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Carnavalescos da Grande Rio dizem que enredo de 2024 começou a ser pensado em 2016: ‘Pensa o Brasil de hoje, terra indígena, tão complexo e diverso’

Artistas responsáveis pelo desfile da Grande Rio, os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora disseram que o enredo para o Carnaval 2024, “Nosso destino é ser onça”, começou a ser pensado em 2016, através do livro do escritor Alberto Mussa que “restaura” o mito tupinambá da criação do mundo, os artistas propõem uma reflexão sobre a simbologia da onça no cenário artístico-cultural brasileiro, tocando em temas como antropofagia e encantaria. A sinopse do enredo será divulgada em breve.

Foto: Raphael Lacerda/Site CARNAVALESCO

“Começamos a pesquisar esse enredo em 2016. O livro de Alberto Mussa narra que a onça possui papel central na cosmovisão dos Tupinambá, dado que nos levou a pensar na importância dessa simbologia para as narrativas míticas de outras nações indígenas brasileiras e latino-americanas. Assim o enredo foi sendo costurado, pegada por pegada, caminhando pelos impérios sertanejos da Pedra do Reino, pela memória de alguns carnavais incríveis, pela utilização da onça enquanto símbolo de lutas do presente, vide a produção de uma série de artistas e coletivos contemporâneos. Não é um enredo preso ao passado, fora do tempo: é uma narrativa de eterna devoração, que salta para o futuro e pensa o Brasil de hoje, terra indígena, tão complexo e diverso em sua riqueza cultural”, destacou Haddad.

Sobre a proposta estética do desfile de 2024, Leonardo Bora adianta que o público verá na Avenida já pode ser percebido no cartaz de divulgação do enredo, elaborado pela dupla em parceria com o artista Aislan Pankararu.

“A arte de Aislan nos faz refletir sobre as ideias de cura, semeadura, floração, transformação. É interessante como a onça está diretamente associada a rituais xamânicos de cura, ocupando posição destacada em um sem fim de histórias, causos, mitos, narrativas de artistas tão expressivos como Rosa Magalhães e Guimarães Rosa. A gente está bebendo desse caldo, construindo um enredo que parte do mito tupinambá para visões e projeções muito contemporâneas – daí a importância do diálogo, já na arte de divulgação do enredo, com a produção de um jovem artista como Aislan Pankararu. Mais uma vez, não é algo óbvio, mas um cartaz com diferentes técnicas artísticas, como pintura, fotografia e bordado, algo que nos encanta bastante. Fazer arte, para nós, é provocar, instigar, gerar discussão, é movimento. Foi assim com Exu e será assim novamente”, demarca Bora.

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