InícioSérie OuroIlhaVestidas de Abayomi, baianas da Ilha trazem coragem para a Sapucaí

Vestidas de Abayomi, baianas da Ilha trazem coragem para a Sapucaí

As senhoras da tricolor insulana encantam ao passarem como bonecas da personagem Amora na Sapucaí

As baianas da União da Ilha vieram trajadas de Abayomi, a boneca de Amora, uma das personagens que guiaram o enredo “Doum e Amora: crianças para transformar o mundo”. Boneca de origem africana, na narrativa, é ela que traz calma e suporte para a menina Amora perante os desafios da infância. A fantasia veio em cores quentes, como amarelo e laranja, com o turbante com black e as faixas com desenhos de da boneca, além das senhoras também desfilarem como uma Abayomi. Ao entrevistarmos algumas delas na concentração, as baianas contaram que gostaram muito da fantasia, considerada muito bonita, colorida e representativa da ancestralidade que o enredo também evoca. Além disso, o CARNAVALESCO quis saber o que acalma o coração de cada uma antes de um desfile, como Abayomi faz com a menina Amora no enredo.

Ana Valéria Oliveira, baiana da Ilha há cinco anos, gostou da fantasia e também do significado da mesma: “É a nossa ancestralidade, sempre um resgate, e assim, muito orgulho. Toda vez que puxa pra falar do negro, do lado negro, da nossa ancestralidade, é sempre muito orgulho”. Ana, que tem quarenta e nove anos, continuou: “O enredo também tá maravilhoso, o samba fácil de cantar, tá tudo magnífico esse ano”. Sobre o que acalma o coração antes de pisar na Sapucaí, Ana Valéria falou sobre a certeza e a segurança com a fantasia: “Nesse momento agora, eu estou vestida, a minha fantasia está impecável, estou tranquilinha. A baiana fica assim, a minha fantasia está impecável. Deu tudo certo, chapéu, tudo ok. É um acalanto para o nosso coração”.

Tia Marinalda, responsável pelas baianas da escola, contou o que precebeu sobre a função delas: “Olha, o que eu entendi é que é a mãe baiana, mãe das crianças que vem, que estão crescendo. A educação que vem agora também daqui por diante, porque sempre teve. Mas agora pode ser que melhore mais ainda, de muito preconceito e tudo, mas está tudo melhorando, graças a Deus”. E o que acalma o coração dela, com tantas responsabilidades, em meio a cansaço e estresses, é o amor pela União da Ilha: “É amor pela escola. E as baianas têm muito amor pela escola”. Ela continuou falando da alegria de ver a ala pronta para mais um desfile: “A gente fica contente de ver todas as baianas arrumadas, felizes, entendeu? E pra gente, pra escola, é muito bom, né? Pra gente ir pra escola, a gente fica satisfeito em ajudar a nossa escola. Então, tá tudo bem. Pra mim tá tudo ok”. Citando as fantasias, Tia Marinalda elogiou como que as roupas foram feitas: “As fantasias tão lindas, muito bonitas. Foi confeccionada com muito carinho mesmo”.

“Eu tô achando a fantasia muito linda. Um pouco pesada, mas muito linda mesmo. E vai dar pra fazer um desenvolvimento legal na avenida”, contou Silvia Lemos, de sessenta e cinco anos. Ela que é baiana da União da Ilha há treze anos, falou sobre o que a faz acalmar o coração antes da responsabilidade de mais um desfile: “Olha, o que me acalma a bateria. Acredita nisso? A bateria acalma meu coração, é uma coisa surpreendente! Eu amo demais”.

Juisse Lázaro, de quarenta e seis anos, contou como a escolha por ser a boneca de Amora a encantou e a fez relacionar com a função das baianas: “Eu achei muito bacana do carnavalesco de fazer essa escolha, porque é uma coisa muito importante, é uma coisa que está próxima dela o tempo todo, né? É como se fosse uma proteção, e as baianas são mais do que proteção, as baianas são a bênção da escola, então eu acho que foi uma escolha perfeita”. Ela faz parte da comunidade há trinta anos, porém, está como baiana a cinco, e contou o que achou sobre o visual da fantasia: “Está linda, está colorida, está bem dentro do enredo, e muito leve, bom para a gente rodar”. Por fim, ela nos contou o que faz seu coração acalmar antes de um desfile: “É ver que a minha escola tá toda linda, toda montada e todos os componentes felizes, como hoje”.

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