A bateria Furacão Vermelho e Branco de Mestre Ciça fez um grande desfile. Uma boa afinação de surdos foi notada, amparando os demais instrumentos numa plataforma grave sólida. O balanço das terceiras se deu de forma irrepreensível. Um naipe de caixas de guerra com batida uniforme, limpa e acrescentando volume à cozinha da bateria da Viradouro. O acompanhamento das peças leves foi consistente. O naipe de tamborins tocou com solidez e firmeza, acrescentando valor sonoro, assim como a ala de chocalhos adicionou volume à cabeça da bateria.

O trabalho da ala das cuícas também merece menção musical. As paradinhas da escola uniam ousadia rítmica e tentativa de interação popular quase constante. A concepção dos arranjos musicais foi voltada para o aspecto do espetáculo. A paradinha de maior destaque musical, garantindo ovação do público foi a que continha solo de caixas, repiques, com adição sonora de pratos para os momentos de pressão e explosão. Essa bossa ainda conteve um toque de caixas remetendo a marchinhas, numa alusão aos antigos carnavais, além da produção de um clima circense.

Infelizmente, a harmonia não parou a escola para apresentação no primeiro módulo de cabine dupla de julgadores. Sendo assim, a passagem da Furacão Vermelho e Branco na referida cabine, bem como sua avaliação, pode ter sido prejudicada por um erro que não compete a bateria. As demais passagens ocorreram sem qualquer outro transtorno, seja no aspecto musical ou relacionado à evolução. A apresentação da bateria da Viradouro de mestre Ciça na última cabine dupla de jurados ganhou contornos apoteóticos, com aplausos dos jurados e delírio da plateia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui