Com o enredo “Meninos, eu vivi…Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”, da carnavalesca Rosa Magalhães, a Imperatriz Leopoldinense ficou inustamente em 10º lugar na apuração do Grupo Especial no Rio. A verde e branco da Leopoldinan gabaritou apenas o quesito bateria, onde o Swing da Leopoldina comandada pelo mestre Lolo alcançou os 50 pontos. O resultado não era o esperado pela comunidade e gerou a insatisfação dos torcedores. O site CARNAVALESCO conversou com os componentes da agremiação para escutar as opiniões.
“É uma injustiça! Nosso trabalho é árduo, digno, honesto, onde seguimos as regras. O carnavalesco explica e nós obedecemos, essa nota não tem justificativa é muito humilhante e revoltante porque ninguém sabe o que enfrentamos dentro de um barracão e nas escolas de samba. Passamos seis, oito horas, viramos a noite com senhoras que saem de casa para fazer um trabalho bem-feito, com amor e dedicação. São mulheres que batalham para ganhar o pão de cada dia e mostrar o potencial na avenida. Eu não aceito a nota dos jurados por mim que sou responsável e por cada uma delas”, desabafou Cristiane Machado, 44 anos, chefe de costura da Imperatriz.
Para o responsável pela ala Barroco de Ouro, Paulo Barroso, 61, a escola desfilou com as melhores alegorias. “As notas para as fantasias foram absurdas. Eu nunca vi a escola com uma alegoria maravilhosa. Só tenho elogios para o barracão, as costureiras foi tudo perfeito. Eles arrasaram com a escola no quesito fantasia e em vários outros quesitos de forma injusta. Deveríamos voltar entre as seis no sábado, o próprio Milton Cunha comentou que nunca ocorreu antes de uma escola que abre os desfiles do grupo especial, dar um show de requinte e luxo”, declarou Paulo.
Quem também concorda com essa opinião é a diretora de passistas Jéssica Andreza, 30, que acompanhou de perto a apuração. “Eles foram bem rigorosos conosco em relação a fantasia, carro e adereços. Eu imaginei que iríamos voltar no sábado agora e trabalhar para voltar bem no próximo ano”.
O ritmista Rick Black está feliz com o gabarito da bateria, mas não concordou com a posição final da escola. “A expectativa era para algo bem melhor e não entendemos algumas notas. Na minha opinião a pontuação dos jurados é pessoal e não segue o critério recomendado para todos. Vamos batalhar para o próximo ano”, finalizou Rick.