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Artigo: Justificativas de Bateria cada vez mais consistentes; um quesito de mãos dadas com a excelência musical

'Jurados dignificaram os ritmos, com considerações pertinentes', diz Freddy Ferreira

O intuito desse artigo é ajudar a assimilar e absorver as justificativas dos julgadores de Bateria do Grupo Especial, sob uma perspectiva de quem acompanhou as apresentações em frente aos respectivos módulos, pelo lado direito de cada ritmo, na pista de desfile. A intenção, portanto, é buscar um desenvolvimento musical potencial mediante as alegações dos jurados. Sempre decodificando as argumentações e interpretando os contextos inseridos em cada exibição despontuada, além das observações finais.

Foto: Alexandre Macieira/Divulgação/Riotur

Primeiro módulo: 1ª Cabine: Rafael Barros Castro e 2ª Cabine: Ary Jayme Cohen
Segundo módulo: 3ª Cabine: Philipe Galdino
Terceiro módulo: 4ª Cabine: Mila Schiavo

Apresentações de domingo na 1ª Cabine: Rafael Barros Castro

Unidos da Tijuca: 9,9
Julgador: “Durante a apresentação da bateria frente ao módulo 1, os timbales, muito importantes pelo toque afro característico do enredo foram pouco explorados acarretando em penalização, de acordo com o manual que prevê a perfeita conjugação de sons (equilíbrio entre os naipes)”.

Freddy Ferreira: A justificativa do julgador aliada ao desconto mínimo é pertinente. Infelizmente, a escolha musical envolvendo os timbales da “Pura Cadência” de mestre Casão foi a de “passar reto”. Embora dois dos seis ritmistas com timbal entrassem no corredor para execução da bossa do final da segunda da obra, o acréscimo musical na conjunção sonora nos demais trechos do samba realmente era mínimo. O movimento rítmico envolvendo a convenção, inclusive, ganha maior integração sonora com os timbales microfonados dentro do ritmo, acrescentando na musicalidade mais nessa bossa do que nos demais momentos. Uma avaliação bastante detalhista, mas invariavelmente sensata.

Apresentações de domingo na 2ª Cabine: Ary Jayme Cohen

Império Serrano: 9,9
Julgador: “A convenção rítmica apresentada no módulo no cruzamento de alguns naipes, sugeriu algum desconforto sonoro. Em determinado momento o ritmo sugeriu uma desaceleração em relação ao canto”.

Freddy Ferreira: Embora o julgador tenha reconhecido o valor musical da apresentação da bateria do Império Serrano e de mestre Vitinho na observação final, a “Sinfônica do Samba” foi despontuada em 1 décimo em sua avaliação. A justificativa para o desconto foi a alegação de um suposto desconforto na conjunção sonora entre os naipes, envolvendo uma desaceleração do ritmo em relação ao canto. Possivelmente o julgador não conseguiu assimilar ou absorver musicalmente o conceito da paradinha envolvendo um samba de roda, onde de maneira proposital há uma intenção musical que faz o ritmo imperiano remeter à levada de partido alto. Do lado direito da pista de desfile nenhum incômodo sonoro foi percebido durante a passagem da bateria do Império pelo módulo, somente a irregularidade do próprio som da Avenida no trecho inicial de desfile.

Grande Rio: 9,9
Julgador: “Na finalização da convenção rítmica no Bis do refrão do meio com a bateria em evolução deixando o módulo, alguns ritmistas do naipe de chocalho executaram o ataque de forma desigual”.

Freddy Ferreira: Pela lateral direita da Avenida não foi possível evidenciar nenhuma imprecisão envolvendo o ataque do naipe dos chocalhos da bateria da Grande Rio na paradinha do refrão do meio. A inconstância sonora nas duas primeiras escolas do grupo Especial foi nítida, talvez a ponto de prejudicar a avaliação do próprio júri, não permitindo uma absorção musical plena da passagem dos ritmos pelo módulo. Cabe mencionar que, segundo relatos de foliões que viram as baterias das arquibancadas, era simplesmente normal a alegação de que potenciais desencontros rítmicos devido a instabilidade sonora da Sapucaí eram aparentemente percebidos com os ritmos mais afastados, mas a medida que a bateria chegava perto ficava claro que o problema envolvia mais a sonorização do que qualquer outra coisa.

Apresentações de domingo na 3ª Cabine: Philipe Galdino

Unidos da Tijuca: 9,9
Julgador: “Pequeno desencontro rítmico no final da bossa após “quem conduz é o pai maior”.

