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União da Ilha abre buraco gigante, estoura tempo e se complica no Grupo Especial

Por Victor Amancio. Fotos: Allan Duffes, Isabel Scorza e Magaiver Fernandes

Sexta escola a passar na avenida na primeira noite do Grupo Especial, a União da Ilha fez o pior desfile da noite errando feio na evolução. Abrindo um buraco imenso entre o setor 6 e o setor 10 atrapalhando todo o resto da escola, que teve diversos outros espaços abertos entre alas. Correndo muito a Ilha ainda assim estourou um minuto do tempo máximo e deve perder um décimo. Nas fantasias foram utilizados recursos próximos das roupas do dia a dia com pouquíssima carnavalização desta forma trazendo um desfile mais próximo do real.

Comissão de frente

Coreografados por Leandro Azevedo o grupo de bailarinos se apresentou encenando a realidade vivida em muitas comunidades, onde o caminho mais fácil nem sempre é o caminho correto a ser seguido porém é o meio de sobrevivência. Crianças maltrapilhas iniciam a apresentação e saindo do tripé, que na parte de frente apresenta com uma mulher negra, sai uma menina fazendo alusão ao parto. Esta melhor vestida e acompanhada de uma mochila apresenta um livro mudando o rumo das outras crianças. Encerrando a comissão vislumbrando através da apresentação as crianças se tornando adultos com diversas formações e dando a ideia da educação sendo o caminho para salvar o futuro das crianças. A comissão não teve um momento de explosão, não caiu nas graças do público e a saída ainda atrapalhou a entrada do primeiro casal.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal da União da Ilha, Phelipe Lemos e Dandara Ventapane vieram representando seu Zé e Maria, em referência aos Exus que são os donos da rua. O casal enfrentou problemas na apresentação por conta do tripé da comissão de frente que demorava a sair da frente do módulo dos julgadores e atrasando a apresentação do casal. Por mais que eles tenham enfrentado esse problema a dupla dançou muito bem, com passos sincronizados e sem nenhum erro. Dandara com passos mesclando leveza e força confirma maturidade como porta-bandeira e Phelipe com seu gingado malandreado conduziu com maestria seu par. Dandara falou que o casal precisou improvisar na apresentação.

“A gente tem 4 anos de parceria, temos muita sintonia, hoje dançamos improvisando”, explicou Dandara.

Harmonia

Por mais dos grandes problemas de evolução a escola teve um canto forte. O trabalho de harmonia do mestre Laíla foi perceptível. O problema não afetou o canto da escola e Ito comandou jogando pra cima o componente.

Enredo

O enredo da União da Ilha retratou os principais problemas que afetam a sociedade mais pobre da população, mais precisamente o grupo sem privilégios que habita as comunidades e periferias. Fazendo um convite para o público conhecer essa realidade e apresentando as mazelas e alegrias vividas por esta parcela da sociedade a escola desfilou com 5 setores e não foi prejudicado pelas fantasias e alegorias que explicaram bem o enredo da escola.

Evolução

Impressão de iniciar o desfile de forma lenta e por conta de um problema com o segundo carro, que ficou sem sair do lugar por um tempo, a escola abriu um buraco do Setor 6 até o Setor 10. Depois de solucionado o problema os componentes precisaram correr para alcançar o resto da escola e a evolução se tornou um caos abrindo buracos em diversos outros pontos. Por conta dos erros a escola estourou um minuto do tempo máximo e dever perder um décimo por não cumprir a obrigatoriedade.

Samba-Enredo

O samba funcionou para o canto porém não passou bem para o público. Crescendo na voz e Ito a obra ainda foi abaixo do nível porém retratava bem o enredo da escola.

Fantasias

Diferente do que as escolas apresentam habitualmente a União da Ilha desfilou com fantasias muito próximas do real e com pouca carnavalização. Por mais que explicassem bem o enredo algumas tinham problemas de acabamento como as 19, 21 e 23 que passaram deixando pela pista pedaços da fantasia.

Alegorias

O realismo foi o caminho que os carnavalescos Fran Sérgio e Cahê Rodrigues optaram para desenvolver o enredo da União da Ilha. Os carros era bem próximos da realidade e as composições em sua maioria usavam roupas normais dando ainda mais realidade para o desfile. Bem acabados e retratando o enredo o erro ficou por conta dos problemas motores do segundo carro que atrapalhou a escola.

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