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Finalista da edição do Big Brother Brasil 2020, Thelma Regina, médica anestesista e passista da Mocidade Alegre, agremiação de São Paulo, durante toda sua trajetória ergueu a bandeira da sua escola do coração e mostrou seu amor pelo samba. Retribuindo esse amor e carinho, os sambistas se uniram parar votar e buscar a consagração de Thelma como grande campeã da edição.

Nas redes sociais da escola foram feitas campanhas durante todo o programa para a permanência de Thelma. Solange Cruz, presidente da agremiação, enfatizou que assim como fizeram com a participante, fariam com quem levantasse a bandeira do samba.

“A escola se movimenta e se movimentou em todos os paredões, em tudo que pode, em mutirões… Temos grupos dos componentes da agremiação de vários setores e alas, nós temos o ‘Voz da Morada’ onde fazemos as divulgações e nos comunicamos para ajudar e incentivar. Faríamos com outros participantes que elevassem o nome da agremiação, assim como a Thelma fez. Tivemos a Viviane Araújo em outro reality show e mesmo não sendo da minha escola torci por ela como sambista”, disse Solange.

Na edição ficou nítido o amor pela Morada do Samba, na primeira prova do líder que ganhou Thelma passou horas cantando sambas da agremiação. Em sua festa, que pode escolher o tema, optou por levar a temática carnavalesca para dentro da casa e dentre os pedidos pediu que ao menos tocassem um samba da Mocidade Alegre. Sobre essa paixão declarada a presidente diz que recebeu essas declarações e falas de Thelma como uma grande homenagem.

“Ela falar do amor pela Mocidade durante o programa bateu em mim como uma super homenagem. Ela é uma garota super tranquila e eu nem imaginava que ela fosse dar toda essa repercussão em relação a Morada mas sei que a escola é muito importante para ela por fazer parte da nossa família há muitos anos. Thelma é uma pessoa na dela, do jeito que ela está dentro da casa. Foi uma grata surpresa vê-la elevar o nome da escola, a bandeira do samba… É um sentimento inexplicável, realmente de pessoas gratas por estar lá e reconhecer o lugar onde ela convive e gosta”, explicou.

No decorrer da edição surgiram pedidos para a participante ascender da ala de passistas para um outro posto, rainha e musa foram um dos pedidos feitos na internet. Falando sobre o futuro de Thelma na escola a presidente disse que não pensa nisso.

“Por mais que exista esse assunto a escola não pensa em nada disso, de por ela em qualquer outro lugar, isso é muito a mídia que faz esse tipo de repercussão. Ela mesmo dentro do programa deixou claro que quer continuar na ala de passistas, que é onde ela quer estar, com o pessoal dela, no chão da escola. Thelma é uma pessoa de muita consciência e o que me chama atenção é a inteligência demonstrada, a forma de pronunciar, a postura, a forma de conduzir. Eu sinto muito orgulho de tê-la representando o samba, a negritude, a mulher e a Mocidade Alegre em si. Muito orgulhosa dessa representatividade toda”, falou a presidente.

Um dos grandes motivos de Thelma ter chego na final foi a coerência que manteve durante o programa. Seguiu suas crenças e intuições sem perder sua essência. Solange falou que apesar de não ser íntima da passista a conhece há muitos anos e afirmou que ela não mudou em nada do que é aqui fora.

“Não vejo mudança nenhuma da Thelma na Mocidade e da Thelma no reality, ela é aquilo lá, daquele jeitinho dela, não vi mudança alguma. Não sou amiga íntima dela, mas a conheço há muitos anos, ela desfilou na bateria, desfilou na comissão de frente, desfila no miscigenação que é a ala de passistas da escola. Acabamos tendo contato pois ela participa dos ensaios, ela sai em ala que é coreografada, temos os shows da escola, as viagens para fazer apresentações. Ela está sempre lá, é uma pessoa de convívio. Thelma já desfilou em outra agremiações, tem um convívio muito grande com pessoas do mundo do samba. Já desfilou na Nenê de Vila Matilde, na Pérola Negra com o Roberio, que é nosso passista de ouro, que já foi Rei Momo pela Mocidade Alegre e é coreografo da comissão de frente do Pérola e ela desfilou lá. Ela é Mocidade, mas sempre que surgia uma vaga no Acesso ou em outro lugar dançando ela ia por ser bailarina. Ela gosta de dançar, boa em coreografias e faz parte desses grupos coreográficos que a escola tem. É uma menina cheia de vida, cheia de energia positiva, do jeito que o Brasil assistiu”, encerrou Solange.

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