Freddy Ferreira: O jurado alegou um desencontro rítmico no fim da bossa do início da segunda do samba, apontando o trecho em que evidenciou o desconforto sonoro. Trata-se de uma convenção com tapas chapados ritmados, que possui um final musicalmente desafiador. A penalização mínima levou em conta a conclusão envolvendo pressão dos surdos junto com os demais naipes. Vale mencionar que o som da Avenida durante a passagem da bateria da Unidos da Tijuca de mestre Casagrande no segundo módulo estava inconstante, impactando negativamente na musicalidade apresentada pela “Pura Cadência”.

Apresentações de segunda-feira na 1ª Cabine: Rafael Barros Castro

Viradouro: 9,9
Julgador: “A agremiação apresentou sua bossa com poucos elementos criativos sendo penalizada dentro do critério de criatividade. Apesar da publicação no abre alas dos possíveis padrões e celulas rítmicas que poderiam ser utilizados, o arranjo musical careceu de elementos para valorizar a cadência mantida pela bateria de mestre Ciça”.

Freddy Ferreira: Infelizmente, a bateria da Unidos do Viradouro fez uma apresentação apressada no primeiro módulo, sem o tempo de preparo necessário para poder realizar os arranjos sem se preocupar em se locomover, para não abrir buraco e comprometer a evolução da escola. Mesmo com a mudança expressa no regulamento, que permite a avaliação com os ritmistas andando, às vezes consequências sonoras ou envolvendo escolhas musicais acontecem. A primeira bossa só começou a ser realizada quando metade da bateria “Furacão Vermelho e Branco” já havia passado do módulo 1. Ainda houve a realização de uma segunda bossa, também em movimento, mas longe do campo visual dos jurados de bateria, que estavam no começo da cabine e não no final. Cabe ressaltar que a paradinha mais musical, envolvendo os timbales no refrão do meio foi simplesmente um sucesso nos outros dois módulos, onde a bateria de mestre Ciça teve tempo suficiente para consolidar seu ritmo da maneira apropriada. Vale, inclusive, uma recomendação aos julgadores pleitearem junto à Liesa: os jurados do primeiro módulo do quesito bateria deveriam necessariamente serem os últimos da cabine, para ampliar o máximo possível seu poder de percepção sonora e visualização da parte de trás do ritmo, culturalmente chamado de “rabo da bateria”.

Unidos do Viradouro: 9,9 (cabine 2)
Julgador: “Na convenção rítmica apresentada no módulo na entrada do último refrão com a bateria se deslocando e sem a marcação dos surdos, houve um desajuste ao som chegado na cabine do julgador do naipe de caixa”.

Freddy Ferreira: A justificativa do julgador tem fundamento, já que a apresentação da bateria da Viradouro no primeiro módulo ocorreu andando, o que propicia desajustes sonoros em arranjos musicais. Vale ressaltar que esse trecho inicial da Avenida possui o som mais inconstante e irregular, infelizmente. Inclusive, a caixa do lado direito da pista em frente ao módulo ficou ligada durante a apresentação na cabine, dificultando a percepção sonora integral do ritmo da “Furacão Vermelho e Branco” de mestre Ciça, principalmente após uma retomada em movimento.

Apresentações de segunda-feira na 3ª Cabine: Philipe Galdino

Portela: 9,9
Julgador: “Aceleração súbita da pulsação na execução dos breques em “ser Portela é tanto mais”, comprometendo a exatidão da divisão rítmica”.

Freddy Ferreira: O jurado argumentou em sua justificativa que a aceleração repentina na pulsação rítmica acabou comprometendo a exata divisão rítmica na bateria da Portela, de mestre Nilo Sérgio. Significa que, segundo o julgador, a divisão silábica da música acabou sendo congestionada por um volume de informação musical expressivo, em particular com os surdos. É a justificativa que segue a linha mais conceitual e subjetiva, deixando a técnica musical um pouco de lado, para transformar a avaliação também numa análise sobre um julgamento em cima da integração dos arranjos com o samba-enredo. Quanto mais fluída e encaixada a convenção estiver na canção, menor será o problema envolvendo oscilação de pulsação rítmica, portanto. É uma justificativa que vai de acordo com a bela sugestão da jurada Mila Schiavo nas observações finais, que pode ser lida abaixo. A julgadora salientou sobre a necessidade de rever o manual do julgador de bateria visando maiores desafios e talvez um ponto a ser modificado seja exatamente a avaliação da integração musical envolvendo a sonoridade das bossas em relação ao samba-enredo.

Vila Isabel: 9,9
Julgador: “Aceleração súbita da pulsação na bossa da segunda parte do samba”.

