Por Matheus Mattos
Segunda bateria da noite de segunda-feira, a Swingueira de Noel aliou perfeição técnica em praticamente todo trajeto com a vibração dos ritmistas a cada instante. Até mesmo o mestre, Macaco Branco, demonstrou muita tranquilidade.
Ainda na largada, a bateria subiu de forma pulsante e precisa, e contribuiu diretamente pro clima aguerrido do desfile. No minuto 33, na retomada do segundo apagão, a bateria apresentou um leve descompasso. Como foi distante da cabine, não deve comprometer o desempenho.
As bossas apresentadas trabalharam com eficiência a complexidade dos instrumentos da cozinha. Na que começa no “Ê viola”, as caixas tinham desenhos complexos e bem efetuados. No final dela, como ajuda para não perderem o tempo, os ritmistas contam até a bateria retomar por completo.
No geral, dois instrumentos se destacaram. Primeiro pela boa divisão da batida do tarol, segundo pela firmeza dos chocalhos. Além da execução, o leve ousou no desenho efetuado no trecho “O Curumim, o Piá e o Mano”.
A complexidade dos arranjos também foi notado nas cordas. Os cavacos e violões realizaram arpejos, solos e também desenharam dentro das bossas. O principal foi executado no final, mais especificamente no “Assim nasceu a flor do cerrado”, um solo que durou cerca de 17 compassos.