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Velha-guarda brilhou como a “Realeza Negra” ao deixar de lado o traje tradicional

Acostumados a desfilar o traje tradicional, a velha-guarda, neste ano, desfilou representando a “Realeza Negra” e toda sua ancestralidade. A fantasia era de um verde imponente e luxuosa, com uma capa, simbolizando a realeza da festa de Cucumbis. A ideia da inovação foi bem recepcionada pelos integrantes da ala.

A presidente da ala, dona Gilda Moreira, comentou que a vestimenta habitual é mais confortável que a usada para o desfile, mas tinha que ser desse novo jeito para este enredo.

“Eu me sinto com o meu pézinho na África, porque eu vim de lá. A bisavó, a Tia Fé, é fundadora da Mangueira e veio da África. Tem tudo a ver. Inclusive, o samba fala disso. ‘No ilê da Tia Fé’.

‘Ilê’ é casa, quer dizer casa da Tia Fé. É minha cor, é o cabelo black, coroa de preto. A velha-guarda está legal, muito linda. Saiu da mesmice, só terno e cartola, taê, luva e bolsa. Vamos variar”, comentou a presidente que está no segmento desde 1979.
Marilda Florentino, de 70 anos, completou 50 anos de Mangueira neste ano e, há 10, faz parte da velha-guarda. Segundo ela, a fantasia escolhida é muito quente, mas “lindíssima”. A integrante comentou que a roupa era leve e amou vir como realeza.

“Faz mais de 50 anos que eu desfilo na Mangueira. Estou aqui desde criança. É a primeira vez que a gente vem de fantasia, já que viemos sempre de blazerzinho. Eu estou me sentindo uma rainha, me sentindo a princesa”, brincou Maria Helena, de 69 anos.

Acreditando no impacto dessa inovação, o mangueirense Antônio Nemeczyk está curtindo muito a roupa da velha-guarda. O que o deixa mais confiante é a integração com o enredo que velha-guarda teve desta vez.

“Mangueira e Bahia têm tudo a ver. Eu comecei a desfilar em 1984, mas eu sou nascido e criado em Mangueira há 60 anos. Quando Mangueira fala de Bahia, com certeza a escola vem na frente. Mangueira e Bahia são uma coisa só”, contou o componente.

A velha-guarda sentiu uma conexão profunda com a proposta da ala. Como disse a integrante do segmento Mara Lúcia de Paula, de 68 anos, o conceito tinha tudo a ver com a raça. A realeza negra da Mangueira veio se divertindo e brincando muito no Sambódromo.

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