Quinta escola da noite de segunda-feira, a Beija-Flor apostou no enredo “Brava Gente! O Grito dos Excluídos no Bicentenário da Independência”. A passagem da comunidade de Nilópolis pela avenida foi um grande ato político-carnavalesco. Após o desfile, os integrantes conversaram com o site CARNAVALESCO.
Jorge Teixeira e Saulo Finelon (coreógrafos da comissão de frente)
“Era uma comissão que tinha muitos riscos, muita coisa para se acertar, e graças a Deus deu tudo certo. A gente está numa felicidade só porque era luz, era infláveis, era projeção, era tiro, era muita coisa que nós apostamos para fazer o melhor para Beija-Flor, que nos recebeu com muito carinho. E a gente precisava devolver esse carinho pra ela, eu acho que nós estamos conseguindo isso”.
Mestre Rodney (mestre de bateria)
“Sensação de dever cumprido, com a escala perfeita, bonita, rica… Cantou. Belíssima. A gente parou, eu fiquei com dez minutos pra brincar… Tu vê no semblante do julgador, ele gostando do trabalho. Missão cumprida. Não desmerecendo as co-irmãs, mas eu acho que quarta-feira de cinzas vai mais estrelinha lá para Nilópolis”.
Selminha Sorriso e Claudinho (casal de mestre-sala e porta-bandeira)
“É a voz do povo brasileiro. Dos povos indígenas, dos negros, das mulheres, de todos aqueles que sofreram ao longo da história, pela falta de protagonismo e de oportunidade. Viva o ‘Brava Gente’, que é nosso enredo do carnaval 2023”.
“Eu só queria agradecer a Deus, aos meus orixás, ao seu Anísio, à toda diretoria, à comunidade Beija-Flor, que merece o título, que merece esse carnaval maravilhoso. E tudo que o Anísio faz é com amor, é com carinho… Nosso trabalho está entregue”.