UniaoJPA01A União de Jacarepaguá trouxe a ancestralidade do povo negro, neste sábado, no segundo dia de desfiles do grupo de acesso. A verde e branco contou a história de Manuel Congo e Mariana Crioula, os maiores líderes da luta racial no Brasil. Em sua segunda alegoria, a escola trouxe a representação do quilombo, e a sua importância, mostrando ser uma escola de resistência.

O carro é vermelho com detalhes roxos, com peixes em suas laterais e caveiras ao redor. No topo, mulheres pretas usando turbante e rostos de quilombos na traseira. Carlos Pereira, passista apaixonado pela escola, diz que o quilombo é muito importante e precisa ser representado na avenida. “Hoje os quilombos sofrem grandes dificuldades, é preciso valorizar mais esses povos e contar sua história”, explicou Carlos.

Luciano Santos é um dos responsáveis pelo carro na Sapucaí. Ele afirma que a comunidade de Jacarepaguá é uma comunidade com resistência e força, que a verde e branco veio com tudo para contar sua história. “O quilombo é a força e a raiz, a escola tá vindo com tudo para contar a história e trazer ancestralidade. Esse carro vem pra mostrar que a gente vai ganhar o carnaval”, disse Luciano.

UniaoJPA03Pela primeira vez desfilando pela escola, Samuel está fantasiado de força e bravura em frente ao carro. Ele está ansioso e feliz por desfilar pela primeira vez na escola representando o quilombo. “Eu estou muito feliz, […] é o primeiro desfile da minha vida. É uma escola de bastante resistência” afirmou Samuel.

A escola foi a primeira a desfilar neste sábado de desfiles, apresentando a vida dos homenageados desde a escravização, mostrando os atos de resistência e representando-os como heróis da liberdade.