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Com fé em padre Cícero e na santa, as baianas da UPM sonham com a vitória da escola

Coroadas com estrelas douradas e um coração iluminado, mas com sete espadas enviadas nele, as baianas da UPM vieram para a Sapucaí representando Nossa Senhora das Dores

Intitulada como “Mãe das Dores”, a fantasia das baianas da Unidos de Padre Miguel personifica o lugar onde Padre Cícero teve uma das suas mais importantes visões, que foi na Capela de Nossa Senhora das Dores. Sendo uma fantasia majoritariamente feita de renda branca, com detalhes ornamentados em dourado e detalhes vermelhos, as baianas estavam radiantes na concentração.

“A gente vem representando Nossa Senhora das Dores, uma das favoritas de padre Ciço, ele gostava muito e era devoto a ela. E essa fantasia está linda, desfilo de baiana há mais de 20 anos e essa é uma das fantasias mais lindas que eu já usei”, disse Rosana do Carmo, de 47 anos.

Um detalhe que chamou muito a atenção na fantasia das baianas era o coração vermelho com led dentro que elas traziam no peitoral da fantasia. Ao desfilarem, esse coração brilhava. Além disso, outro detalhe interessante era que o mesmo coração estava espetado por 7 espadas, assim como o coração da Nossa Senhora das Dores que elas traziam desenhadas em suas saias, essas 7 espadas simbolizam as 7 dores que a Virgem Maria sentiu em sua vida, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.

Para a professora aposentada Nilce dos Santos, de 65 anos, homenagear Nossa Senhora das Dores significa representar o sofrimento de mães nordestinas.

“Porque lá no sertão, o sofrimento era muito grande porque a tecnologia não existia, sofria-se muito, então as pessoas tinham uma devoção divina direta E havia muitas dores, muitas dores por fome, pela sede, pela violência que existia, pelas maldades, pela falta de comida e, principalmente, a seca, que sempre assolou muito o sertão brasileiro”, afirmou a professora.

A gaúcha Eulice Terra, que veio de Porto Alegre para desfilar pela UPM, se apega na fé na santa para que a escola consiga o acesso ao Grupo Especial.

“Nós viemos representando uma santa, Maria das Dores, e para mim é um prazer, que os anjos digam amém e que na quarta-feira nós ganhemos o carnaval. É um privilégio vestir uma fantasia tão representativa, leve, confortável e linda. Que a santa ajude a escola? ir atrás do nosso campeonato”, contou a funcionária pública de 62 anos.

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