InícioSão PauloCadenciadíssima, Camisa 12 faz ensaio técnico com muito Sol no Anhembi

Cadenciadíssima, Camisa 12 faz ensaio técnico com muito Sol no Anhembi

Por Will Ferreira e Fábio Martins

No domingo, último dia de ensaios técnicos no ciclo carnavalesco paulistano para 2024, uma escola estreou no Anhembi. Trata-se da Camisa 12, que defenderá o enredo “Meu Black é de Rei, Minha Coroa é de Chico. Chico Rei Entre Nós”, idealizado pelo carnavalesco Gleuson Pinheiro, contando um pouco mais sobre a história e o legado do histórico personagem em solo brasileiro. Sendo a sétima escola a desfilar no Grupo de Acesso II (ou seja, no dia 03 de fevereiro), a agremiação teve uma Evolução bastante adequada para a escola.

Evolução

Nos últimos anos, a Camisa 12 não costuma trazer tantos componentes para os desfiles. O estilo mais compacto da Pantera pode dar a impressão para muitos de que o ensaio técnico seria bastante rápido, mas não foi isso que aconteceu. Utilizando muito bem todo o staff, a agremiação encerrou o evento com 54m35s – dentro do limite para o Grupo de Acesso II, que tem 55 minutos como prazo para cada apresentação. E, para chegar a tal cronometragem, a agremiação, basicamente, liberou os componentes para passarem bastante soltos pelo Anhembi. Isso era nítido na grande liberdade que todos os desfilantes possuíam na passarela, algo raro no carnaval de hoje. E eles corresponderam, se movimentando e interagindo bastante. Como toda a agremiação teve andamento bastante cadenciado, o recuo da bateria, feito com uma dinâmica simples e que durou cerca de 120 segundos, esteve dentro de tudo que foi proposto pela instituição.

Samba-enredo

A safra do Acesso II de 2024 é bastante elogiada por muitos, e a canção da Camisa 12 está inserida em tal comentário. A obra, que trata de um assunto denso de maneira bastante leve, foi muito bem executada por Tim Cardoso e Clóvis Pê, intérpretes da agremiação. E, seguindo o ensaio técnico como um todo, a obra teve uma cadência especial da Ritmo 12, bateria da escola, comandada por Mestre Lipe. Com toda a ala musical no mesmo ritmo, todo o andamento foi bastante satisfatório.

Comissão de frente

Com um personagem destacado (que, muito provavelmente, é o próprio Chico Rei), o segmento tinha uma série de integrantes que participam de uma espécie de corte do personagem central do enredo – além de algumas pessoas empurrando um trono onde, por vezes, o protagonista sentava; sendo que tal trono, por sinal, era o único elemento alegórico existente. Em determinado momento, os comandados da gabaritadíssima Yáskara Manzini abrem uma espécie de cartaz – que não tinha nada escrito no ensaio, mas que atiçou a curiosidade para saber o que virá no desfile oficial.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Com um dia de muito calor e Sol incomodando, chamou atenção a escolha de Luã Camargo e Estefany Righetti para ensaiar: uma roupa inteira preta, que fazia com que ambos, coreografados por Laís Moreira (de grande escola na coirmã Unidos de Vila Maria), sentissem ainda mais calor. Tal figurino, certamente, colaborou para que a exibição da dupla não tivesse qualquer tipo de ousadia, focando na segurança para cumprir todos os balizamentos obrigatórios pelo regulamento – e, em tal empreitada, eles foram muito bem. Também vale pontuar que, ao longo da passarela, Estefany trocou de calçado: ela iniciou com um salto e acabou com um antiderrapante; e que, no quarto módulo, é bem verdade, ambos, mais seguros, arriscaram um pouco mais.

Harmonia

A cabeça da escola, é bem verdade, cantou em bom som o samba-enredo – e, aqui, vale o destaque, já que o início de uma escola apresenta menos componentes que o restante da mesma. Após a alegoria que veio representando o abre-alas (algo que engrandeceu o ensaio técnico, por sinal), entretanto, os desfilantes não conseguiram sustentar o volume. O forte Sol que fazia na Zona Norte de São Paulo é a principal explicação para quem tal situação acontecesse, deixando todos na passarela cansados – inclusive a reportagem. Vale destacar positivamente a ala à frente do último carro, que ajudou bastante no canto da comunidade

Outros destaques

A corte da Ritmo 12 teve a rainha de bateria da agremiação, Vanessa Aggio.

- ads-

Marcelo Misailidis e Ana Botafogo fazem reestreia de espetáculo no Rio

"ST Tragédias", aclamada obra de Marcelo Misailidis, retorna ao Rio de Janeiro no próximo dia 24 de maio, trazendo ao palco do Teatro Casagrande...

Beija-Flor de Nilópolis promove rodas de conversa sobre protagonismo preto na história do samba

O departamento cultural da Beija-Flor de Nilópolis, sob a liderança de Selminha Sorriso, anuncia uma série de rodas de conversa dedicadas aos ícones do...

Mancha Verde espera escolher uma posição confortável para os componentes e estratégica para desfilar

A Mancha Verde foi a sexta escola na noite de sexta-feira a passar no Anhembi no Carnaval 2024. Entretanto, a diretoria da agremiação sonha...