A dançarina e professora de samba Andressa Regina Silva Marinho, ou simplesmente Dedê Marinho, é uma das finalistas do concurso que irá eleger a Rainha do Carnaval de 2024. Representante da Unidos de Padre Miguel, a jovem de 21 anos desfila há mais de uma década pela vermelha e branca da Vila Vintém. Porém, a trajetória dela na folia teve início ainda antes disso, quando foi coroada rainha do carnaval mirim aos quatro anos. Após a classificação para a decisão, o site CARNAVALESCO conversou com a candidata que respondeu uma bateria de perguntas.

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Fotos: Alexandre Macieira e Luciola Villela/Riotur

A grande final da competição irá acontecer no dia 01º de setembro, na Cidade do Samba, e assim como nas outras etapas o evento terá entrada totalmente gratuita. A vencedora, além do título e da coroa, levará para casa um prêmio de R$ 45 mil. Já a segunda e terceira colocadas escolhidas pelo júri e por meio do voto popular serão nomeadas Princesas e irão faturar a quantia de R$ 32.500 cada.

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CARNAVALESCO: O que representa para você estar na final do concurso?

Dedê Marinho: “Representa um misto de de sentimentos. Em um primeiro momento, o que pesa muito é o estresse que a gente passa com a preparação, com o processo, a preocupação com cada desafio. Agora, sendo finalista desse concurso, os sentimentos são de realização e gratidão. E bola para frente me preparar para essa próxima e última fase”.

CARNAVALESCO: Já tem uma ideia de como será sua fantasia para final?

Dedê Marinho: “Ainda não sei como vai ser minha fantasia. Deixei para resolver isso agora, nessas duas semanas entre a semifinal e a final. Mas eu gostaria muito que a minha fantasia representasse a minha escola, o meu Boi Vermelho. A ideia é reinventar esse símbolo do Boi Vermelho da minha escola de alguma forma na fantasia”.

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CARNAVALESCO: Qual foi o melhor momento da disputa até agora e o mais difícil?

Dedê Marinho: “Além da minha melhora no concurso, a experiência que ele está me proporcionando como um todo, as amizades, a visibilidade, são as coisas que mais me marcaram. O cuidado e a união que a gente tem aqui no camarim, nos bastidores, de uma candidata com a outra, com os candidatos a Rei Momo, com a diretoria, isso está sendo mais importante do que tudo, do que todo o restante. Esse carinho que a gente está tendo e o respeito mútuo está sendo realmente de grande valia”.

CARNAVALESCO: Como conseguiu conseguir a rotina do concurso com a vida normal?

Dedê Marinho: “Não vou mentir, está sendo uma grande confusão na minha vida. Eu sou mãe de um menino de onze meses e tenho que conciliar isso com a preparação para o concurso, que é cabelo, é maquiagem, é esteticista, é unha, sobrancelha… São muitos compromissos, é muita preparação e além disso tudo ainda tem a vida de filha, de trabalhadora. Está sendo uma guerra, mas no fim, tudo dá certo e o estresse vale a pena”.

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CARNAVALESCO: O que pretende fazer de preparação até a final?

Dedê Marinho: “Primeiramente, o que vou fazer é descansar, colocar a mente no lugar. Depois, é focar, me concentrar, continuar nas preparações físicas, mentais, ensaiar muito o meu samba no pé, minhas entradas, minhas saídas, sinalizações, minha oratória, gestual, postura. Basicamente é isso, é me preparar, me concentrar e aguardar o grande dia da final”.

CARNAVALESCO: Qual sua opinião sobre os comentários de internet que criticam algumas candidatas que fazem passos marcados e sambam no estilo “tiktok”?

Dedê Marinho: “São comentários desnecessários, porque uma pessoa que realmente para e vê, que quer entender, vai saber que o samba, a dança, a cultura, a arte, a técnica, são vertentes que andam lado a lado e que estão em constante processo de modificação. Não tem como criminalizar uma dança ou então um jeito de dançar, isso é da personalidade, da identidade de cada um. Acho que tudo está unido e tudo fala, conversa muito bem”.

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CARNAVALESCO: Se ganhar, o que fará com o prêmio de R$ 45 mil?

Dedê Marinho: “É uma confusão ainda na minha mente, mas de começo eu já posso dizer que quero investir muito na vida do meu filho. Também quero investir na minha vida pessoal, profissional e ajudar minha família. Acho que esse é o básico, temos que valorizar quem está com a gente desde o início, quem está com a gente no dia a dia. Então, nada mais justo do que receber esse prêmio e pensar em gastar de uma forma que reflita no nosso bem, no nosso meio familiar, na nossa união e na nossa felicidade”.