Freddy Ferreira: Mais uma vez uma justificativa que avaliou a pulsação rítmica acelerando para consolidar a paradinha da segunda do samba, em ritmo de Galope com o luxuoso auxílio dos surdos. Mas existe uma diferença conceitual entre as duas análises que merece uma ressalva importante. Embora a pulsação rítmica de fato dê uma acelerada na bossa em ritmo junino, seu impacto musical na escola no que tange a canto e dança foi tremendo. Sendo possível perceber, inclusive, a agremiação literalmente pulsando pela pista de desfile nesse trecho. Isso com um samba-enredo que sofreu penalizações do júri, mas com a “Swingueira de Noel” garantindo passagens sem descontos de décimos em bateria e harmonia, o que garante um acerto conceitual notório nos quesitos melódicos-harmônicos. No jargão popular, a bateria da Unidos de Vila Isabel de mestre Macaco Branco “salvou o samba”, principalmente pela paradinha com levada junina. É importante, portanto, que as análises mais conceituais tenham padrões de julgamentos com melhor definição, ainda mais levando em conta um nível cada vez mais exemplar dos ritmos cariocas. Avaliar a integração de bossas com a música é importante, bem como deixar bem alinhado de que forma isso vai ocorrer também acaba sendo vital para que mestres e diretores saibam de forma clara até onde a criatividade pode ir.

Observações finais de domingo: Rafael Barros Castro
“Aos mestres e suas respectivas equipes todo meu respeito e admiração pelo trabalho incansável na busca de um resultado musical de excelência. Com o intuito de contribuir para o aprimoramento de todas as agremiações gostaria de destacar aspectos que considerei relevantes em algumas apresentações:
– Império Serrano: o desenho rítmico dos agogôs e a manutenção segura e precisa da cadência do samba.
– Grande Rio: o andamento confortável mantido do início ao fim e também as bossas muito bem executadas, em especial pelo naipe de tamborins.
– Mocidade Independente de Padre Miguel: a manutenção da boa cadência impressa pela agremiação ressaltando o swing característico das caixas, o espetacular naipe de tamborins e a excelência das terceiras (marcação), e do naipe de agogôs.
– Mangueira: a cadência escolhida possibilitou o referido destaque dos toques afro e favoreceu o desfile da agremiação. Parabenizo o naipe de agogôs pela excelente apresentação, bem como os tamborins e timbaques.

Observações finais de segunda-feira: Rafael Barros Castro
“Novamente venho render uma respeitosa homenagem aos mestres e e suas respectivas equipes, pelo trabalho dedicado e primoroso realizado com afinco ao longo de um ano de trabalho intenso. Destaque para:
– Paraíso do Tuiuti: precisão do naipe de chocalhos / andamento regular / repiniques na bossa do primeiro refrão.
– Imperatriz Leopoldinense: excelente equilíbrio / equalização dos naipes, ousadia apresentada durante as bossas.
– Beija-Flor: naipe de frigideiras, musicalidade e precisão dos graves (surdos), durante as convenções.
Obs: iniciar com andamento muito acelerado para “depois” ajustar, pode ser um risco que torna o desfile tenso, por isso deve haver uma atenção redobrada quanto à cadência desejada.

Observações finais: Ary Jayme Cohen
“Deixo aqui o meu parabéns a todos os mestres e seus comandados que realizaram um trabalho de extremo bom gosto sonoro e complexo, em especial ao estreante no grupo mestre Vitinho que foi um gigante perto de tantas “feras”, medalhões já consagrados e, o belíssimo trabalho dos mestres Taranta e Rodrigo que colocaram o sarrafo da bateria da Mangueira lá em cima. Obrigado também a todo staff da LIESA que nos acompanhou de ponta a ponta cuidando de todos os detalhes com uma equipe além de super prestativa, educada e amiga. Que venha 2024″.

Observações finais de domingo: Philipe Galdino
“Não posso deixar de passar em branco o ocorrido com o carro de som da Unidos da Tijuca que largou com 164 BPM!!! Pensei que iriam tocar Frevo ao invés de Samba. Não consigo entender esse tipo de decisão. Tão logo a “Pura Cadência” entrou, o andamento despencou subitamente para 150 BPM, gerando um resultado totalmente anti-musical. É necessário que as escolas repensem essa prática, em empolgação não precisa ser correria, o samba agradece. Tal como a coirmã tijucana, a “NEMQ” largou muito acelerada, sacrificando o naipe de caixas e comprometendo a execução da levada. Totalmente desnecessário e fora das características da bateria da Mocidade. Gostaria de deixar registrado que houve problema sério no som da Avenida nos desfiles da Unidos da Tijuca e do Salgueiro”.

