Segunda escola da noite a Botafogo Samba Clube contou a história do bairro do Engenho de Dentro, com o enredo. “Pelos trilhos da história: Engenho de Dentro de lutas, batuques e glórias”, dos carnavalescos Thiago Borges e Marcelo Adnet. A escola passou pela avenida mostrando maturidade e aprendizado depois da chuva que atrapalhou seu último desfile. Destaques para harmonia, casal e conjunto de fantasias. Com samba dos autores, Claudio Emiliano, Jotapê, Jurandir Terra, João Vidal, Yasmin Ribeiro, Marquinhos Beija Flor e Tadeu. A escola passou pela Nova Intendente com 720 componentes distribuidos em 18 alas, duas alegorias e um tripé o tempo de 38 minutos.

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Comissão de frente

Com a fantasia Rituais do culto a natureza, cores fortes a comissão coreografada por Jhon Gomes, executaram sua coreografia com pequenas falhas, mas nada que tirasse o brilho da apresentação. O ponto forte da apresentação foi quando um integrante que estava vestido com uma capa toda preta se transforma no pássaro líder onde todos o cultuam.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Diego Moreira e Beatriz Paula fizeram uma apresentação com muita força, plástica e corretos. Beatriz Paula confiante com olhar sempre compenetrado, segurando firme o pavilhão, com bailados e coreografias bem feitas além de mostrar muito samba no pé. Diego cortejou muito bem sua porta-bandeira, com muitos riscado olhares fixos, correspondendo os sorrisos dela e também mostrando muito samba na apresentação. Suas fantasias significavam o silêncio na escuridão das matas com plumas escuras e muipto brilho em suas roupas que davam destaque com o reflexo da luz.

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Harmonia

Ponto alto da Botafogo Samba Clube no desfile com certeza foi a harmonia. A escola veio cantando alto e forte seu samba, com um orgulho e felicidade no rosto de cada integrante. A comunidade sempre correspondia o intérprete quando o mesmo parava de cantar e deixavam essa função para escola principalmente na parte do samba: ‘Na serra, liberdade para ori Ogum…seu povo é de axé…é africanidade, ôôô casa grande e senzala trilharam a estrada para nascer a estação”.

Enredo

Criação dos carnavalescos Thiago Borges e Marcelo Adnet foi de bom entendimento, alegorias e alas bem explicativas. Desde a comissão de frente, passando pelo casal e os carros contaram toda a história e o que signicava o enredo.

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Evolução

Foi um quesito muito bem explorado pela escola, que passou com tempo de sobra pela avenida, sem abrir buracos e todas alas bem alinhadas. A escola percorreu os 400 metros da Ernani Cardoso sem nenhum buraco aparente, mostrando força e que superaram a chuva do último anos que atrapalhou seu desfile.

Samba

Com a voz potente de Chicão no carro de som, a escola levantou a avenida e não deixou seus componentes calados, que não cantavam apenas o refrão do samba, mas ele de um modo geral. A bateria do mestre Diego Carbonell ajudou muito no desenvolvimento do samba, com bossas e três paradinhas durante o desfile.

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Fantasias

As fantasias estavam todas bem apresentadas sem nenhum defeito aparente. Explicavam bem o enredo proposto, com uma diversificação de cores, entre elas, o verde, marron e o roxo. Destaque maior para duas alas, as baianas que usavam um saião verde representando ‘Das ervas que curam ao Alimento Sagrado’ e ala a Bohemia.

Alegorias

O abre-alas veio representando a exuberância da terra dos nativos “índios”, com sua rica e vasta fauna e flora nunca vistas por olhos europeus. Com destaque para seus dois tigres enormes e bem finalizados, com um verde forte bem vibrante. Destacando uma imagem de São Jorge que é o santo que dá forças para vencer as demandas, a alegoria estava bem imponente com uma finalização sem defeitos. O segundo carro representou a chegada dos foliões botafoguenses na estação Central do Brasil. Alegres com a conquista da escola alvinegra. Com uma máscara de carnaval a sua frente fechou lindamente o desfile da Botafogo.

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Outros destaques

Destaque para o acabamento dos carro abre-alas e as fantasias luxuosas. O canto da escola onde todas as alas sem excessão sabiam o samba na ponta da língua.