A Unidos do Viradouro realizou, na noite do último sábado, mais uma etapa de sua disputa de samba-enredo rumo ao carnaval de 2025. A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Ao todo, seis sambas se apresentaram na quadra de ensaios da Vermelha e Branca, no bairro do Barreto, em Niterói. A escola divulgará na próxima segunda-feira os sambas classificados para a semifinal. * OUÇA AQUI OS SAMBAS

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Parceria de Diego Thekking: A primeira obra a se apresentar na noite foi a dos compositores Diego Thekking, Roberto Doria, Professor Jandré, Gabriel Machado, Ricardo Sato, Juliano Centeno, Karol Kon, Toncá Burity, Ionalda Belchior e Julio Pagé. O samba foi defendido pelo intérprete Nino do Milênio, que conduziu com maestria, dando toda a força necessária na interpretação do samba. A obra, mais uma vez, mostrou grande rendimento na quadra, sendo uma das que mais tem crescido ao longo da disputa. A torcida marcou presença com chapéus de palha com led e árvores de led, além de bandeiras e estandartes. Uma das qualidades do samba é possuir “três refrões”, que faz com que o rendimento não caia ao longo das passadas. O destaque principal é o pré-refrão, “Deixa arder canavial, deixa arder todo engenho/Gira no Maracatu…/Se tem samba na curimba, tem repique no ilú”. A obra não sentiu o peso de abrir a eliminatória e foi um dos destaques da noite.

Parceria de Mocotó: O segundo samba da noite foi o dos poetas Mocotó, PC Portugal, J.Lambreta, Peralta, Alexandre Fernandes, André Quintanilha, Bira do Canto, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes e Carlão do Caranquejo. Defendido por Evandro Malandro e Emerson Dias, o samba tem realizado grandes apresentações na quadra, o que mais uma vez aconteceu. A torcida, em bom número, contou com bandeiras nas cores da Viradouro. O refrão do meio, “Alma de caboclo, reis do catucá/Coroa de palha, pena de quem enfrentá /Folha macerada, trama de cipó/Renascido na Jurema/Porque a força da Jurema/É a raiz do catimbó”, foi muito cantado pela torcida na quadra e contagiou o público presente. Além disso, a preparação para o refrão principal do samba é um achado e funciona muito
bem: “Malunguinho, Malunguinho/Coroado no tambor/Guardião, Exu trunqueiro/Esse aqui é meu terreiro/Viradouro de Xangô”. O samba tem ganhado cada vez mais adeptos na quadra da escola e pavimentado um bom caminho na disputa, sendo um dos destaques da noite.

Parceria de Paulo César Feital: O terceiro samba a se apresentar tem a assinatura de Paulo César Feital, Inácio Rios, Marcio Andre Filho, Vitor Lajas, Vaguinho, Chanel e Igor Federal. A obra foi defendida pelos intérpretes Tinga, Carlos Junior e Igor Vianna, que conduziram muito bem o palco. Após as mudanças realizadas no time de canto, a obra cresceu e melhorou seu desempenho na disputa. Importante destacar, ainda, a presença da intérprete Lissandra, que deu uma musicalidade e um tom muito bonitos ao samba. A torcida contou com balões, papel picado e bandeiras, além da presença de um grupo performático. Os pontos altos foram o refrão principal, “A chave do cativeiro// Virado no exu trunqueiro //Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado// Fechado tenho meu corpo// Porque nunca ando só”, e o bis anterior, “O rei da mata que mata quem mata o Brasil”. A segunda do samba, que tem uma melodia muito interessante e diferenciada, também funcionou bem e contagiou o público. A obra tem mostrado crescimento nas apresentações e se destacou na noite.

Parceria de Renan Gêmeo: Quarto samba a se apresentar, o da parceria de Renan Gêmeo, Lucas Macedo, Diego Nicolau, Carlinhos Viradouro, Jeferson Oliveira, Silvio Mesquita, Orlando Ambrosio, Marcelo Adnet, Neném Perigo e Rodrigo Gêmeo foi muito bem interpretado pelos intérpretes Gilsinho e Igor Sorriso. A torcida esteve presente em bom número com balões, bandeiras e luzes. O refrão principal foi o grande destaque: “Sobô nirê sobô nirê mafá/Sobô nirê ô sobô nirê/ Malunguinho desceu, a poeira subiu/Viradouro incorporada taca fogo no Brasil!”, sendo bem cantado pela torcida na quadra. Ao longo da apresentação, no entanto, o samba não teve desempenho constante, notando-se certas quedas no rendimento.

Parceria de Dan Passos: O quinto samba da noite foi o dos autores Dan Passos, Zé Glória, Wilson Mineiro, Clay Ridolfi, Hélio Porto, Miguel Dibo, Marcus Lopes e Bira. A obra foi bem conduzida por Charles Silva e Marquinhos Art´Samba, que sustentaram bem o desempenho do samba. A torcida contou com bandeiras. O bis anterior ao refrão, “Exu, seu Malunguinho é Juremá/ Exu trunqueiro, seu Malunguinho é Juremá”, foi o grande destaque e empolgou o público na quadra. Também teve bo m desempenho na quadra o refrão do meio: “Revira caboclo na brecha do matagal/A flecha que acerta o mal sai do arco do curandeiro/Rei dos mistérios e sua coroa de palha/É força e fé que não falha/ Divindade do meu terreiro”. A apresentação foi, de modo geral, muito correta.

Parceria de Deco: A noite foi encerrada de forma brilhante pelo samba da parceria de Deco, Samir Trindade, Fabrício Sena, Victor Rangel, Deniy Leite, Robson Moratelli, Felipe Sena, Jeiffer e Ricardo Castanheira. A obra foi conduzida de modo magistral por Guto. A torcida do samba deu um show na quadra com bandeiras, fumaça e papel picado. A parceria também levou uma grande árvore, muitos torcedores vestindo chapéus de palha, além de um grupo performático. A chamada para o refrão principal, que é muito forte, teve grande destaque na quadra: “Firma ponto pra saudar, sobô nirê mafá/Firma o ponto no terreiro, vou me apresentar”, além do próprio refrão principal: “Eu me chamo Malunguinho//Malunguinho abre a mesa//Eu protejo essa casa, nesse samba de defesa//
Arde a chama da justiça//Esse carnaval é meu//Hoje sou a Viradouro e a Viradouro sou eu”. Outra destaque foi o refrão do meio, que possui uma melodia muito bonita: “É pena, é palha, é coroa/Japecanga é cipó/É pajelança, é folha/Na tirania um nó/Passa rio e riacho/Onde passo é alvoroço/Nas terras de catucá, caboclo”. A obra, que também tem mostrado bom crescimento nas apresentações na quadra, foi um dos destaques da noite.