728x90
InícioSão PauloVoando alto no Anhembi, Gaviões da Fiel realiza o seu melhor desfile...

Voando alto no Anhembi, Gaviões da Fiel realiza o seu melhor desfile e sonha com título

Agremiação, que ficou na quinta colocação em 2011, agora tem a chance de brigar pelo topo novamente. Quem sabe sonhar com a quinta taça na galeria

Os Gaviões da Fiel realizaram o seu melhor desfile após 13 anos, quando na oportunidade fazia um enredo sobre Dubai. Agora, com um tema totalmente diferente, a “Torcida que Samba” mostrou ao público presente no Anhembi uma temática africana, levando máscaras do continente contadas pela divindade Orunmilá. Um desfile ótimo plasticamente, alegorias que se destacaram pelo seu realismo e fantasias com acabamento impecável. Por sinal, uma superação foi enfrentada. A escultura de Xangô, que foi levada pela ventania nesta última semana, foi reconstruída com perfeição. Ernesto Teixeira conduzindo o samba, comissão de frente e casal também foram destaques. Um conjunto de quesitos para colocar a Fiel Torcida na briga pelas primeiras posições. Os Gaviões levaram o enredo “Irin Ajó Emi Ojisé”, assinado pelos carnavalescos Rayner Pereira e Júlio Poloni.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

gavioesdafiel25 17

Comissão de frente

Nomeada como “Me fiz emi caminheiro”, a comissão de frente coreografada por Helena Figueira, teve como personagens “Orunmilá”, “Exu” e “Filhos da Profecia”. Uma coreografia bastante criativa criada pela coreógrafa Helena Figueira. Os bailarinos, com uma criativa fantasia, carregavam cada uma máscara diferente nas mãos e, em determinado momento, em posições sincronizadas, mostravam para o público. O outro personagem, Exu, percorria o tempo todo a pista e o elemento alegórico, mas o ponto alto da dança era quando o integrante de Orunmilá aparecia de dentro da árvore do tripé, se fazendo o caminheiro em andamento aos locais em que vai o enredo vai contar a história.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Wagner Lima e Carolline Barbosa, juntamente aos seus guardiões, desfilaram com a fantasia “Máscara Kanaga”. A dupla realizou um desempenho de alto nível, assim como fez nos ensaios técnicos. Catol não sentiu o peso da fantasia e executou todos os passos com maestria.

Enredo

O tema “Irin Ajó Emi Ojisé”, assinado pelos carnavalescos Júlio Poloni e Rayner Pereira tinha como objetivo mostrar a viagem de Orunmilá pelo continente africano concedendo máscaras, interagindo e tendo acontecimentos variados com outras entidades, como Nanã, Xangô, Aluvaiá, Exu e Ewá. Para quem estudou sobre o tema, ficou perfeitamente entendido nas alegorias.

Alegorias

O primeiro carro, nomeado “No Pântano de Nanã”, desfilou com o tradicional gavião, símbolo da entidade e, acima, uma escultura gigante da orixá Nanã, fazendo alusão ao encontro de Orunmilá com Nanã dentro do tema.

A segunda alegoria, “No Palácio de Xangô”, teve como principal figura a escultura do próprio orixá no topo do carro. Vale destacar que esse objeto teve que ser totalmente reconstruído, pois foi o mais afetado na ventania de 100 km/h que afetou o Anhembi.

A terceira alegoria, chamada “Exu e Aluvaiá em Ato de Libertação”, levou duas esculturas de dois negros gritando com uma caravala atrás. Aparentemente, dentro do enredo, é quando Orunmilá encontra a África em fúria.

Ewá e a Profecia – Uma alegoria toda marrom, que é a orixá da beleza, fechando todo o ciclo da viagem de Orunmilá

Harmonia

Após tantas tentativas de ajustar o canto, os Gaviões conseguiram e funcionou bastante no desfile. Uma prova disso é o apagão que a bateria “Ritimão”, comandada por mestre Ciro, fez um apagão obrigando a escola a antar alguns versos da obra, principalmente os finais. Um samba que teve certa de dificuldade por suas palavras africanas em sequência, mas a comunidade entrou com vontade e fez valer o quesito.

Fantasias

Um conjunto de ótimo nível foi apresentado no Anhembi pela escola alvinegro. Foi usado ótimos materiais de alto gabarito e todas se destacaram. A escola tinha uma dificuldade de reproduzir o que estava nos pilotos, mas desta vez seguiu fiel.

Samba-enredo

O cantor Ernesto Teixeira, interpretando o seu primeiro samba-enredo afro história, fez um belo trabalho junto à comunidade fiel e a bateria “Ritimião”. A sinergia na hora da bossa vale um destaque especial. Também é gigante o trabalho do diretor musical Rafa do Cavaco, que criou todo o desenho das cordas e guia a todo momento a ala musical no canto, principalmente na ajuda para Ernesto.

Evolução

A comunidade evoluiu de forma satisfatória. Destaque para o movimento que os componentes faziam no refrão levantando os braços, jogando os braços para frente com o balançar do corpo em sintonia. O andamento foi linear, a escola não parou por um longo tempo na pista em nenhum momento, e isso fez com que o tempo fosse satisfatório e sem correria.

Outros destaques

A bateria “Ritimão, vestidos de “Ogãs” realizaram bossas obrigatórias para o jurado avaliar, com destaque para o apagão. Vale citar que eles não pararam para se apresentar para os módulos, como fazem todos os anos.

Rainha de bateria, Sabrina Sato, foi para a pista com um ‘look’ dourado. A artista sempre leva o público ao delírio com a sua presença quando está com a Fiel Torcida. A ala das baianas desfiou vestida de “Máscara Gueledé”. Corinthiana fanática, Alessandra Negrini esteve presente, desfilando ao lado da ala musical.

- ads-

Mocidade Alegre traz linda estética e conta com grande atuação do casal de mestre-sala e porta-bandeira

Atual bicampeã do carnaval paulistano, a Mocidade Alegre foi a terceira agremiação a desfilar no sábado de carnaval no Grupo Especial. Esteticamente, a escola...

Comissão de frente criativa e instrumentos de sopro na bateria marcam desfile do Império de Casa Verde

O Império de Casa Verde desfilou neste sábado pelo Grupo Especial de São Paulo no carnaval de 2025. A criativa comissão de frente, a...

Águia de Ouro abre o sábado de carnaval com a força do canto da Vila Pompeia

O Águia de Ouro abriu o sábado de carnaval realizando um grande tributo musical em homenagem ao Benito di Paula. Foi um enredo contado...