afinados no tom agudo e a caixa no tom mais grave. As bossas usadas na avenida, com os desenhos de terceira e tamborim, são criados junto à equipe de direção de bateria, que em conjunto vão moldando o breque. Um dos diferencias da batucada é a batida de caixa, similar ao que a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel adota, onde se é usada bastante a mão “ruim”.

“Quando a escola foi fundada existia o vinil do mestre André, e também existia a da fantástica bateria da Portela. Na época fazíamos a batucada de beira de campo, e aí resolvemos uniformizar a batida de caixa. Ouvimos o disco do mestre André e começamos a fazer a levada de caixa. Muita gente acha que a escola foi fundada e depois que
bateria da Mocidade de Padre Miguel ficou famosa, copiamos a levada, mas na verdade não foi isso”, diz. Ainda sobre o assunto, Juca afirma: “A padronização das levadas de caixa impede que a gente reconheça a bateria só pelo ouvido, precisamos que o locutor avise
porque fica difícil identificar. A nossa batida é muito importante pra gente, o que caracteriza a bateria da Águia de Ouro é a levada de caixa”, encerra.

Atual campeã do carnaval do Grupo de Acesso, a Águia de Ouro abre a segunda noite de desfiles de São Paulo, no 02/03, às 22h30. O enredo: “Brasil, Eu Quero Falar de Você!”, será desenvolvido pelo conceituado quarteto Laíla, Fran Sérgio, Sérgio Caputto e Beth Trindade.

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