Por Nathália Marsal

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A Acadêmicos do Cubango montou, pelo segundo ano consecutivo, um espetáculo autoexplicativo para seu enredo, sem deixar de lado a grandiosidade do seu desfile. Característica dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, a escola entrou na Avenida com uma leitura fácil, aproximando ainda mais seus integrantes e o público da arquibancada, ganhando assim novos fãs.

“É uma oportunidade de traduzir o que está no caderno que só chega ao júri. Uma mensagem artística, mas que é possível identificar cada parte do enredo”, conta o carnavalesco Gabriel Haddad.

Na segunda alegoria, é possível ver a influência barroca com anjos e guirlandas circundando a baiana de tabuleiro, entendida, segundo o enredo, como símbolo da fé popular. Elementos utilizados para pedir proteção, como as fitas do Bonfim, também estavam no carro.

Em seu primeiro desfile pelo Cubango, Thiago Albuquerque, de 24 anos, destaque no carro dos Romeiros, elogiou o trabalho detalhista dos carnavalescos.

“A leitura que eles trazem é muito fácil. Eles atingiram um requinte máximo para esta proposta. Está tudo muito bonito. Tenho muita admiração por esse trabalho artístico”, diz Thiago, que desfilou na escola com a companhia da irmã Beatriz Albuquerque, de 2 anos.

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Thiago desfilou na terceira alegoria, que levou a força que a “Sala dos Milagres” ou “Sala de Promessas” exerce sobre peregrinos, romeiros e visitantes. Isso é demonstrado com a quantidade intensa de elementos visuais, fazendo uma miscelânea de imagens, memórias e fragmentos de histórias.

Moradora de Niterói, Adriana Batista desfilou pela primeira vez na escola com a fantasia de Igreja da Penha. Ela, que se identificou com o enredo, ficou ainda mais animada ao ver as alegorias e fantasias dos colegas: “Dei uma fugida para dar uma olhada e percebi que está tudo ali e é de fácil compreensão”.

A Acadêmicos do Cubango fechou o desfile com a ala “Criador das Alegorias”, celebrando a capacidade de festejar, mesmo nos tempos de intolerância religiosa.

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