Durante as gravações para o projeto audiovisual da Liga-SP, o CARNAVALESCO conversou com o vice-presidente e diretor de carnaval da Acadêmicos do Tucuruvi, Rodrigo Delduque. O gestor maior contou sobre a fase que vive a escola e o segredo para isso. Também falou sobre o samba de 2024, que, segundo ele, tirou a comunidade da ‘zona de conforto’ e entre os sambas do carnaval paulistano do ano passado foi um dos que mais fizeram sucesso no pré-carnaval e no desfile, mudando olhares para a escola. Delduque elogiou a obra de 2025, que segundo os leitores do CARNAVALESCO, foi apontada como o melhor samba-enredo do ano e, além disso, o vice-presidente prometeu entrar na briga pela taça do carnaval.

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delduque tucuruvi

Com a crescente da Tucuruvi no Carnaval 2024, qual é o verdadeiro objetivo para 2025?

“O objetivo é ser campeão, na verdade. A gente busca o nosso sonho, como diz o samba. A parceria foi muito feliz em fazer esse samba. A gente está todo dia, toda hora batendo na tecla que é ser campeão. Respeito as outras 13 coirmãs, sei que tem muita gente grande em busca do título, mas a gente também tem o nosso valor e o nosso objetivo”.

O samba-enredo do ‘Ifá’ fez sucesso no carnaval 2024 e os olhares para a Tucuruvi mudaram positivamente. Qual sua análise?

“Era um samba muito difícil, onde eu achei uma linha para tirar a escola da zona de conforto. Por ser muito difícil foi quando eu contra-ataquei toda a escola dizendo que nós tínhamos que cantar. E a dificuldade do samba, por incrível que pareça, fez a escola sair daquela zona de conforto. Foi um enredo maravilhoso que nos estabilizou para o carnaval daqui para frente por se tratar da minha religião e da primeira religião de matriz africana do universo. Também a parceria acertou e tirou daquela comodidade, onde a comunidade entendeu que tem que ensaiar e tem que entender o enredo. Não é só decorar o samba e, quando eles entenderam isso, tudo ficou mais fácil. Para 2025 a comunidade também entendeu isso e nós estamos dando continuidade nesse trabalho”.

O que espera do trabalho dos carnavalescos Dione Leite e Nicolas Gonçalves?

“Quando eu conversei com eles e com o nosso enredista Vinícius Natal, em relação ao enredo e ao visual da escola, deixei claro que eu queria algo diferente, queria algo que a Tucuruvi nunca tivesse feito, algo inédito. Eles atenderam, acho que foram até um pouco acima do esperado e eu acabei embarcando nessa loucura deles e eu fiquei muito feliz com o projeto. Realmente vai ser um visual diferente e eu convido a todos para ver”.

A Tucuruvi foi muito feliz encerrando o carnaval em 2024, mas vocês optaram por ser a quinta escola do sábado no próximo desfile. Por que dessa mudança?

“Encerrar o carnaval para nós era um desafio diferente. Nós já tínhamos aberto dois desfiles, que anteriormente quem subia era a primeira do ano seguinte. Existem alguns mitos no carnaval entre abrir e fechar e graças a Deus a escola conseguiu passar por esses dois obstáculos. O quinto lugar foi escolhido por estar ali naquela zona de horário com a avenida bem acesa, desfilando à noite. E aí, por nós já termos desfilado tanto como a primeira, quanto a última, agora esse ano a gente também buscou ali mais ou menos um meio da noite para estar se adequando a qualquer tipo de horário”.