O Museu do Samba realiza neste sábado, 28 de junho, às 14h, o “Encontro Detentores do Samba”, programação gratuita que conta com apoio do Ibram – Instituto Brasileiro de Museus. No evento, o museu carioca vai reunir sambistas das Velhas Guardas de escolas de samba do Grupo Especial, Série Ouro e grupos de acesso da Intendente Magalhães. Já confirmaram presença as seguintes escolas: Beija-Flor, Portela, Salgueiro, Viradouro, Grande Rio, Imperatriz, Unidos da Tijuca, Vila Isabel, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos de Niterói, Estácio de Sá, União da Ilha, União de Maricá, Unidos do Jacarezinho, Parque Acari, Vigário Geral, Unidos de Padre Miguel e Em Cima da Hora.

museu samba
Foto: Mariza Lima/Divulgação

No formato de roda de conversa, o evento vai discutir o atual cenário do carnaval e do samba no Rio de Janeiro, bem como a participação e valorização das Velhas Guardas no cotidiano das agremiações. No final, a roda de samba do museu comanda a diversão, com um repertório de clássicos do partido alto, sambas de terreiro e sambas de enredo.

A entrada é grátis e dá direito a visitar as cinco exposições em cartaz no Museu do Samba: “Samba Patrimônio”, “A força feminina do samba”, “Aos heróis da liberdade”, “Semba Samba – Corpos e Atravessamentos” e “Patrimônios Negros”. O ingresso deve ser retirado antecipadamente na plataforma Sympla. O Museu do Samba fica na rua Visconde de Niterói, nº 1296, na Mangueira, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

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O que são “detentores” culturais? – Segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), detentores são pessoas ou coletivos que, por possuírem saberes específicos sobre bens culturais, são os principais responsáveis por sua continuidade e transmissão às futuras gerações. Na vida de uma agremiação, os sambistas da Velha Guarda são os mais legítimos detentores dos fundamentos e tradições deste Patrimônio Cultural Brasileiro que é o samba carioca, com suas escolas, desfiles e rodas. Seus integrantes são os mais velhos, que ocuparam outras funções quando mais jovens, como compositores, passistas, ritmistas, baianas, integrantes de departamentos de harmonia, comunidade, entre outros.

O projeto “Encontro Detentores do Samba” tem uma programação composta por seis encontros com segmentos tradicionais das escolas de samba, entre eles bateria, baianas, passistas e compositores. A primeira edição aconteceu em 3 de maio, com mulheres dos departamentos femininos.

“Candeia já defendia, desde a década de 1970, que a escola de samba não pode ser uma árvore que esquece a raiz, e não tem raiz mais profunda do que a Velha Guarda, formada por mulheres e homens que criaram e dão vida à história e às dinâmicas do samba, sua organização e vida social; por isso, qualquer debate sobre fortalecimento e valorização dos sambistas, do samba e do carnaval não pode esquecer de ouvir e dialogar com este segmento”, afirma Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba e neta do compositor Cartola e de Dona Zica.

“O Museu do Samba é um espaço de salvaguarda da memória do samba e de defesa dos maiores guardiões desta memória, que são os próprios sambistas; não podemos esquecer que foi o Museu do Samba que elaborou o estudo que levou o IPHAN a conceder ao samba do Rio de Janeiro o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e, portanto, é nosso papel advogar pelo fortalecimento deste bem cultural e seus detetores”, finaliza Nilcemar.

SERVIÇO
Encontro Detentores do Samba – Roda de conversa com Velhas Guardas
Local: Museu do Samba
Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira
Dia: sábado, 28/06/2025
Horário: 14h
Entrada franca, com retirada de ingresso no Sympla