Por Nathália Marsal

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Com audiência de último capítulo de novela, a Unidos de Padre Miguel entrou na Avenida, nesta sexta-feira, com muito entusiasmo dos componentes e emoção da arquibancada. O enredo “Qualquer semelhança não terá sido mera coincidência” trouxe para a Avenida elementos e personagens eternizados pela telinha em “O Bem Amado”, “Saramandaia”, “O Espigão” e “Roque Santeiro”.

A história da vida e da obra do autor de novelas Dias Gomes podia ser ouvida no samba-enredo e vista nos detalhes dos carros alegóricos e fantasias de cada componente – apesar das falhas no acabamento.

Integrante da velha guarda, Maria Otávia, de 71 anos, lembra que assistiu quase todas as novelas de Dias Gomes. “É bom relembrar essas novelas que eu gostava tanto e é bom para valorizarmos nossos escritores. Eles não devem ficar apagados. Dias Gomes fazia sucesso porque falava a linguagem do povo.”

Logo à frente, outra ala guardava animados foliões. Um deles, Márcio Bragança, de 63 anos, incorporou o personagem de José Wilker, em “Roque Santeiro”, até no momento de responder às perguntas.

“Dias Gomes foi um marco na história televisiva e acredito que, contando essa história a Unidos de Padre Miguel também faz um marco no carnaval”, defende o morador de Vila Vintém.

Michele Barros, de 36 anos, considera que o escritor deixou um legado para os autores.

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“Ele mostrou como vivemos no país e os problemas que têm. Hoje em dia muitos escritores mostram o que estamos passando no mundo”, afirma.

Entre Marias Redondas e Odoricos Paraguaçus, estavam José Simbao, de 67 anos, e Vera Nobre, de 57, fãs da novela “Roque Santeiro”. Vestidos de Sinhozinho Malta e Viúva Porcina, o casal não escondia a felicidade:

“As personagens combinaram conosco porque gostávamos muito da novela. Era uma época boa. Assistimos na TV e, hoje, estamos aqui”, comemora.

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