Após oito anos na Intendente de Magalhães, a União de Jacarepaguá está de volta à Marquês de Sapucaí. Devido a esse retorno, a escola atraiu muitos componentes novos, até de fora da cidade, para conhecer a Avenida. Novos ou veteranos, o fato é que os desfilantes estão muito honrados em representar o pavilhão na Avenida.
Cátia Alves, corretora de imóveis de 50 anos, mora em Vila Valqueire, região de Jacarepaguá. Apesar de ser o primeiro ano de Cátia desfilando na escola, para ela foi muito difícil ver a agremiação do seu bairro tantos anos longe da Passarela do Samba.
“Acho que representa não só para a União, como para o nosso carnaval, que é a coisa mais linda do mundo. Representa o nosso país, é a nossa essência. É a escola do meu bairro (…) Foi muito difícil (ver a União de Jacarepaguá anos longe da Avenida). É uma escola muito simpática, com pessoas que são unidas como uma família. Eles merecem estar aqui hoje”, disse Cátia.
Margareth Paulo Cruz, recepcionista de 58 anos, já desfilava na União de Jacarepaguá na Intendente de Magalhães. Depois desses anos todos distante da Passarela do Samba, Margareth sonha em ver a escola no Grupo Especial.
“É um grande prazer ter a União de volta ao grupo que ela merece estar (…) Ano que vem vamos para o Grupo Especial (…) Nós conseguimos, com muita luta e vitória, voltar para a Série Ouro”, expressou Margareth.
Luiz Carlos Lima, vulgo “Boneco”, trabalha com construção civil e tem 66 anos, além disso tem uma ala no Cacique de Ramos. Boneco também está estreando na União de Jacarepaguá. Mesmo sendo a primeira vez desfilando na escola, Luiz Carlos nutria uma simpatia pela agremiação.
“É uma honra muito grande, ela (União de Jacarepaguá) vem nessa luta há vários anos. É o momento certo para ela brigar e se manter na Marquês de Sapucaí (…) É uma luta. Não só ela, como outras grandes escolas que já participaram da Marquês de Sapucaí, estão na briga para voltar também”, explicou Boneco.
Maria de Fátima, professora de história de 65 anos, mora em Vassouras e está desfilando pela primeira vez na Marquês de Sapucaí. Como a União de Jacarepaguá costuma produzir enredos sobre a história da sua cidade, Maria se identificou com o pavilhão.
“Passamos por uma pandemia, e agora estar na Avenida com um enredo bonito, falando sobre os nossos ancestrais (…) Para mim está sendo maravilhoso, é a nossa resistência”, disse Maria de Fátima.