InícioSérie OuroAlegoria da Estácio faz homenagem às pretas velhas

Alegoria da Estácio faz homenagem às pretas velhas

A agremiação carregou a juventude e a velha guarda em carro alegórico

Estacio Esp03aA escola de samba Estácio de Sá foi a quinta a desfilar nesta sexta-feira de crnaval, no primeiro dia de desfile da Série Ouro do Carnaval carioca. O 3º carro da agremiação, chamado “As pretas velhas mães de todo estaciano. Respeito à ancestralidade e devoção desde a fundação” representou as líderes espirituais.

A alegoria da escola era preta e branca, com detalhes em azul e verde. Na frente do carro, foi possível ver um leão amarelo. Duas figuras de mulheres negras, no meio da alegoria, representavam as pretas velhas. O carro desfilou com componentes jovens e com velha-guarda, representando a ancestralidade.

Estacio Esp03.b“É uma emoção, eu to muito feliz. A gente está aqui na maior adrenalina, vem com toda força, com muita garra, com muito amor, muito carinho e muito samba”, disse Nazaré Oliveira, de 70 anos, emocionada por desfilar pelo décimo ano na escola.

O enredo de “Kianda e Mwana Ya Sanza”, Cambinda e Maria Conga, duas figuras que, embora tenham sido escravizadas desde a infância, travaram uma batalha pela preservação de sua cultura.

“Esse carro aqui, ele está homenageando essas mulheres maravilhosas”, disse a demonstradora Raiane Rangel, de 30 anos. Ela era ritmista na escola, mas está desfilando no carro este ano. “Desfilar no carro é uma sensação que eu não sei te explicar. O nervosismo, a alegria, é tudo ao mesmo tempo. Essas mulheres fazem parte do espiritismo, e vamos combinar, a nossa preta velha que protege todos nós”, completou.

Estacio Esp03.cO enredo da escola serviu como um elemento central para abordar a resistência dos povos africanos trazidos ao Brasil ao longo dos séculos e como eles foram capazes de preservar sua identidade, apesar das adversidades impostas pela escravidão.

“É a escola que me fez gostar do samba. É a primeira escola do Brasil pra quem não conhece”, disse Vanderlei da Cruz, de 76 anos, ao ser questionado sobre o sentimento de desfilar na escola. “Meus ancestrais são pessoas que sempre cultuaram e até hoje cultuam essa religião. Nós temos o maior respeito com a vovó Cambinda. A gente tem uma relação muito grande”, completou.

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