Observações finais de segunda-feira: Philipe Galdino
“É necessário que os mestres tenham cuidado especial no trabalho de manutenção do andamento na execução das bossas. Mudanças súbitas são geralmente anti-naturais e quebram o fluxo musical. Parabéns a todos os mestres, diretores e ritmistas por mais esse grande Carnaval. Gostaria de destacar as terceiras da “Furiosa”, terceiras da Tijuca, naipe de tamborins da Mangueira (todos com muita virtuosidade, mas sem perder a musicalidade), naipe de chocalhos do Tuiuti e um destaque também para a “Swing da Leopoldina” pelo conjunto do trabalho (muito entrosamento, criatividade e musicalidade). Um excelente 2023 a todos”.

Observações finais de domingo: Mila Schiavo
“Todas as baterias pararam em frente ao módulo, mesmo não sendo obrigatório e realizaram bossas. Todas receberam nota máxima pelo desfile. Observação: 1- Império: o agogô estava muito alto no mix do som na Avenida, abafando o som. 2 – Mocidade: o andamento começou acelerado (150 BPM) e caiu para 138. Como não ocorreu em frente ao módulo não houve penalização. 3 – Tijuca: o andamento começou em 164 BPM e caiu para 150. Por ter sido distante do módulo não houve penalização. Durante o desfile a escola teve problema com o som e essa questão foi relatada para a equipe de som! Tudo foi resolvido. 4 – Mangueira: parabéns pelo desfile e pela descrição das bossas no abre alas”.

Observações finais de segunda-feira: Mila Schiavo
“Todas as baterias pararam em frente ao módulo, mesmo não sendo obrigatória a parada. Foram realizadas bossas e todas as escolas receberam a nota máxima pelo desfile. Observações: 1- Tuiuti: não veio inscrito no abre alas o timbal. 2- Parabéns a Portela. 3- Vila Isabel: caixa do lado esquerdo do módulo não foi desligada. 4- Imperatriz: caixa do lado esquerdo do módulo não foi desligada. O julgador acredita que o manual de bateria deveria ser revisto, de forma a trazer novos desafios a todos os participantes. Obrigada e qualquer dúvida estou a disposição”.

Conclusão do colunista Freddy Ferreira:

A árdua missão de julgar a excelência musical das baterias das escolas de samba do carnaval carioca foi concluída com honras e méritos, por um júri que respeitou o segmento e enobreceu os ritmos apresentados. Na última cabine foram apresentados simplesmente os maiores espetáculos musicais, sem contar que era o trecho da pista de desfile onde o som estava mais constante e de certa forma seguro. Para quem critica de maneira errônea e indevida o fato da julgadora Mila Schiavo ter dado nota máxima a todas as baterias, fica o registro de que ali naquele módulo os ritmos fluíram a ponto da imensa maioria se exibir de maneira primorosa. Isso sem contar o fato de que as observações finais da referida jurada foram profundamente coerentes e principalmente sensatas, incluindo uma sugestão pra lá de pertinente de alteração do manual do julgador em prol de maiores desafios musicais.

Um total considerável de três julgadores alertaram nas considerações sobre o movimento anti-musical de iniciar o desfile de forma acelerada para deixar o ritmo assentar depois, até encontrar a cadência desejada. Vale atenção das baterias em relação a isso no próximo carnaval e mais ainda das escolas que não possuem o cargo de direção musical em avaliarem com carinho essa alternativa.

Na justificativa de Vila Isabel, Portela e na observação final, o julgador Philipe Galdino dissertou sobre a importância de uma atenção especial com variações de andamento e pulsação rítmica em bossas, pois geram quebra do fluxo da música, sendo anti-naturais. Esse fato aponta para uma necessidade da revisão do manual do julgador, como salientou de forma pertinente Mila Schiavo. Talvez um caminho seja avaliar também a integração dos arranjos em relação ao samba-enredo, mas com parâmetros bem definidos e alinhados.

Aproveito a oportunidade para exaltar todos os elogios aos naipes ou apresentações que cativaram os julgadores. O jurado Rafael Barros Castro fez uma análise das peças que mais lhe encantaram, sendo digno de menção positiva. Philipe Galdino também passou de forma mais geral o que lhe impressionou, bem como o julgador Ary Jayme Cohen comprovou textualmente a evolução rítmica da bateria da Mangueira do estreante Taranta Neto em dupla com Rodrigo Explosão e deu boas vindas a grande estreia do premiado mestre Vitinho no grupo especial, em meio a tantas feras consagradas. Esses apontamentos são vitais para que mestres e diretores tenham um feedback que pautem o trabalho musical a ser desenvolvido para o próximo desfile, levando em conta o que deu certo aos olhos do jurado, que acaba servindo como um verdadeiro e autêntico mediador nesse processo constante de desenvolvimento rítmico.

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