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Freddy Ferreira analisa a bateria do Salgueiro no Carnaval 2025

Um excelente desfile da bateria “Furiosa” do Acadêmicos do Salgueiro, comandada pelos mestres Guilherme e Gustavo. Um ritmo que contou com uma impactante pressão sonora das marcações pesadas, junto de um conjunto de bossas de musicalidade ímpar, plenamente integradas ao que a obra da Academia do Samba solicitava.

Na cozinha da “Furiosa” foi possível notar uma afinação de surdos bem pesada, totalmente inserida no DNA musical da bateria do Salgueiro. Marcadores de primeira e segunda se exibiram com firmeza, mas de modo seguro. Brilhante o destacado trabalho envolvendo os surdos de terceira do Sal. O brilho musical das terceiras salgueirenses deu um molho bem envolvente tanto em ritmo, quanto nas apresentações caprichadas em bossas. Repiques coesos tocaram integrados a caixas de guerra com boa ressonância e uma ala de taróis de qualidade, dando aquele genuíno molho Furioso ao ritmo da escola branca e encarnada da Tijuca. Atabaques também se fizeram presentes, sendo vitais no belíssimo trabalho das paradinhas. Repiques solistas também desfilaram com Cowbell, uma espécie de agogô de uma só campana (boca), mas com uma sonoridade mais seca e sem a ressonância mais metalizada de agogôs.

Na parte da frente da bateria do Salgueiro, um naipe de showcalhos se exibiu com classe e talento técnico, tocando de forma uníssona junto de uma ala de tamborim eficiente e ressonante. O entrosamento rítmico de tamborins e chocalhos foi um dos pontos altos nas peças leves. Uma ala de cuícas competente mostrou boa técnica, ajudando no preenchimento da cabeça da bateria do Torrão Amado.

As bossas do Salgueiro eram pautadas por uma musicalidade ímpar, aliada a uma boa pressão sonora, proporcionada pela afinação de surdos mais pesada. Os arranjos seguem exatamente o que pedia o samba salgueirense, tanto em melodia quanto também na letra. Destaque para a musicalidade da bossa do refrão do meio com um arranjo que misturou Baião e Maracatu, remetendo ao sertão. Já na segunda do samba, a mais elaborada construção musical arrancou aplausos do público, com direito a toque de atabaques e repiques solistas tocando Cowbell, evidenciando a versatilidade rítmica acima da média da “Furiosa”. O trabalho valioso das terceiras em bossas merece menção musical, pela complexidade e dificuldade de execução, além do inegável talento sonoro.

Um desfile excelente da bateria “Furiosa” do Salgueiro, dirigida pelos mestres Guilherme e Gustavo. Um ritmo salgueirense que apresentou uma impactante pressão sonora de surdos, junto de bossas de musicalidade diferenciada. A apresentação na última cabine de jurados recebeu uma ovação popular, coroando um trabalho de destaque dos irmãos salgueirenses. Ritmistas, diretores e os mestres têm motivos de sobra para retornar com o caminhão de peças para a rua Silva Telles orgulhosos de um grande desfile da bateria “Furiosa”.

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