InícioGrupo EspecialComponentes da Mangueira comentam sobre as faces do Jesus verde e rosa

Componentes da Mangueira comentam sobre as faces do Jesus verde e rosa

Desde que chegou em Mangueira, Leandro Vieira propôs enredos que fazem o amante do carnaval refletir o sentido da festa. Seja de maneira mais sutil com Maria Betânia sob os olhos de Oyá, ou com “A verdade vos fará livre”, enredo da Estação Primeira em 2020.

O carnavalesco mostrou no desfile o mesmo Jesus misericordioso e amável que a bíblia retrata, mas lhe deu novas faces. Retratou Ele como pobre, negro, favelado, LGBT, mulher ou índio. Apresentou-o das formas e nas classes onde as pessoas da nossa sociedade mais sofrem preconceito e discriminação.

Depois de 13 anos desfilando na Mangueira, o componente Ronaldo Santos, de 52 anos, demonstrou felicidade ao ver o Jesus verdadeiramente mangueirense.

“O Jesus da Mangueira é esse Jesus que o Leandro colocou na avenida. É um Jesus que desceu nosso morro pedindo mais respeito e menos intolerância, preconceito e racismo. A Mangueira é pobre, é negra, é mulher, ela sofre e é perseguida. Tenho certeza que a mensagem foi dada”, declarou emocionado.

Ronaldo desfilou na ala 18, a do bate-bola. A ala representava a ressurreição de Cristo em um ambiente festivo e alegre. A fantasia retratava os famoso bate-bolas, que já são figuras famosas e marcantes da folia. Com o rosto de Jesus estampado na camisa e com uma fantasia nas cores da escola, os componentes portavam também balões.

Para Sophia Travesedo, 23, a escola quebrou um tabu e o enredo foi revolucionário. “Mangueira veio quebrando um tabu, quebrando os preconceitos em um período de intolerância muito grande. Ela veio revolucionar o carnaval no Rio, veio revolucionar o conceito que a gente tem do que é o verdadeiro Cristo.”

A ala 4 apresentou a popularidade de Jesus junto ao povo por realizar milagres. Jonanthan Mendes, 22, contou que a fantasia representava o milagre da multiplicação dos peixes, uma das celebres realizações de Jesus. Para ele, o palco da Sapucaí é o local ideal para abordar esse assunto. “É um enredo muito necessário, fala de um Jesus que não estamos acostumados a ouvir e ler. Nada melhor que o carnaval para levar essa nova face de Jesus para o mundo. E aqui é o palco do povo, é o palco dos sonhos. É o lugar onde todas as raças, tribos e tudo se misturam”, finalizou.

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