Beto Sem Braço, grande compositor do Império Serrano e que assina o clássico “Bumbum, Paticumbum, Prugurundum” em parceria com Aluísio Machado, ganhara de presente um relógio de pulso, folheado a ouro. Um luxo!

Sem outra alternativa, passou a usar o relógio na parte do antebraço que lhe restara de um acidente ocorrido quando menino, ao cair de um cavalo.

Numa conversa de botequim, um admirador percebeu o detalhe e estranhou a posição do Mondaine:

– Relógio novo, Beto?

– É.

– Mas, vacilou, parceiro. Por que você não usa o relógio no braço normal?

Irado, o sambista virou-se para o intrometido e respondeu com outra pergunta:

– Me diz uma coisa: Com que mão eu ia dar corda no relógio, seu imbecil?!

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