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Com astral incrível, Mocidade Unida da Mooca faz ensaio técnico de alto nível

MUM brincou na pista e todos os quesitos se destacaram

A Mocidade Unida da Mooca, famosa MUM, fez seu primeiro ensaio técnico neste domingo, 21 de janeiro, no Sambódromo do Anhembi, e com o enredo “Oyá Helena”, homenagem para Helena Theodoro. A agremiação da Zona Leste será a última a desfilar no domingo, dia 11 de fevereiro, pelo Grupo de Acesso I. O ensaio técnico foi em um clima tão alto astral, que podemos destacar todos os quesitos, a escola mostrou estar coesa.

Comissão de frente

A comissão de frente comandada por Nildo Jaffer é sempre um quesito a ser observado e novamente devemos destacar. Mesmo que comissões escondam o jogo, já dá para sentir a dança e o astral que virão para o desfile. Vão vir com um tripé, nela com uma criança sentada, uma princesinha que aparentemente representa a homenageada Helena. Uma dança bem afro, o auge foi quando a personagem principal vai buscar a criança, no fim da apresentação ela mostra um livro, abrindo-o. O elemento alegórico jogava água, de leve. A dupla principal fez a apresentação juntas, a sincronia da comissão era muito boa, só a roupa das mulheres na parte de cima ficava caindo um pouco, e muitas vezes tinham que ajustar. Mas claro, não é a fantasia do desfile, mesmo com esse imprevisto, não atrapalhou em nada a coreografia. Outro momento era quando formavam um círculo para a personagem principal, vestida de laranja, que rodava entre eles em um verdadeiro ritual em plena avenida.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Jefferson e Karina mostrou entrosamento nos passos, os giros realizados horário e anti horário. Os passos de malandro do Jefferson e a alegria de Karina são pontos a serem destacados. Casal assumiu recentemente a função na agremiação, mais precisamente no meio de dezembro, após lançamento do CD. Os Guardiões do casal faziam uma coreografia ao lado. Como relatado é um casal que tem um mês e pouco juntos, mas correspondeu no que o quesito pede nos pontos de observação. Só acredito que pelas características do casal nos últimos trabalhos, trarão um pouco mais de intensidade na dança, lembrando que a pista estava molhada ainda e teve momentos de chuva durante a passagem da MUM.

Samba-enredo

Um samba com excelente melodia que por si só já eleva qualquer clima, mas com a dupla Gui Cruz e Clayton Reis que seguem vivendo um grande momento. O samba casa muito bem com ambos que já na arrancada mostram o poder do que estava por vir… E veio, fluiu na ala musical, fluiu no canto da comunidade, mesmo que tenha palavras um tanto complicadas em alguns momentos, não senti problemas com a comunidade e isso tem dedo, trabalho, da ala musical, também da harmonia, que trabalharam nos ensaios de quadra. Tem trechos bem marcantes, um deles é o “Oooo oooo… Preta no sangue, na raça e na cor” por parte da ala musical, e no canto da comunidade: “Tem macumbaria, pra coroar, axé Helena! Mojubá! Elegbará”.

Evolução

Em relação à evolução, podemos destacar o quanto a escola foi compactada durante o ensaio técnico, mas não foi algo duro ou de muita exigência. Harmonia corriam filas da escola, é bem verdade, mas com leveza, tranquilidade, todos cantando, brincando, e com isso era um clima gostoso em todas as alas. A escola passou tranquilamente entre 59 minutos e uma hora de ensaio técnico. Tirando onda, com direito a bossa já na reta final do ensaio, ou seja, passou muito bem pela pista, dentro do horário e com tranquilidade, leveza, podemos dizer que é um grande orgulho para o mestre Mercadoria que é lenda do carnaval e segue presente na agremiação.

Harmonia

A agremiação passou em uma leveza incrível que precisa ser destacada, cada ala cantando, no ritmo, com seus acessórios usados, sejam bexigas ou outros, no ritmo da escola. Todos bem felizes, cantando, inclusive alas como baianas, passistas, bateria, defenderam realmente a bandeira do ‘Oya Helena’. Destaco principalmente o último setor, não que o primeiro estava ruim no canto e alegria, longe disso, mas no último setor, vieram com muito gás, energia, também destaco a ‘Ala Chique’, o complemento se tem, me fugiu, pois, tinham detalhes na parte debaixo do visual. Mas estavam bem animados, cantando, e vestia uma roupa bem interativa.

Outros destaques

A Bateria Chapa Quente do Mestre Denys vive uma fase impressionante, foram inúmeras bossas, paradinhas e paradonas, brincou na avenida, tirou onda e testou o canto da escola, que funcionou em todas. Algumas das executadas foram anotadas, com 15 minutos teve outra paradona, poucos minutos depois, com 18 minutos só atabaques, e não demorou tanto para aos 25 minutos outra bossa de atabaque e depois uma geral aos 35 nova paradona no recuo. 37 minutos nova parada. Depois teve uma gigante com 39 minutos uma paradona, até 40 minutos, cerca de um minuto. Por fim, já na reta final do desfile, com 47 minutos nova paradona, bateria deu show.

Concentração estava incrível, energia lá foi pro céu com o canto da escola, o mestre Denys tocando atabaque na entrada da escola, funcionou muito bem, e deu para sentir o clima da escola que tem sua quadra como ‘Terreirão’, e olha, podemos dizer que levou o Terreirão para o Anhembi. Vale destacar o discurso do Rafael Falanga jogou a escola lá para cima, também presença da jornalista Ana Thais Matos, esposa do Falanga, que tem dedo no enredo e sempre em alto astral à frente da escola.

Baianas lindas, com borboletas no vestido, e com um astral sensacional. No início da escola tivemos a presença do Afoxé Omi Ayié que abriu os caminhos da escola. A escola já veio com alguns elementos que parecem parte de tripés, protegidos, mas alas no meio deles que vieram nos cantos.

Por fim, a rainha Valeska Reis não quis saber da chuva, sambou mesmo assim. E foram grandes personalidades que a agremiação trouxe, como Ketula Mello diretamente do Rio de Janeiro deu show, mas depois sentiu um problema no pé, desejamos boa recuperação, mesmo assim prosseguiu animada. Roberta Kelly é outro grande destaque da agremiação e tira maior onda no samba, elegância. A rainha do Carnaval Weida que veio dentro de um espaço demarcado para alegoria, deu show de alegria e samba no pé, haja elegância. As passistas e malandros em grande astral, muito samba no pé, precisa ser destacado, lembra muito escolas raízes.

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