Não há dúvidas de que a Dragões da Real está forte na briga pelo título. Talvez a taça esteja o mais perto possível desde que a agremiação estreou no Grupo Especial, no ano de 2012. Isso também é o que diz os segmentos das escolas. Todos estão confiantes pelas notas máximas, realizadas pelo trabalho e ansiosos pelo início da apuração. As personalidades, que conversaram com o CARNAVALESCO, também exaltaram o enredo afro desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Freitas. A comunidade abraçou e fluiu no desfile.
Projeto incrível
Uma comissão de frente teatralizada, luxuosa e cheia de informações foi o que Ricardo Negreiros levou para o desfile da Dragões da Real. De acordo com o coreógrafo, a experiência foi a melhor possível e vive a expectativa das conquistas das notas 10. “Foi um processo bem longo e muito gratificante. A nossa comissão representava literalmente o enredo. Era um resumo dele. A gente contou uma história de uma coroação e foi um processo muito gostoso de trabalhar. Foram 33 pessoas com experiência artística, outras pessoas sem nenhuma experiência e a gente misturou todo mundo. Isso foi o mais gostoso. Acho que foi um projeto extremamente gratificante de conduzir. O recebimento do público com a comissão foi incrível. A galera curtiu, vibrou na hora que a gente foi fazer o nosso truque de levitação. Foram para cima também na hora que o Exú era elevado. A minha expectativa é que a gente realmente tenha conquistado as notas máximas, o que vai depender muito da cabeça do jurado. Mas de verdade eu estou muito confiante que vai ser uma avaliação muito bem feita”, declarou.
Comunidade forte e enredo afro
O diretor de carnaval Márcio Santana exaltou a garra da comunidade e disse que o enredo afro foi uma ótima chave para ter esse sucesso. “Eu vou te dizer que a escola está se sentindo realizada. Passamos leve e isso é o fundamental. Agora é esperar ver o que papai do céu reserva para a gente. Com certeza vai vir coisa boa, porque a energia e a vibração da nossa comunidade foram sem tamanho. A gente está maravilhado com o que fizemos. Era um anseio da escola esse ineditismo de ter um enredo afro. Tudo que é novo é bom. Tem um saborzinho melhor e mais gostoso. A comunidade está feliz, eles desejavam isso e eu acho que a escola soube representar muito bem essa África triunfante que a gente queria trazer para avenida”, analisou.
Ansioso por um tema dessa magnitude
O intérprete Renê Sobral seguiu a linha do diretor de carnaval. Aprovou a reação da arquibancada e declarou que rezava por um enredo afro na escola. “Eu estou em êxtase porque tudo funcionou muito bem. A escola veio linda, veio maravilhosa, o samba funcionou de uma forma espetacular. Não só a comunidade e cantor, como nós vimos a arquibancada cantando e eu estou muito feliz em poder fazer parte dessa história, nessa virada de chave na Dragões em termos de enredo. É o primeiro enredo afro e eu tive o prazer de poder interpretar esse samba maravilhoso e esse desfile histórico. Eu vinha rezando para Dragões vir logo fazer um tema afro para poder cantar um pouquinho da nossa africanidade e raiz ancestral. A missão foi cumprida e está nas mãos dos jurados. Espero que a gente tenha conseguido”, disse.
Sensação de missão cumprida
Tudo que a gente planejou saiu, mas saiu com muita emoção. Fazia tempo que um casal encostava na arquibancada e não era ovacionado. Se escutava o público respondendo a escola. Então assim, foi um carnaval um carnaval de muita emoção para mim e minha parceira Janny Moreno”, disse o mestre-sala.
“Eu estou me sentindo realizada e tranquila, porque foi um desfile de coração e de alma. Eu e o Rubens temos uma cumplicidade muito bacana. Um respeito tanto na dança, quanto fora dela. Tudo isso também soma, porque aí nos dá mais tranquilidade e harmonia naquilo que a gente faz. melhor possível aí agora a ansiedade pega forte mesmo pesada. A ansiedade para terça-feira é a melhor possível. Deus sabe que será melhor para nós”, completou a porta-bandeira.