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Abrindo os desfiles do Acesso II, Imperatriz da Paulicéia faz desfile seguro com o objetivo de se manter

A Imperatriz da Paulicéia abriu os desfiles do Grupo de Acesso II. Para a escola, foi uma noite muito simbólica, pois a agremiação pôde voltar a desfilar oficialmente no Anhembi. Anteriormente desfilava como bloco pela UESP, até que conseguiu o acesso em 2022. Falando sobre a pista, a Paulicéia realizou um desfile seguro. Claramente para se manter. Levando o enredo sobre a Vila Esperança, a agremiação se destacou por um colorido muito forte. Fantasias e alegorias em tons diferentes em vários momentos da apresentação. A comissão de frente mostrou a alegria que estava por vir no desfile e a bateria da Rafa, primeira mulher da história a comandar uma batucada, executou bossas durante o percurso e conseguiu se destacar também. Além disso, o canto da comunidade foi o principal quesito. Os componentes cantaram forte o samba durante todo o percurso. A Imperatriz da Paulicéia fechou os portões com 46 minutos. O enredo é intitulado como “Bem-vindos à Vila Esperança – O Berço do Carnaval Paulistano”.

Comissão de frente

A ala, que é comandada por Diego Albornoz, se apresentou com todos os integrantes de rostos pintados e fantasias laranja, azul e verde. Por ser um tema com homenagem a um bairro, a comissão de frente optou por levar uma coreografia que remete a alegria. A apresentação foi simples e de fácil leitura. O momento chave acontecia quando um personagem principal com um bastão evoluía na frente dos demais componentes, que faziam fila e saudava o público. Destaque também para um determinado em que um integrante menor da ala fazia acrobacia, subindo no ombro de outro e pulando de volta.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Analisando o casal em frente ao setor B em diante, Ronaldo e Leila, executaram movimentos corretos, mas apesar disso, dava para ver no rosto de ambos, a demonstração de certa insegurança. Principalmente por parte do mestre-sala, que não sorria. Estava focado apenas na dança e não em demonstrar a elegância que se pede. A apresentação da dupla girou em torno dos movimentos protocolares, que são os giros horários e anti-horários, além dos minuetos.

Harmonia

Foi o ponto chave da agremiação. Notou-se uma comunidade bastante feliz pelo fato de pisar no Anhembi depois de tanto tempo, pois estava em bloco. O canto se fez presente, a melodia do samba ajuda e o andamento da bateria de mestre Rafa não deixou os componentes parados. O refrão do meio e o principal se destacam no canto da comunidade.

Enredo

O desfile se tratou sobre o bairro da Vila Esperança, cujo é intitulado como “Bem-vindos à Vila Esperança – O Berço do Carnaval Paulistano”. Foi um enredo contado de forma bem simples. O destaque positivo é que a agremiação deu grande destaque às personalidades importantes que tiveram certa história com o bairro, como o Seu Nenê e principalmente Adoniran Barbosa, que foi ilustrado no abre-alas. s à Vila Esperança – O Berço do Carnaval paulistano”.

Evolução

Houve uma certa tensão na entrada da bateria no recuo. No momento em que os comandados da mestre Rafa entrava, a ala de trás demorou para avançar e a alegoria avançou um pouco demais. Devido a isso, um integrante do departamento de harmonia gritou ‘desesperadamente’ para os merendeiros fazendo sinal para os outros componentes e merendeiros pararem de empurrar o carro alegórico. O espaço técnico foi preenchido apenas pela rainha de bateria Ariê Suyane e a ala que vinha atrás demorou um certo tempo para preencher o espaço. No entanto, o resto da escola evoluiu de forma correta, principalmente dentro das alas. As fileiras estavam bem feitas e os componentes conseguiam dançar e cantar com satisfação.

Samba-Enredo

Como dito anteriormente, é uma obra com melodia feita para o componente se divertir, e foi o que aconteceu. O samba pegou na comunidade e todas as alas cantaram. Destaque para a ala de abertura, que vinha logo em seguida do carro abre-alas. Dá para dizer que o refrão do meio resumiu muito bem a proposta de desfile da Imperatriz. “Bloco e cordões, palhaços, colombinas… Pierrot apaixonado, confete, serpentina… Ai que saudade, que bom recordar! Lembranças guardadas, é pura emoção… Bate forte coração”. O intérprete Fabiano Melodia e seu carro de som guiou empolgou a comunidade para cantar cada vez mais.

Fantasias

O acabamento das fantasias era de material simples, talvez com o objetivo de facilitar a leitura dos jurados. Vale destacar a roupa das baianas, que foi homenageando o ilustre sambista Seu Nenê, eterno patrono da Nenê de Vila Matilde. A velha-guarda foi vestida inteiramente de azul e destacada no primeiro setor da escola. Como dito anteriormente, a Imperatriz quis levar um desfile descontraído e, por isso, fizeram fantasias coloridas para a sua apresentação na pista. Porém, vale destacar a segunda e terceira ala após a primeira alegoria, onde partes caíram. Eram detalhes de bolas que haviam nos costeiros.

Alegorias e Adereços

Um abre-alas colorido onde na parte da frente havia a coroa, que é o símbolo da escola e, logo atrás, a escultura de Adoniran Barbosa. A agremiação, que para fincar a sua estreia colocou sua coroa. Já sobre o cantor, a homenagem foi feita pois ele tem uma grande ligação com a Vila Esperança. Vale destacar tal semelhança, que foi bem realista. Na frente contava com uma iluminação especial brilhosa.

A segunda alegoria aparentemente simbolizava o carnaval na Vila Esperança. O carro era todo rosa com duas esculturas sambistas com chapéu na parte da frente. No alto da alegoria, havia um Rei Momo, realmente significando o samba.

Outros destaques

O maior destaque é a estreia de uma mulher á frente de uma bateria de escola de samba. Mestre Rafa fez história no Anhembi nesta noite sob a ‘Swing da Paulicéia’. A batucada teve um grande desempenho, realizando várias bossas enquanto a escola passava.

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