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Comissão de Frente é o grande destaque no ensaio da Mocidade Unida da Mooca

A Mocidade Unida da Mooca, terá como enredo para 2023: “O Santo Negro da Liberdade”, fez seu primeiro ensaio técnico na quarta. No dia do aniversário de São Paulo, 469 anos, a agremiação que luta pelo seu primeiro acesso na história, fez um ensaio para quebrar o gelo da comunidade e a comissão de frente teve o grande destaque com uma alegoria grande, embalada, e uma coreografia bem tocante envolvendo Cabo Chaguinhas, que inclusive gerou o nome de ‘Liberdade’ para um dos bairros tão tradicionais de São Paulo. A MUM será a última, vulgo 8ª escola, a desfilar no domingo, dia 19 de fevereiro.

Comissão de Frente

A Comissão veio com elemento alegórico embalado e alto. Com escadas que componentes vestidos em um estilo pirata, com espada, subiam e colocavam Francisco José das Chagas na forca. Quatro mulheres com uma cruz no peito e roupa grená. Em outro ato um outro componente sobe ao topo, enquanto os outros ajoelhavam. No caso do Chaguinhas, uma hora era salvo, na outra acabava sendo enforcado, para tristeza dos componentes que estavam à frente e defendiam o mesmo. Pelos relatos da história de Francisco Chagas, em três ocasiões que ele foi para a forca, a corda estourou, e o povo gritava: “Liberdade, Liberdade!”. Pelo ensaio, deu para sentir exatamente essa cena. Em um dos atos, Chaguinhas era realmente enforcado e caiu na vala.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Patrick Vicente e Graci Araujo veio com um vermelho escuro no figurino e pessoas de Guardiões ao lado deles. Os passos laterais sincronizados no Setor B, quase centralizados na pista, uma dança bem segura, mesmo com um vento que estava forte no Anhembi e batia direto no pavilhão. Um trabalho extra para o casal, afinal não tem alegoria para protegê-los. Mesmo assim passaram bem tecnicamente pelos primeiros módulos da pista. Apresentaram o pavilhão como manda o figurino.

Harmonia

A Mocidade Unida da Mooca tem um canto forte, e entra sempre impondo seu ritmo em qualquer ocasião. Neste ensaio técnico, senti um pouco mais do canto em alguns momentos como no início da escola, dito isso, a comunidade não deixou de cantar, foram momentos do ensaio que podia explodir, como no primeiro apagão. Foram feitas três paradonas na bateria e nos dois últimos, deu para sentir que o canto foi evoluindo. No último apagão, reparei nas últimas duas alas que ainda estavam na pista, uma delas coreografada, e outra que fechava a escola, enquanto a bateria já estava fora da pista, ambos cantavam o samba, bom teste para eles. A escola estava com camisas padronizadas e sem nomes das alas, ou numeração, mas no meio da escola, senti os componentes mais soltos e trazendo a comunidade para o canto.

Evolução

De modo geral, a MUM não estava tão grande em números de componentes, acredito que no dia 05/02 virão com mais gente. Portanto, trabalhou com tranquilidade durante o horário, o samba iniciou já com o portão aberto, e a comissão entrou na pista com cerca de 8 minutos. Passaram tranquilamente dentro do tempo, foram 51 minutos, brincaram um pouco com harmonia, diretores, presidentes, antes de fechar de fato o portão, quase marcando 52 minutos segundo nossa contagem. A vermelho e verde da Mooca não fez um desfile puxado, foi algo leve, componentes realmente estavam tranquilos, mesmo sendo um ensaio ‘quebra gelo’, dá para sentir que estão movidos pelo tão sonhado acesso e desfilam com amor pela escola que é de um bairro muito tradicional e ainda bairrista em São Paulo.

Samba-Enredo

Além da comissão de frente, destacou-se o time de som, Gui Cruz e Clayton Reis conduziram o samba com muita elegância, nítido em todos os trechos. O samba tem alguns momentos fortes que o carro de som fluiu bem, um deles foi: “Saravá, Saravá! Salve a Santa Capela e as almas da Kalunga que protegem esse chão”, o outro que destaco é “Vai ter missa no terreiro, ladainha pra saudar Santo Negro no Ilê, Santo Negro no altar”. O samba tem palavras que poderiam complicar, mas não é o que sentimos no ensaio técnico, fluiu dentro dos conformes e tudo com clareza.

Outros destaques

A Chapa Quente, bateria da MUM, comandada por mestre Dennys apresentou um repertório de bossas, e teve três apagões que mostraram o canto da escola, o que considero fundamental em ensaios técnicos. O primeiro foi logo no Setor B, a primeira parte da escola não veio tanto, depois já no penúltimo setor, soltaram outra e a escola estava mais solta, cantando. Por fim, já fora da pista, e com apenas duas alas finalizando, fizeram mais uma. A apresentação da bateria com o carro de som fluiu muito bem neste primeiro ensaio.

Antes da escola entrar na avenida, precisamos citar um fato, o presidente Rafael Falanga pediu a jornalista Ana Thaís Matos, do Grupo Globo, em casamento. Ambos namoram há algum tempo, e ela sempre marca presença na escola, muito querida pelos componentes inclusive.

A corte de bateria foi bem destacada, a rainha Aline Ertogrel interage com ritmistas, brinca, e samba no pé presente. A rainha mirim Yasmin Marcelly é uma gracinha na frente da bateria, sorriso lindo. A princesa Vitória Vicent veio com uma roupa afro, e muito samba, tirou onda com a Chapa Quente. Por fim destaco as passistas bem animadas, sorridentes e dançando bastante, assim como as destaques de chão da escola mostraram sambarem muito, inclusive algumas que estavam no espaço de alegorias.

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